Capítulo 6 - O diário de Jhonny Boy

80 7 21
                                    

7 de junho de 1956

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

7 de junho de 1956

Jhonny Boy aqui! 
Hoje eu briguei com a minha mãe. Tá legal, eu sei que crianças boas não brigam com a mãe, mas ela complica muito a minha vida, porra. Aqueles vermes da escola começaram a me zoar porque descobriram o trabalho secreto da minha mãe. Isso é insuportável. 

Quer saber qual é o trabalho secreto dela? Bom, ela é dançarina, mas não, não é só isso. Eu sei que ela faz muito mais do que dançar. Ela diz que é para sustentar a casa, já que o papai gasta todo o salário no bar, mas eu duvido muito. 

Sempre faltam coisas aqui em casa, e ela está sempre cheia de joias e coisas caras. Uma vez, o Zezinho foi questionar, chamando ela de "puta barata". Ele quase bateu nela, se não fosse o Ramon interferir na briga.

10 de junho de 1956

Jhonny Boy aqui! 
Eu vim compartilhar uma descoberta maravilhosa que vi na aula de ciências! O professor nos ensinou que tem como fazer cortes em um corpo sem que haja sangramento. Muito legal, né? Daí você me pergunta: "Ah, Jhonny, que porra é essa?" Calma, calma, que eu vou explicar. 

Basicamente, existem duas formas muito fodas. A primeira, ele disse, é só cortar o corpo já morto, porque aí o coração não está mais bombeando sangue. Eu anotei tudo no meu caderno, caso precise um dia. 

Tipo, nunca se sabe, né? 
E eu tô louco para botar isso em prática.

A segunda forma seria drenando o sangue antes de cortar. Ele disse que isso é muito usado em laboratórios para estudo. Eu descobri que quero muito ser cientista!

27 de junho de 1956

Jhonny Boy aqui! 
A minha mãe me proibiu de comer espinhos.

Ela achou minha caixa secreta de espinhos, que eu guardo debaixo da cama, e jogou tudo fora. Tô começando a odiar a minha mãe, fala sério. 

Eu gosto da sensação quando o espinho perfura a minha língua e passa pela minha garganta, arranhando tudo por dentro. Me acalma. 

Me acalma quando ele me machuca e eu começo a cuspir sangue. Eu acho até divertido, mas ela nunca entenderia. Sabe, eu já percebi que sou diferente. Sou mais inteligente que o resto dessa cidade. Você deve achar que é muito pretensioso da minha parte, mas é sério. 

Eu sou muito mais inteligente que todos eles, por isso ninguém me entende. Nunca vão entender, porque meus pensamentos são avançados demais para essas mentes fracas. Meu lugar não é aqui. Se eu continuar nessa cidadezinha de merda, eu nunca vou me tornar o cientista que quero. Nunca poderei fazer experimentos em corpos e nunca, nunca, nunca serei compreendido.

 Nunca poderei fazer experimentos em corpos e nunca, nunca, nunca serei compreendido

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
JhonnyOnde histórias criam vida. Descubra agora