Epílogo

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Segunda-feira, 13 de outubro de 2008, 12:26 PM

— SEVERUS SNAPE! — gritou Ginny. — EU VOU TE MATAR!

— Apenas respire — Severus disse a ela o mais calmamente que pôde. Talvez um feitiço de remoção de osso aliviasse a dor de sua mão esquerda, mas ele suspeitava que se ousasse lançar qualquer feitiço perto dela, ela tentaria arrancar sua cabeça.

— Inspira. Expira — disse Harry por trás do ombro de Severus.

— Foda-se, Harry! — cuspiu Ginny. — Isso é culpa sua também! Eu fui louca de fazer isso! É melhor você gostar do seu filho, porque é o último que você vai ter!

— Vamos, querida — disse Adam suavemente do outro lado da cama. Ele não estava tendo sua mão esmagada. — Empurre e logo acabará.

Soltando uma torrente de xingamentos que fariam seus irmãos corarem, Ginny apertou a mão de Severus com tanta força que ele pensou ter sentido ossos quebrando, e empurrou. Repetidamente ela empurrou até que um grito agudo rasgou o ar e a Curandeira Kessler levantou uma confusão estridente de sangue, água e carne. Severus tentou se afastar, cortar o cordão como eles haviam ensaiado, mas Ginny ainda o agarrou com força, e Harry, sentindo que Severus não conseguiria se soltar tão cedo, correu até Kessler para ajudar.

— É um menino! — gritou Harry.

Enquanto a Curandeira Kessler lançava uma bateria de feitiços de limpeza e exame, Severus arrancou sua mão do aperto de Ginny, flexionando seus dedos. Depois que Kessler terminou seus exames, ela colocou o bebê no peito de Ginny, mas o bebê apenas gritou e chutou seus pequenos membros, recusando-se a mamar. Instintivamente, Severus se abaixou e o pegou em seus braços.

— Não há necessidade de tanto alvoroço — ele disse ao filho. — Você está bem seguro.

Seu pequeno rosto enrugado e vermelho se suavizou e seus olhos se abriram em pequenas fendas, revelando profundos olhos azuis. Seu tufo de cabelo preto se ergueu reto da cabeça como se tivesse sido atingido por um feitiço de eletrocussão.

Harry pressionou-se contra seu lado. Envolvendo um braço em volta de Severus e oferecendo um dedo para o bebê segurar, ele disse,

— Ele ama sua voz.

— Assim como o pai dele — disse Ginny exausta, sorrindo para eles.

— De que cor são os olhos dele? — perguntou Harry, aproximando-se para ver.

— Não importa — Severus assegurou-lhe, olhando para a nova vida embalada em seus braços. Ele não se importava se o menino acabasse sendo ruivo com olhos azuis brilhantes. Este era seu filho. Ele havia coletado o sêmen de Harry (uma tarefa muito agradável), implantado em Ginny e monitorado-a durante toda a gravidez com poções caseiras. Ele passou horas treinando, estudando, se preparando para este momento – para esta bela vida. Seu filho primogênito.

— Como vamos chamá-lo? — sussurrou Harry.

— James — ofereceu Severus.

Harry deu um beijo nos lábios de Severus.

— Você não precisa fazer isso.

— Eu quero. — Era banal, e não era sua primeira escolha, mas ele suspeitava que era o que Harry queria, e ele queria porque Harry queria. Além disso, o nome do meio de Harry era James, e se o filho fosse parecido com o pai, seria impossível não amá-lo.

— Eu te amo — disse Harry, apertando o braço de Severus. —James Severus.

Embora Severus tenha apreciado a oferta, ele teve que dizer:

Anachronism | SnarryOnde histórias criam vida. Descubra agora