o começo.

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Arthur se encontrava em uma cadeira, enquanto Ítalo o observava.

- Preto nojento - murmurava uma garota de cabelos ondulados e loiro escuro, enquanto passava ao lado do assento do africano.

- Vamos te pegar na saída para você apanhar como todos os dias - dizia uma garota de cabelos castanhos e mechas loiras no ouvido do preto.

Ítalo ouvia e arqueava as sobrancelhas. Ele pensava: Como vou protegê-lo? Essas garotas também fazem bullying comigo. Se eu me intrometer, elas me batem também; elas são muito poderosas.

As garotas eram seis e poderiam acabar com eles facilmente. Ainda por cima, duas delas possuíam habilidades poderosas, como lutar muay thai.

- Não posso deixar que isso aconteça - Ítalo pensava alto com um forte murmúrio.

Ele apertava fortemente os punhos, fazendo com que suas unhas, suavemente afiadas, cortassem levemente suas mãos. Ele sentia uma leve ardência e gemia um pouco de dor.

Chegou a hora de ir embora, e as seis garotas se reuniam no caminho de casa do africano.

Elas viam uma silhueta preta vindo em suas direções. Percebiam suas pernas trêmulas e sua expressão de medo.

Isso fez com que as garotas soltassem leves risadas, mostrando o quanto eram zombeteiras, as garotas mais perigosas da escola.

- Por favor, não me batam... - Ele caía de joelhos no chão cansado de seu sofrimento.

Todos os dias ele sofria a mesma coisa, sendo um saco de pancadas das valentonas, apenas por ser preto.

Uma delas deu uma leve gargalhada; era Sarah.

- Que pena, eu estava querendo me divertir hoje. - ela se aproximava um pouco, com os braços cruzados e um sorriso malicioso.

- O que fazemos hoje com ele? - dizia Lunara, uma garota de cabelos ruivos e bastante alta, com um leve sorriso.

- Acho que já sei o que devemos fazer - disse Sarah, com um sorriso sutil, chutando o rosto do africano com suas botas estilosas.

O africano gemia de dor; ele se encontrava com as mãos fracas, se apoiando no chão.

Juliana correu até ele, pisando em sua barriga, fazendo-o cair por completo.

Ítalo observava tudo de um local mais escondido. Ele queria chorar e sentia tristeza. Parecia que Arthur sofria mil vezes mais do que ele. Então, Ítalo correu até a frente de Juliana, empurrando-a, e ela logo murmurou xingamentos.

- Olha só quem está aqui! - Suellen ria da atitude impulsiva de Ítalo.

- Quer apanhar também? - Vitória arqueava as sobrancelhas, com os braços cruzados, encarando ítalo.

Sarah deu um soco em Ítalo, que logo caiu no chão.

- Ele está pedindo por isso - disse ela, revirando os olhos, estressada, mas logo depois dando um sorriso lateral e sutil, mostrando que estava gostando ainda mais disso.

Ítalo tocava levemente em seu olho machucado pelo soco e, com dificuldade, se levantava, tentando mostrar confiança.

As seis garotas olhavam confusas para ele; nunca imaginavam que ele faria isso.

- Vocês são 6 vadias que não são nada além de rostinhos bonitos - ele dizia com ódio.

Ítalo olhava com mais raiva; impulsivo, ele correu até Sarah e tentou dar um forte soco em seu estômago, mas algo estranho aconteceu.

Ele sentiu uma força diferente, uma força mais masculina. Quando abriu os olhos, viu Matheus, amigo das seis garotas.

Matheus deu um forte golpe em seu rosto, que fez o coreano cair novamente; dessa vez, foi um soco mais grave.

Arthur observava assustado. Ele tentava se afastar, mas não conseguia, pois iria se sentir culpado por ter deixado Ítalo sozinho. Ele sentiu algo diferente; ao ver Ítalo o proteger, fez seu coração palpitar ainda mais rápido, mas não de medo. Parecia algo como paixão e admiração; seus olhos brilhavam diante da silhueta coreana de Ítalo.

Arthur se levantou com dificuldade e olhou com raiva para as garotas e para o garoto que as protegia.

- Tentando bater em mulher? Além de xing-ling, é machista - Matheus dizia, encarando ítalo com raiva.

- Você protege pessoas que fazem bullying. Acha que eu sou pior que você? - Ele limpava o nariz, que tinha um leve sangramento pelo forte soco que havia levado.

- Muito pior - Matheus dizia. Ele olhava com raiva para Ítalo.

- Vocês são pessoas horríveis que merecem uma punição - ele apontava para Matheus e para as seis garotas. - Eu vou dedurar vocês para a direção.

- Você nunca faria isso! Somos mais poderosos do que você pode imaginar, pode ter certeza disso. - Matheus ria um pouco; ele parecia tranquilo depois da ameaça.

Isso fez Ítalo pensar um pouco. Ele não poderia fazer aquilo; eles realmente eram muito poderosos.

Arthur observava. Ele foi até Ítalo e estendeu sua mão para que ele pegasse. O coreano então pegou em sua mão e se levantou com sua ajuda. Seus olhos puxados brilhavam mais que estrelas, suas mãos ainda juntas.

Arthur tinha os mesmos olhos. Por alguns segundos, não conseguiu desviar o olhar. Sentindo o calor da mão um do outro, algo acendeu dentro deles.

- Que porra é essa? - Além de xingling e africano, são viados também? Juliana gritou para que eles ouvissem muito bem.

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