Maroon

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Vou relembrar: aconselho lerem a nova versão da fic, está no meu perfil, to concertando várias coisas e está bem melhor escrito e mais detalhado.

POV Narradora

Harry esticou o braço para o lado na cama antes de abrir os olhos ao senti-la vazia e sentiu a cabeça doer ao abri-los. Os olhos verdes atentos rodando o quarto em busca da namorada, mas ao ouvir as teclas do piano serem dedilhadas na sala do quarto ele soube onde encontrá-la. Sorriu ao ouvir a melodia conhecida, uma melodia que ele não sabia ter mais peso do que imaginava. A melodia de " Lucky one ".

Ele arrastou o corpo pelado até o banheiro se jogando dentro do chuveiro e lavando o vinho que ainda se mantinha presente em suas veias e seu sangue.. na verdade também estava na camiseta inteira da namorada, provavelmente no chão, talvez algumas gotas no sofá branco da sala.

The burgundy on my T-shirt when you splashed your wine into me
And how the blood rushed into my cheeks, so scarlet, it was

- Maroon, Taylor Swift

No outro cômodo do mesmo quarto de hotel, a cabeça de uma certa loira sentada ao piano havia rodado a noite toda. Harry acordou e não a sentiu na cama, mas mal ele sabia que ela não tinha deitado na mesma a noite toda, afinal, os ataques de pânico vieram a noite toda. Ela limpou o quarto de hotel, comeu as unhas até o talo, arranhou boa parte do corpo que ela sabia que conseguiria esconder e quando viu, já estava na frente do piano tocando a música que explicava completamente o que estava sentindo. 

Exceto que a música fala sobre uma pessoa ser sortuda por deixar o mundo de hollywood e por mais que ela concorde, por mais que ela mesma tenha escrito a música, seu maior medo era o dia que a plateia a esqueceria, seu maior medo era não saber quem era sem ser Taylor Swift.

As vezes ela olhava para trás e se perguntava onde estava a menina que aos 15 anos corria atrás dos próprios sonhos, onde estava a menina gentil mas com garra, a menina que não abaixava a cabeça pra ninguém, a menina que sabia quem era, sabia o que merecia. Taylor se perguntava em qual momento aquela adolescente invejável se tornou uma adulta medrosa...

E então ela lembrava, aquela adolescente tinha se matado para conseguir o que ela tem hoje, e se sentia culpada por não se sentir feliz, então mais uma vez apagava seus sentimentos e mais uma vez.... mentia.

Essa palavra que ela tanto detestava, tinha se tornado sua maior aliada. Se perguntava o que seus pais que largaram tanta coisa para perseguir a carreira que a filha tanto queria achariam do lugar onde ela se encontra agora. 

E então vinha o pior pensamento, o que o garoto que a fazia respirar pensaria disso? Harry a amaria se a conhecesse de verdade? ou ele seria apenas mais um que iria embora? Se ela o contasse que noite passada, enquanto ele a tocava ela se afogava em pânico, o que ele diria? Ele a surpreenderia com um abraço ou ele pegaria suas malas e iria embora?

Bom, ela jamais descobriria, agora eram públicos novamente, isso já é arriscar sua carreira de maneira astronômica, ser deixada um dia depois? isso a destruiria.

E então ela pensava.. " o quão egoísta eu sou? " 

- Bom dia babe - O garoto usando apenas um short a cumprimentou dando-lhe um beijo na cabeça e se sentando ao seu lado no piano

- Bom dia amor - Ela respondeu sentindo o peso das palavras e sentindo culpa, a culpa a consumia, mas até então, isso já havia anos e ela continuava viva... e continuava mentindo.

- Acordou cedo? - Ele perguntou levando as duas mãos até as teclas do piano começando a tocar uma nova melodia e pela primeira vez nas últimas 12 horas, o sorriso dela foi sincero vendo o namorado concentrado nas teclas

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