Shiro Murakami é uma das alunas admitidas no curso de heróis, do colégio U.A. por recomendação. É filha de um herói aposentado e uma vilã fora de ação. Seu passado a atormenta graças aos segredos que seu pai guarda, e conforme ela descobre sobre sua...
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POV's Bakugou
Recebemos uma folga do colégio depois daquela porcaria de torneio. Eu acabei ganhando em primeiro, mas não sentia que merecia aquela vitória, e ao contestar, fui tratado como a merda de um animal.
Eu encarava o teto do meu quarto e pensava como Shiro deveria estar. Eu queria matar o meio a meio depois de como ele deixou a Murakami.
Quando fui para visitá-la ela estava com aquele maldito cachorro. Depois que aquele pulguento apareceu, eu percebi que não queria ver ela com ninguém, e que na verdade eu queria estar no lugar dele.
— Tsc! Maldito pulguento. — Me levantei e vesti um moletom por cima da camiseta e resolvi ir até a casa da garota que estava me tirando o juízo.
Já era tarde da noite, então eu sabia que minha velha encheria o saco. Sai pela janela do quarto e caminhei em direção a casa de Shiro. Eu tenho plena noção que o velho Murakami me odeia, então para ver ela certamente teria que ser escondido.
Peguei meu telefone e apertei o contato dela enquanto chegava em casa. Não morávamos tão longe.
— Que foi, sentiu saudade bombinha?! — Ela perguntou convencida. Ela não estava errada, mas eu nunca daria razão para ela.
Revirei os olhos e suspirei derrotado. Preciso dar o braço a torcer.
— Dê um jeito de sair de casa sem que seu pai saiba. Ou então inventa uma desculpa, o velho me odeia. — Torci o lábio. Eu nunca fiz por onde o pai dela gostar de mim.
Ela simplesmente desligou a ligação, o que me deixou ligeiramente irritado. Esperei um pouco mais afastado da casa dela e me senti um merda por aquilo. Não era isso que eu queria para mim.
Vi ela sair pela porta da frente e ela me procurou com o olhar, e rapidamente me encontrou. Ela se aproximou com uma expressão um pouco séria, acredito que por eu manter a mesma expressão no rosto.
— Queria me ver?! — Ela abriu um sorrisinho de canto ao perguntar aquilo. Eu não soube bem como reagir, então virei o rosto para o outro lado.
Comecei a caminhar em direção ao parque que tinha por perto, e ela acompanhou meus passos sem dizer nada, mas ela parecia inquieta.
— Hikaru me falou o que fizeram com você no pódio. Eles não machucaram você, né?! — Ela iniciou o assunto onde eu não queria nem chegar.
Toquei meus pulsos, já que ao forçar as algemas acabei machucando bastante o lugar.
— Uma coisinha daquelas não faz nem cócegas! — Falei um pouco mais sério. Eu não queria ser grosseiro, mas também não queria que ela me achasse fraco ou vulnerável por aquilo.
Ela suspirou tão profundamente que eu a encarei de lado.
— Eu prefiro quando você é mais sincero comigo. Me dá suas mãos! — Ela puxou minhas mãos e usou os poderes para curar as marcas no meu pulso.
Como eu odeio esse jeito observador dela. Ela sorriu fraco e eu a encarei mais uma vez me sentindo pouco para alguém tão incrível como ela.
— Eu não mereço você. — Comentei. No segundo seguinte me arrependendo, o que me fez corar com toda certeza.
Ela soltou uma risada fraca, e então segurou minha mão entrelaçando nossos dedos enquanto caminhava.
— É, talvez não mereça, mas eu não vou fugir daqui. — Ela falou simplista. Ela não deve fazer ideia do que causa em mim, ela realmente me leva a sério ou só quer gastar com minha cara?
Eu não sabia onde essa situação nos levaria, mas eu não queria que nos levasse para longe um do outro. Desde que me entendo por gente atormento essa garota e o merdinha do Deku. Não me vejo distante dela.
— Caramba, ficou tão nervoso com nossas mãos dadas, você parece uma pimenta! — Ela caçoou da minha cara, então eu puxei minha mão e a encarei puto.
Eu só percebi que já havíamos chegado porque ela me chama a atenção, eu estava totalmente aéreo.
— Só estou pensando muito, você não me deixa nervoso merda nenhuma, duas caras. — Comentei torcendo o lábio. Nos sentamos em um banco que havia ali, e o vento estava ficando forte, o que fez os balanços se mexerem e as gangorras também.
Ela se virou de lado e segurou meu queixo, eu não evitei encarar os lábios dela, eu não conseguia compreender o olhar dela, mas ela estava claramente se divertindo.
— Eu não vou beijar você. Se você quiser, você é quem dará esse primeiro passo. — Ela falou deixando dois tapinhas no meu rosto e sorriu se divertindo com a situação.
Eu me senti tentado a dar aquele primeiro passo, e ela havia me dado consentimento antes mesmo de pensar em fazer aquilo.
— Depois não venha dizer que eu sou um merda, eu não vim até aqui com essa intenção! — Falei colocando minha mão na parte de trás do pescoço dela e ela deu de ombros.
Me aproximei dela e uni nossos lábios em um selar que durou pouco, ela entreabriu os lábios e então eu coloquei minha língua na boca dela e com toda calma que geralmente eu não tenho, fiz movimentos que acompanhassem todo sentimento de tempo perdido que eu estava.
As mãos dela foram para meu rosto, e eu sentia meu corpo todo em choque com a sensação de beijar aquela garota. Nossas línguas se encaixavam tão perfeitamente, aquilo me fez agradecer a atitude dela de propor que eu a beijasse.
Eu não sei quanto tempo se passou, mas foi o suficiente para ficarmos ofegantes e com o ar quase faltando no pulmão. Ela passou a língua entre os lábios e eu segurei o queixo dela deixando um último selar, e depois mordi o lábio inferior dela.
— Você é um merdinha mas beija bem! — Ela falou dando um tapa no meu peitoral, então eu segurei a mão dela contra meu peito.
Ela me olhou assustada, então tentei suavizar a expressão em meu rosto, não preciso ser escroto agora.
— Não quero que beije mais ninguém. Se fizer isso mato você e o infeliz! — Não era uma ameaça, mas sim um aviso para a bicolor.
Ela arqueou uma sobrancelha, mas não disse nada. Eu não quero começar um relacionamento sério, não de repente, mas já que demos um passo um pouco além da nossa amizade de infância, espero ser o único a receber isso.
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Tarde da noite para o Bakugou: após ás 20:30
Todo mundo sabe que o divo dorme cedo igual um velhote.
O que acharam do capítulo na visão do Bakugou, acham que condiz com a personalidade dele?!
Eu acho que o Bakugou é do tipo que age muito sem pensar, mas vive cheio de pensamentos acelerados, então tentei passar isso para vocês.
