Escola interna

*Me consede essa dança?*

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Olho assustada pra Marco que não parecia não assustado ou com medo.

- Marco...

- Acho que o vento fez a porta bater. - Deus de ombros.

- Você não fechou a porta? - Perguntei surpresa.

- Não. - Ele parecia estar bem aí mesmo né. - Não se preocupa, aqui e longe dos dorm, ninguém escuta. - Ele se virou totalmente pra mim.

- Ainda bem, acabei de fazer as pazes com sua mãe, fazer ela fica irritada comigo é mancada. - Revirei olhos sargartica.

- Você disse que sabia dançar tango. - Ele disse indo para perto das cortinas ele logo olhou pra mim.

- Sim. - Assenti.

Logo uma música que me sooava familiar começou a tocar.

- Sabe essa? - Ele perguntou vindo em minha direção.

Essa música.. Foi a da minha primeira apresentação em dupla!

- É claro, como esqueceria? - Sorri me gabando.

- Então... - Ele estendeu a mão pra mim. - Me consede essa dança? - Como dizer não?

Peguei a mão. Ele rapidamente me puxou me fazendo colar em seu corpo; mantive a minha postura que no tango era uma das coisas mais importante e percebi que ele também.

Ele dança muito bem mesmo! Woouh.

Nos olhos não se desviavam um dos outro. Era como se estivéssemos ligados de alguma forma. Os passos aumentavam a velocidade conforme a música e eu ainda estava plena.

É, ensaiar uma trezentas vezes valeu apena.

E alí se tornou mais fácil por que estava sem salto. A roupa que eu estava também não incomodou.

No final fizemos questão de parar na posse que a dança exigia.

Estávamos ofegantes, e eu sentia sua respiração na minha boca. Continuei olhando seus olhos fitados em mim.

Seu olhar desceu pra minha boca. Fiquei de pé ainda colada no seu corpo recuperando a o fôlego.

Ele sem aviso me beijou.

No começo era calmo, mas foi ficando mais intenso, mas forte.

Enrolei meus braços no seu pescoço e ele na minha cintura.

Outro barulho fez a gente parar e se afastar.

- Oque foi isso? - Fique assustada.

- Não sei, é melhor agente volta pro quarto. - Ele foi em direção o rádio pegando o mesmo.

Ele passou por mim segurando minha mão e me levou pra fora do teatro.

- Acha que nó lá seguiram? - Perguntei cruzando os braços.

Olhei em volta mas não vi ninguém.

- Não, quem estaria acordado essa hora? - Marco perguntou terminando de trancar a porta.

Andamos um do lado do outro.

- Marco...

- Sim?

- Nada não... - Olhei pro chão enquanto andávamos.

- Se você não tiver pronta pra conversar sobre você... - Ele segurou minha mão. -  Não precisa se força. - Olhei pra ele que me olhava sorrindo.

Sorri de volta. Mesmo não sendo isso que eu ia falar. Voltei a olhar pra frente.

Quando chegamos no bebedouro me despedi dele e voltei pro quarto.

Cheguei coloquei meu pijama, e deitei na cama mas não dormi. Fiquei pensando em muitas coisas: na Amber, no Marco, nas meninas, nos meus pais, em Júpiter naquela vez em ué eu falei sozinha.

Essa coisa só estão acontecendo aqui. Porque aqui e só agora? Porque com eles?

Minha cabeça que já não era muito boa, tá piorando ainda mais aqui. Mas eu não vou voltar pra casa, agora eu tenho amigos e eles estão aqui e vai ser aqui que eu vou ficar até me formar.

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Boa noite🥱

02:06am.