008 - Outra pessoa

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POV's Murakami

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POV's Murakami

Eu sabia que ver a luta de Midoriya me deixaria ainda mais emocionalmente sensível. Pensar em tudo que Bakugou havia me feito passar antes, não foi fácil, e era uma coisa que eu nunca parei realmente para pensar.

Ele nunca me pediu desculpas por nada. Todas as lágrimas que ele me arrancou, os amigos que ele me tirou. A única coisa que ele não conseguiu tirar de mim foi Midoriya.

Pensando nisso, vi Bakugou entrar na sala de descanso e fechar a porta atrás de si. Limpei meu rosto e me virei para o lado contrário em que ele estava. Sinceramente, eu não queria pensar em odiar ele, eu não conseguia fazer isso.

— Shiro, eu nunca pensei em tudo que te causei. Acho que eu não sou de pensar muito nos outros, mas ver você assim por minha causa é uma merda. — Ouvi a voz dele próxima a mim e cheguei a conclusão de que ele estava sentado ao meu lado. Ele falou tão calmamente, nem parecia com ele.

Virei para o lado, e realmente ele havia se sentado na mesa ao meu lado. Olhei ele nos olhos, sentindo uma certa raiva e engoli o choro.

— Fala isso agora, depois de me infernizar minha vida toda, sem reconhecer suas atitudes. Você sempre me chamou de vilã! Eu sou tão idiota quanto o Midoriya, nenhum de nós consegue odiar você. Mesmo sendo um merda todo esse tempo! — Dizer aquelas palavras me doeu, eu sabia que ele tinha essa personalidade ruim pela criação, mas não dá para justificar as ações dele para sempre.

Falar nisso me fez pensar no que Hikaru disse. Não faz sentido ele achar que Bakugou se importa comigo. Ele sempre demonstrou o total oposto.

— Eu sempre busquei ser o melhor, e não me importei de passar por cima de ninguém. Eu sei que isso é errado, mas eu sou esse tipo de pessoa. Eu não queria ser como o Midoriya, ele nem individualidade tinha, mas sempre estava atrás de mim. — Ele tentou tocar meu braço e eu recuei o toque. Eu não entendia de onde vinha toda essa calma, aquilo estava me deixando irritada.

Ele sempre demonstrou uma raiva enorme de mim, e agora estava falando comigo como se realmente se importasse. Depois de anos atormentando minha cabeça com os gritos dele.

— A gente admirava você! E você sempre esnobou a gente por ser diferente. Eu me segurei tantas vezes para não acabar usando meu lado direito porque você conseguia me desestabilizar, todas as vezes que me dizia aquelas merdas! — Falei segurando as lágrimas. Eu não queria mais ter que passar por aquele tipo de situação.

Limpei meu rosto com certa brutalidade, e neguei com a cabeça. Aquilo parecia ser um pedido de desculpa, eu não queria isso agora.

— Você é muito mais forte que eu por isso. Tudo que eu faço é ser um idiota para não parecer fraco. Eu só espero não ver mais você derramar lágrimas por minha causa. Detesto fazer você chorar. — Ele segurou minha mão, dessa vez eu não evitei o toque. Ele estava mesmo admitindo aquilo em voz alta.

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