ㅤ━━━ Capítulo 6

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— O DMT da Charlotte foi trocado antes dela pegar no armazém. — Hope comentou, cruzando os braços com firmeza enquanto seus amigos, Erwin, Levi e Hange, a encaravam esperando por mais respostas. — Cada soldado da Divisão de Reconhecimento tem suas próprias maneiras de deixar seu DMT mais confortável e eficiente para o uso. Eles fazem ajustes específicos e, às vezes, adicionam marcas pessoais para identificá-los facilmente.

— O meu tem o desenho de uma carinha sorridente. — Hange interrompeu, abrindo um sorriso enorme enquanto apontava para o próprio equipamento, claramente orgulhosa da personalização. Seus olhos brilhavam de entusiasmo ao falar.

Levi, com seu habitual olhar severo, estalou a língua em resposta e revirou os olhos.

— Cala a boca, Hange. — Ele disse, sua voz fria e autoritária cortando o momento de leveza. — Isso não é hora para brincadeiras.

Erwin, observando a troca, manteve-se sério. — Precisamos descobrir quem fez isso e por quê. Trocar o DMT de alguém pode ser fatal, especialmente em uma missão.

— Mas por que a Charlotte? — Hange colocou a mão sob o queixo, pensativa. — Ela entrou recentemente e não tem motivos para ninguém fazer isso.

— Talvez tenha feito inimigos por aí. — Levi respondeu, cruzando as pernas no pequeno sofá em que estava sentado, seus olhos estavam semicerrados.

— Eu não acho, Levi. — Erwin argumentou, sua voz ponderada. — Charlotte se mostrou ser uma pessoa extremamente quieta e respeitosa. Os superiores dela no treinamento a elogiaram por isso. Ela não parece o tipo que causaria problemas.

Hange franziu as sobrancelhas, claramente intrigada. — Então, por que alguém se daria ao trabalho de trocar o DMT dela? Pode ser um erro, mas também pode ser algo mais sinistro. Precisamos considerar todas as possibilidades.

— Pode ser um aviso ou uma tentativa de intimidação. Se for o caso, precisamos descobrir quem está por trás disso e por quê. — Levi suspirou, esfregando a têmpora.

Hope levantou uma sobrancelha, pensativa. — Podemos primeiramente conversar com Charlotte e perguntar se ela possui informações sobre alguém que possa estar fazendo algo que não lhe agradou. Ameaças, desavenças, qualquer coisa que possa nos dar uma pista.

Erwin assentiu, vendo o valor dessa abordagem. — Boa ideia, Hope. Vamos agir com cautela, mas também com rapidez. Quanto mais cedo descobrirmos o que está acontecendo, melhor.

Antes que pudessem prosseguir com o planejamento, a porta da sala do comandante se abriu com um baque. Todos se viraram para ver Emma parada na entrada, seus olhos arregalados de choque.

Charlotte foi sequestrada! — ela exclamou, sua voz carregada de preocupação e urgência.

[...]

— É ela mesmo? — perguntou o homem alto de cabelos escuros, seu olhar vagando entre o papel estendido em sua mão e a garota amarrada sob a cadeira, inconsciente, seu rosto caído para frente.

Seu colega ao lado assentiu, com um sorriso desagradável nos lábios.

— Sim, é ela. Uma belezinha, não é? — Ele abriu um sorriso mostrando dentes amarelados enquanto sua mão se erguia em direção ao rosto da loira, apertando sua mandíbula para forçá-la a levantar a cabeça.

A garota, ainda inconsciente, parecia frágil sob as amarras que a prendiam. Seu cabelo loiro caía desordenadamente sobre os ombros se estendendo ate a cintura, contrastando com a palidez de seu rosto. O ambiente ao redor era sombrio, iluminado apenas por uma luz fraca que destacava a tensão no ar.

O Preço Pela Liberdade • SNKOnde histórias criam vida. Descubra agora