Esse eu já tô fazendo com sono👍
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Eu já estava no terraço, um pouco nervosa, e se ele não tiver visto o bilhete? E se ele não vim?
Eu tava sentada no chão mesmo olhando a cidadezinha.
Como será que meus pais estão?
Eu me levantei e caminhei lentamente até a ponta do terraço, tinha um degrau e eu coloquei um dos pés ali me apoiando na quina do mesmo.
Eu não sou quebrada... Eu posso até perder coisas e pessoas, mas o problema não sou eu e eu vou provar pra ela que eu consigo ajudar as pessoas que eu gosto e amo.
- Tá pesando em que? - Marco disse atrás de mim, eu tomei um susto.
- Que susto praga! - Me virei pra ele e sorri. - Que bom que veio. - Caminhei pra perto dele.
Ele usava um casaco preto, uma blusa branca com uma calça jeans escura; seu cabelo tava molhado por ter sido lavado recentemente. Conseguia sentir o cheiro dele de longe. Cheirinho de lavanda com babaloo.
- Não tá com frio? - Ele perguntou olhando para as minhas pernas.
Porque? Eu tava usando um short saia no frio.
Respondendo a pergunta... Não, meu fogo no rabo não deixa eu sentir frio.
- Não. - Sorri simpática.
Seu olhar ficou nas minhas pernas por alguns segundos e depois voltou para meus olhos.
- Como você consegue cheirar bem assim? - Cruzei os braços abaixo do meu peito e inclinei levemente minha cabeça pro lado.
- É que eu tomo banho, nunca ouviu falar? - Debochou com um sorriso de canto e inclinou a cabeça para o lado também.
- Idiota. - Fiquei do lado dele ainda com os braços cruzados.
Um silêncio se estendeu por alguns minutos até ele começar a falar.
- Meu pai era o dono daqui. Um dia ele e minha mãe tiveram uma briga... - Olhei pra ele que ainda olhava pra frente. - Ele tinha um jeito de se acalmar e era andar de helicóptero... - Ele deu um sorriso fraco e me olhou. - E eu adorava andar de helicóptero com ele, mas nesse dia eu não fui... - Sua boca se tornou uma linha reta. - Minha mãe não me deixou ir e por acaso nesse dia o helicóptero... Caiu. - Minha boca ficou entre aberta.
Ele perdeu o pai e nem se despediu dele...
- E ele... - Minha voz ficou fraca e não consegui terminar.
Ele assentiu com a cabeça e depois voltou a olhar a vista.
- Depois do interro minha mãe começou a fazer coisas que ela não fazia antes comigo...
- Oque?
- A fazer escolhas por mim, a desci oque eu iria fazer... Ela passou a me controlar.
- E não tentou Falar com ela?
- Claro que sim! - Seu tom de voz aumentou como se estivesse quase explodindo. - Mas ela não me escuta! Sempre que eu tento falar pra ela que eu não concordo ela diz que é pra me proteger porque seria algo que meu pai faria. -Ele olhou pra mim desesperadamente.
- Marco.. - Cheguei mas perto dele e segurei suas mãos, olhei pra ele nos olhos que me encaravam com angústia. - Você tem que falar com ela. - Apertei sua mão mas sem machucar.
Ele relaxou o corpo, abaixou a cabeça..
- Você faz tudo parecer tão fácil... - Ele levantou a cabeça sorrindo. - Por isso que eu adoro você.
"Adoro você" Essas duas palavras me fez virar um furacão de sentimentos que eu desconhecia, que me faziam sentir como se ele estivesse ali; como se ele estivesse em Marco.
- Adora? - Perguntei envergonhada.
- Muito. - Ele sorriu mais e me abraçou.
Eu o abracei de volta e sim, eu sentia o abraço de Júpiter ali.
Ele se afastou um picou a minha cabeça para me olhar.
- Obrigado.
- de nada...
(...)
- Mas ela não é tão ruim assim vai.
- Que?! Duvido. - Revirei os olhos.
- Oque ela fez pra você?
- Sei lá, me olhou estranho e... - Parei de falar.
Eu e ele estávamos deitados olhando o céu, que estava estrelado; e falando sobre a Amber.
- E? - Ele levantou e me olhou deitada.
- Nada não. - Neguei ainda deitada.
Ele deu de ombros e deitou de novo.
- Se você pudesse ir pra qualquer planeta, qual iria? - Perguntou ele.
- An.. Júpiter. - Respondi. - E você? - Me virei pra olhar pra ele.
- Vênus ou Saturno. - Ele se virou pra mim também.
Não estávamos nem muito longe e nem muito perto um do outro. Mas estava perto dele o suficiente para sentir seu cheiro e olhar seus olhos verdes com a luz que vinha só debaixo por conta da cidade e a luz de cima, a da lua.
- Porque Saturno? - Perguntei curiosa.
- Eu queria encostar no anel dele. - Ele sorriu.
E esse sorriso que eu sentia um pouco de saudades.
- E Vênus? Não é por causa do meu nome? - Me apoiei meu ombro no chão mais ainda olhando pra ele.
- Não, mas agora tenho outro motivo. - Porque as voltas na minha barriga, será que eu vou vomitar?
- E esse motivo sou eu?
Ele assentiu.
Senti meu celular vibra e verifiquei a hora. 23:28.
- Marco a gente tem que desce. - Alertei levando estendendo a mão pra ele pegar a mesma.
Andamos até a porta do meu quarto. Antes dele ir eu perguntei duas coisas pra ele.
- Marco, você.. Você gosta de alguém? - Perguntei envergonhada e corada.
- Sim... Eu acho. Porque? - Ele se aproximou da minha cara.
Congelei no seu olhar, que estava escuro. Engoli ceco e me apresei a responder.
- Nada não... - Me afastei um pouco dele. - Promete que vai falar com sua mãe amanhã? - Cruzei os braços.
- Eu prometo. - Ele colocou a mão atrás da minha cabeça e me deu um beijo na testa.
Porque tem um Alasca na minha barriga? E porque meu coração decidiu correr uma maratona uma hora dessas da noite?
Meus olhos arregalaram um pouco.
- Durma bem, Vênus. - Ele sorriu a saiu dali.
Entrei no quarto e só deitei na cama.
Será que a mãe dele vai escutar ele? E se ela não escutar e eles brigarem?
Tomare que dê certo.
Me virei pro lado e logo dormi.
...
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____________________________________________Tá bom... São 2:52 da manhã eu eu finalmente acabei 🙌🏾🥱
1009/1011 Palavras. 🥱
😴😪
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Escola interna
RomanceVênus Milly, é uma adolescente difícil de lidar, mas é assim pra manter a imagem de seu irmão, Júpiter Miller, Quadro escola a expulsaram por ter feito brincadeira a parte de mal gosto... até o dia em que é obrigada a ir para uma escola interna. Ela...