Capítulo 3 - Zezinho e Pedrinho

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Homens sujos, racistas, fedendo a cigarro e bebida, patéticos que gostavam de invalidar qualquer mulher para se sentirem minimamente superiores naquela cidadezinha de merda

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Homens sujos, racistas, fedendo a cigarro e bebida, patéticos que gostavam de invalidar qualquer mulher para se sentirem minimamente superiores naquela cidadezinha de merda. Era essa a visão que Garcia tinha de seus colegas de trabalho.

Exceto Nick

Nicolas Lombardi – o policial Lombardi – era um dos únicos amigos de Garcia. Foi ele quem a recepcionou em seus primeiros dias de trabalho na delegacia, e ele foi o primeiro a parabenizá-la quando finalmente se tornou detetive.

Não me leve a mal, os outros policiais também acreditavam no potencial de Teresa Garcia, mas Nick foi o único corajoso o suficiente para admitir.

Admitir que uma mulher era capaz de fazer um trabalho tão bom quanto o de um homem.

Um trabalho melhor que o de um homem.

– Bom dia Garcia – Nick estava recolhendo seu café do dia quando avistou sua colega de trabalho entrando com uma papelada em suas mãos.

Ela olhou para ele com um meio sorriso sonolento e se direcionou à sua mesa.

– Bom dia Lombardi – disse por fim, se sentando com um suspiro em sua cadeira.

Eram sete da manhã e Garcia virou a noite lendo todos os detalhes do caso, estudando cada informação na intenção de preencher todas as lacunas possíveis, mas ainda tinham muitos detalhes faltando.

Detalhes esses que Garcia faria questão de descobrir.

– Caso novo? – Nick questionou observando toda aquela papelada com um café na mão, seu cabelo loiro estava bagunçado, como se não tivesse dado tempo de arrumar, o que não surpreendeu Garcia nenhum pouco, Nick sempre chegava atrasado a todos os lugares.

– Um homem morreu ontem, aparentemente assassinado pelo próprio filho.

– Posso dar uma olhada? – o policial se aproximou sem nem esperar a permissão de sua parceira, olhando superficialmente todo o caso  avistou dois nomes.

Dois nomes conhecidos.

Muito bem conhecidos.

José Ferreira da Silva
Pedro Ferreira da Silva.

Zezinho e Pedrinho – ele jogou os papéis novamente sobre a mesa procurando em memórias passadas sobre aqueles dois homens.

aqueles dois malditos homens.

– Hm? – Garcia olhou confusa para o colega, que logo revirou os olhos com indiferença.

– Eu sabia que estava reconhecendo esses sobrenomes, os Ferreira da Silva. Essa família é problemática, Garcia.

– Isso eu já percebi, mas o quão problemático você está falando?

– Eles foram presos por uma série de crimes, líderes de facção, de coisa perigosa, a dupla de irmãos Zezinho e Pedrinho fizeram o terror na vida dos policiais. Um pouco antes de você se mudar para cá.

JhonnyOnde histórias criam vida. Descubra agora