Capítulo 15

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Há três anos

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Há três anos.

Acordo em um pulo, ansiosa e feliz demais para sentir o mau-humor diário de sempre.
Corro para o banheiro, para escovar meus dentes e lavar meu rosto, como todas as manhãs.

Aproveitei da minha boa vontade e fiz uma skin care básica, nada muito demorado para não me atrasar. Logo em seguida, fui direto para o chuveiro, enquanto cantava Art Deco, que era da minha cantora favorita, cujo recitava um dos estilos de pinturas que eu mais me intrigava, apesar de não ser minha favorita.

Talvez, apenas talvez, era exatamente o som de Art Deco que tocou em minha cabeça quando o vi pela primeira vez naquela festa chata. E Deus, como eu odeio aquele homem.

Saio do meu banho após uns vinte minutos e logo em seguida busco a roupa que eu havia separado em meu armário. Uma blusinha azul-marinho, saia branca e tênis com a combinação das duas cores.

Decidi usar um colar de pérolas, que de certa forma, combinava com a roupa azul-marinho. Me lembrava A Noite Estrelada, que Marco me deu de aniversário.

Assim que termino de me arrumar, finalizo com meu perfume de cereja, de sempre. Pego minha pequena mala e saí do meu quarto, trancando-o logo em seguida.

— Está pronta, minha piccola? — Papai perguntou levantando do sofá, parecendo estar de bom humor.

Era sempre assim, ele me torturava, logo em seguida agia como se não tivesse me feito implorar para que ele parasse.

— Uhum — é a única coisa que respondo, como um murmúrio.

Ele suspira e caminha até mim. Um beijo calmo é depositado em minha testa, logo em seguida, ele acaricia minha bochecha gentilmente.

— Eu apenas quero que saiba, que tudo que eu faço, é para seu bem — diz ele docilmente. — Eu te amo e quero seu bem, você é a minha coisinha preciosa — diz ele, apertando levemente minha bochecha.

Dou um pequeno sorriso, tentando não deixar transparecer que era forçado e me obrigo a ficar de ponta de pé, para beijar seu rosto.

— Eu também amo você, papai — respondo, sentindo um gosto amargo após me permitir dizer aquela frase.

— Que bom — responde, apontando para a porta, onde Javier já me esperava. — Boa viagem, minha filha.

Acenei em agradecimento e marchei até a porta, segurando minha mala com firmeza.
Educadamente, Javier se ofereceu para segurar minha mala e eu sorri para ele.

Minha mãe não aprovou muito bem a ideia de me deixar viajar com os outros alunos da minha escola — ou era isso que eles pensavam — segundo ela, eles eram inferiores a mim e eu em hipótese alguma deveria me misturar a eles dessa forma.

Elena Rossini era a mulher mais vaidosa que já conheci em toda minha existência. Suas roupas caríssimas custavam mais do que todas as minhas roupas juntas. E bem, meu pai nunca reclamou de gastar milhões com ela. Ele a enaltece sempre, como se estivesse enfeitiçado por sua beleza.

O Acordo com o DiaboOnde histórias criam vida. Descubra agora