Tom, Bill e Georg chegaram na cabana pouco tempo depois. Os faróis do carro iluminaram a fachada envelhecida da cabana à medida que eles se aproximavam, a gravidade da situação pesando em seus semblantes. Quando o carro parou, todos saíram rapidamente, e Tom fechou a porta com um estrondo, seu rosto carregado de preocupação e raiva.
Gustav estava esperando do lado de fora, ainda encostado no capô do carro, o cigarro quase no fim. Ao vê-los, ele jogou o resto no chão, esmagando-o com o pé, e foi ao encontro dos amigos. Ele sabia que a conversa não seria fácil.
— Gustav, o que diabos aconteceu? — Tom foi o primeiro a falar, o tom da sua voz misturando urgência e frustração. — O que você disse pra ela?
Gustav suspirou profundamente, passando a mão pelo rosto, tentando encontrar as palavras certas.
— Eu não consegui esconder dela, Tom — Gustav começou, sua voz carregada de culpa. — Eu contei que a gente sabia sobre o pai dela, sobre Elijah. Ela viu pelos meus olhos que eu sabia mais do que eu estava deixando transparecer.
Tom imediatamente levou as mãos à cabeça, esfregando o couro cabeludo em frustração. Ele começou a andar de um lado para o outro, tentando processar a informação. A respiração estava pesada, e era evidente que ele estava lutando para manter a calma.
— Gustav, me diz que você não contou pra ela sobre nós — Tom parou e olhou diretamente nos olhos de Gustav, a intensidade de sua expressão quase ameaçadora. — Me diz que você não falou que fomos nós que tiramos Elijah do poder. Que somos nós agora os homens mais perigosos de Lipsia.
Gustav levantou as mãos, tentando acalmar Tom.
— Não, eu não contei nada disso — Gustav respondeu rapidamente, balançando a cabeça. — Eu só disse que a gente sabia sobre Elijah. Nada mais. Eu juro.
Bill e Georg trocavam olhares apreensivos ao lado, absorvendo a tensão que pairava no ar. Bill finalmente deu um passo à frente, tentando intervir antes que Tom perdesse totalmente o controle.
— Tom, calma — Bill disse, sua voz mais suave, tentando trazer razão para a situação. — O importante agora é entender o que Hailey sabe e como ela está. Precisamos resolver isso da melhor forma possível. Se ela está assustada ou chateada, precisamos acalmá-la. O que foi feito, foi feito.
Georg assentiu, apoiando as palavras de Bill.
— Exato, cara. Vamos entrar e falar com ela. Explicar as coisas. — Georg acrescentou. — Gustav, você está bem? Ela te disse alguma coisa depois que você contou?
Gustav suspirou novamente, balançando a cabeça.
— Ela está em choque, eu acho. Não sei o que ela vai fazer. Ela estava sentada lá dentro, parecendo completamente perdida. Acho que deveríamos tentar falar com ela, mas com cuidado.
Tom ainda parecia tenso, mas sabia que os amigos estavam certos. Ele respirou fundo, tentando acalmar o ritmo acelerado de seu coração.
— Certo, vamos entrar — Tom finalmente disse, baixando as mãos e se virando em direção à cabana. — Vamos tentar resolver isso antes que piore. Precisamos esclarecer as coisas com Hailey... e talvez seja hora de contar toda a verdade.
Com um aceno de cabeça, os quatro amigos seguiram juntos em direção à porta da cabana. A noite estava fria e escura ao redor deles, mas a situação que estavam prestes a enfrentar parecia ainda mais sombria.
Tom entrou na casa com passos cautelosos, seus olhos vasculhando a sala até que encontrou Hailey sentada no sofá, seu olhar perdido, fixo no chão. Ela parecia um fantasma do que era antes, os ombros curvados, o rosto marcado por lágrimas. Ele parou por um momento, sentindo um aperto no coração ao ver a dor dela.
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Our Destiny|| Tom Kaulitz
FanfictionEm um mundo onde os negócios familiares escondem segredos sombrios, Hailey Williams, dedicada aos empreendimentos do pai, descobre da pior maneira possível que ele é o chefe da maior gangue em Lípsia. Envolver-se em um intricado jogo de lealdade e t...