Só três pedidos: Leiam, comentem muito e curtam.
Isso me incentiva a escrever mais.
Beijos!
Anitta:
Em outro momento da minha vida eu me incomodaria por ter parado sentada em uma mesa na área externa da casa enquanto bebericava uma cerveja que já estava quente e sendo a única que eu vou tomar na noite depois de ver a minha esposa beber duas garrafas de vinho no curto período de tempo, depois do casamento e de uma certa idade muita coisa muda não é mesmo? Enxurradas de experiências, uma atrás da outra, em outros tempos eu já tinha feito essa família se adaptar ao meu jeito de se divertir, mas acontece que o jeito deles se divertir também me agrada, totalmente contraditório do jeito da minha família se divertir, com toda certeza eles já tinham feito dessa noite uma festa com muita bebida, churrasco e karaokê, eu já estaria bêbada e dando trabalho para a Ohana, além de rebolar a raba com um funk proibidão de biquíni na beira da piscina.
Hoje tem churrasco e bebida, mas a música é substituída pelos gritos dos meus cunhados e sogro que ainda assistem um jogo de futebol, a alguns metros de mim, meu filho corre de um lado para o outro com os primos no divertido jogo de futebol, enquanto o cachorrinho Nino tenta se meter no meio deles em busca da bola.
Mas algo cruza minha linha de atenção e fiquei completamente encantada com a cena, despertou algo reprimido venho escondendo tempo demais, suspiro quando sou pega no flagra admirando o chamego a pouco metros de onde estou, Ohana com a sobrinha mais nova no colo, balançando a menina de um lado para o outro enquanto distribuí cheirinhos na cabeça da menor. Quando percebe que estou olhando ela caminha na minha direção trazendo a bebê junto.
— Diz oi pra titia, Liz! — Ohana pede pra ela, que me olha com receio apenas levantando a mãozinha tímida pra mim. — Não é a coisa mais linda desse mundo, meu amor? — Ela pergunta dando um forte beijo na bochecha da garotinha que sorri mostrando os poucos dentinhos.
— Que coisinha mais linda! Ela é a sua cara, amor. — Falei surpresa com a semelhança.
— Você não é a primeira que diz isso, na verdade ela é a cara do meu pai, por isso parece comigo. — Explicou e eu assenti concordando com ela e pegando na mãozinha da bebê. — Vai com a titia, vai, neném! — Ohana incentiva se inclinando na minha direção, a bebê não demonstrou resistência quando eu a peguei e a sentei no meu colo. Ohana ficou toda boba observando a gente, pra só depois sentar na cadeira onde antes eu tinha os pés repousados.
— Oi, amorzinho? — Beijei a cabecinha dela que tinha um cheirinho de bebê agradável e delicado. — Cadê a mãe dela? — Questionei.
— Saiu, foi comprar as fraldas dela que acabou. — Assenti fazendo carinho na menina e comecei a balançar minhas pernas para entreter ela.
Olhei para minha mulher e encontrei o mesmo brilho de encantamento nos seus olhos, aquele mesmo brilho de quando falávamos nos planos de ter outro filho.
— Que foi? — Questionei e ela negou com a cabeça fazendo carinho na perna da sobrinha.
— Sou apaixonada nesses momentos quando você interage com criança. — Confessou e eu sorri sem mostrar os dentes.
— Temos um filho e você convive com isso diariamente, esqueceu?
— É diferente. — Olhou na direção do nosso pequeno que estava alheio ao que acontecia aqui. — Ele tá crescendo, já não é mais um bebê. — Suspirou.