Be my Angel. || L.T

Promise.

| podem ouvir a música que coloquei no ficheiro multimédia x Boa leitura |

23:04 PM.

2 horas se passaram desde que vim ver a rapariga dos meus olhos.
Na verdade, um certo medo apodera-se de mim quando digo que ela é "a rapariga dos meus olhos", ou até mesmo, que ela é "especial". Não a conheço assim tão bem. Mas ela desperta-me algo. Ela tem algo que as outras na têm. Ela mexe comigo.

Agora, estamos apenas sentados, a olhar um para o outro, sem ninguém dizer nada. Apenas o som das nossas respirações calmas e profundas se ouvem naquele gabinete de Hospital, e claro, o som irritante da máquina que "lê" os sinais vitais.

O silêncio, sem dúvida, estava focado em nós. Mas este silêncio, sabia bem. Porque era um silêncio que ela completava.

Angel: Vais passar aqui a noite? - quebrou o silêncio.
Me: Eu prometi-te que ia cuidar de ti. - sorri colocando uma mão na sua cara fazendo-lhe festas com o dedo polegar.
Me: Obrigada. - murmurou sentindo-a um pouco quente.

Aproximou a minha cara da sua fazendo o meu coração acelarar. Beijei prolongadamente o canto do lábio. O quanto queria os lábios dela nos meus. Mas não o vou fazer, é muito cedo.

Angel corou sorrindo imenso. Colocou a sua mão por cima da minha, que por sua vez se encontrava na cara dela. Um choque percorreu o meu corpo. A mão dela, fria, encontrou a minha, quente.

Me: Tens frio? - olhei-a.

Esta acentiu que sim. Retirei o meu casaco e coloquei em cima dela.

Me: Melhor?
Angel: Sim. - sorriu.

Angel acabou por adormecer. Parece um anjo. Dei um beijo na sua testa, aconcheguei-lh o meu casaco, e murmurei um "Eu volto, prometo.", saindo de seguida do Hospital.

Dia Seguinte

POV Angel

Acordei sobressaltada e com falta de ar. Olhei o relógio digital e marcava 05:45 AM. Olho em volta, e ele não está lá.
Eu preciso de alguém. Eu preciso de ajuda.

A minha respiração ainda ficou mais descontrolada ao passar do tempo. O que se está a passar?

Me: A-ajuda! - gritei o máximo que podia. Uma vez que o botão para chamar as enfermeiras, não dava resultado, porque ninguém me vem acudir. - Louis, é de ti que eu preciso... Tu prometeste-me. - murmurei olhando o casaco cinzendo que ele me dera.