Capítulo 03: Dó Menor

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Capítulo 03: Dó menor

A voz daquela professora era como um sonífero direto na veia de San

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A voz daquela professora era como um sonífero direto na veia de San. Ele simplesmente abaixou a cabeça e acabou por cochilando por toda a aula até o som do sinal soar. Mas, nem isso pôde o despertar. Só conseguiu acordar quando sentiu alguém o cutucando.

Ele levantou a cabeça e viu uma mulher mais velha na sua frente... Aquela mulher era a protagonista dos seus pesadelos.

— Diretora Oh... – San ergueu-se na mesa.

— Choi San... Você continua dormindo nas aulas... Você não muda. – Ela disse, cruzando os braços.

Foi aí que eu percebi que não tinha mais ninguém na sala. Eu estava sozinho.

— Desculpe, mas é...

— Eu não vim te dar bronca. Eu vim te fazer uma proposta. – Ela disse, entregando-me um panfleto – Eu soube que você toca guitarra... Estamos com vagas para algumas atividades extracurriculares. E música está incluída...

— Música? E o que eu terei que fazer? Tocar alguma canção de ninar pras crianças? Não vai rolar. – San bufou, deixando o panfleto sobre a mesa.

— Tudo bem, então. Mas saiba, San-Ah, que eu vejo um grande potencial em você. Você pode ser mais do que você pensa. – Ela disse, suspirando.

— Você diz isso para todo aluno. – San cruzou os braços – Nem todos nós nascemos para algo, senhora Oh. Não consigo acreditar nessa coisa de: "Todos têm um proposito". É perda de tempo.

A mulher ia contesta, porém só assentiu com a cabeça.

— Fique com o panfleto. Se mudar de ideia, pode ir fazer a inscrição na coordenação.

Ela saiu a passos lentos. San se espreguiçou, coçando os olhos. Ele pegou a mochila e saiu, andando pelos corredores.

Ele pensou um pouco sobre a proposta da professora e imaginou que a ideia não era tão ruim assim. Afinal... Ele poderia encontrar outras pessoas para sua banda e ela não iria morrer.

— Mas... Amanhã eu vejo isso. – Ele pensou alto, saindo da escola e voltando para casa.

Assim que ele chegou, viu sua mãe sentada no sofá com alguns papéis na mesa. Ela estava com a testa apoiada nas mãos.

— Mãe? – San chamou, ficando preocupado com o rosto de sua mãe tão abatido.

— Ah... Oi, meu filho. – Ela levantou o rosto, enxugando o rosto.

— Tava chorando? – San jogou a mochila num canto, aproximando-se preocupado e se sentando no sofá.

— Ah... É que... – Ela suspirou – O meu salário não tá dando para pagar as contas. – Ela suspirou – Terei que escolher em ficar sem luz ou sem água esse mês.

San suspirou fundo, pensando.

— Não. – Eu disse – Eu vou arrumar dinheiro pra pagar, mãe. – Ele disse, convicto.

— O que? Você não tem emprego, filho. – Ela disse, tocando seu rosto.

— Eu dou meu jeito. – Ele disse – Até o final de semana, eu vou estar com dinheiro. Eu prometo.

Ele disse, levantando-se e pegando a mochila, entrando no quarto. San agora tinha uma preocupação a mais... Ele se sentou na cama e afundou os dedos em seu cabelo, tentando arrancar alguma ideia de útil.

— Droga, droga, droga... – San deu alguns soquinhos em sua testa, como se quisesse colocar seu cérebro pra funcionar.

Seu celular, que estava em seu bolso começou a tocar, despertando o garoto de seus pensamentos intrusivos e atendendo a ligação.

— Alô? – San atendeu.

— Vamos ensaiar hoje, mano? – A voz era de Mingi – Você não falou nada na aula...

— Olha cara... Eu não sei... – San pensou melhor, suspirando – Quer saber? Vamos voltar com a banda. Eu vou precisar de grana urgente até esse fim de semana, então... Precisamos marcar um show.

— Fico tão feliz de ouvir isso... E em cima da hora. Tem um bar aqui perto de casa precisando de uma banda pra tocar ao vivo. Tudo bem? – Mingi perguntou.

— Tudo ótimo... Veio bem a calhar... – San disse, pensando um pouco – E tive outra ideia também... Talvez eu ganhe um emprego fixo.

— Sério? O que tá pensando?

San deu um riso.

— Você vai ver. Venham aqui às 14:00h.

San desligou o celular, indo para a cozinha para buscar um lanche. Sua mãe comia um cereal no leite enquanto encarava a tigela com um olhar triste.

— Oh, meu filho... Eu estava tão distraída. Nem lhe perguntei como foi seu dia na escola.

— Foi comum, típico primeiro dia de aula. – San dizia, enquanto enchia uma caneca com café – Conheci uma garota nova.

— Mais uma? – Sua mãe perguntou com um riso – Você conhecer garotas não tem nada de especial.

— Ela é diferente – San sentou na cadeira, junto a sua mãe – Ela é surda, mãe.

— E daí? – Sra.Choi ergueu os ombros, colocando uma colherada de cereal na boca.

— Como assim "E Daí"? – San foi pego de surpreso.

— Ela só é diferente por ser surda? Você já foi melhor que isso meu filho – A mulher suspirou.

— Não, espera aí... Não foi isso que...

— San, meu bem... Sua filosofia de vida gira em torno de roupas esquisitas, tatuagens, cabelos diferentes e bandas que só gritam. Mas, ainda sim, acha que uma pessoa surda é algo diferente? – A mulher se levantou, pondo a tigela na pia e bagunçando o cabelo do filho – Espero que você não faça com essa garota o que você já fez com outras por aí.

A mãe dele saiu, deixando San sozinho na cozinha. O garoto bufou, cruzando os braços.

— Eu mereço... – O garoto suspirou, tomando mais um gole de café.

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