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Lipsia, Alemanha 08:00

No dia seguinte, acordei com uma dor de cabeça insuportável e não lembrava de nada do que fiz no dia anterior. Levantei-me e fui até meu banheiro; olhei no espelho e vi que minhas olheiras estavam super fundas, e eu estava muito pálida.

Tirei minha roupa e entrei no chuveiro, liguei a água quente e deixei-a cair em minhas costas. Sentia como se a água estivesse tirando todo o peso das minhas costas e levando-o embora pelo ralo.

Terminei meu banho e voltei para o quarto. Fui até a sala e vi a minha bandeja cheia de pó e minha seringa; então, eu já sabia o que tinha acontecido. Olhei para o meu braço e algumas marcas de seringa estavam evidentes ali. Sentei no sofá só de toalha, meus cabelos molhados caindo sobre o ombro, e fiquei observando aquilo tudo em cima da mesinha de centro.

Tinha tido outra recaída, mas não lembrava o motivo que me fez ter essa recaída. Meus pensamentos foram interrompidos por batidas na porta; levantei-me e fui até lá.

Quando abri, deparei-me com os quatro garotos parados lá; Tom mal disfarçava seu olhar sobre mim, como se a qualquer momento fosse abrir um buraco em alguma parte do meu corpo de tanto me olhar.

— O que fazem aqui? — Perguntei.

— Seu pai disse que tentou ligar para você e você não atendeu, então pediu para viemos ver se estava bem. — Bill respondeu.

— Eu estou bem. — Falei.

— Não é o que uma bandeja com pó e uma seringa em cima da sua mesa de centro diz. — Tom disse apontando para os objetos.

Olhei para a mesa e dei um sorriso ladino antes de olhar para o garoto.

— Opa, você me pegou. — Falei em tom irônico.

Todos ficaram me olhando por um tempo, e o engraçado é que nenhum deles disfarçava.

— Cara, vocês não sabem disfarçar mesmo. — Gustav falou, e os meninos ficaram olhando ao redor tentando disfarçar.

Dei uma risada anasalada e dei espaço para eles entrarem.

— Fiquem à vontade, vou colocar uma roupa. — Falei.

Os meninos entraram e eu fui até meu quarto, coloquei uma cueca feminina e um top, não tinha planos para sair hoje, penteei meu cabelo e passei um gloss na boca, peguei meu creme e voltei para a sala.

— E aí meninos, vocês querem tomar algo? Eu tenho uísque, gin, posso fazer umas batidas se vocês quiserem. — Falei.

— Eu aceito um uísque. — Bill falou.

— Eu também. — disse Georg.

Olhei para Gustav e Tom esperando eles falarem algo, mas Tom estava perdido demais em seus pensamentos olhando para mim.

— Terra chamando Tom. — Estalei os dedos e o distraído olhou para mim. — Acho que agora quem está babando é você.

Ele deu um sorriso de lado passando a língua no seu piercing, olhou nos meus olhos tão fundo que parecia que ele conseguia me ver por dentro e aquilo me fez arrepiar.

— Gustav, o que vai querer? — Perguntei tentando não pensar muito em Tom.

— Pode ser um gin. — Gustav sugeriu.

— Me traz um uísque. — Tom pediu.

Concordei com a cabeça e fui até a bancada da cozinha, peguei alguns copos para colocar o uísque e uma taça para colocar o gin. Despejei o líquido nos copos e coloquei alguns cubos de gelo, já no gin eu cortei algumas frutas e coloquei na taça, despejei o líquido rosa, coloquei energético e mais cubo de gelo.

Our Destiny|| Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora