Aparentemente, eu tenho que lidar com dois casamentos forçados. A ideia absurda de que Jorge pode me salvar com um casamento de fachada. O que ele pensa que eu sou? Um objeto? Talvez não seja tão diferente da minha família. Não duvidaria de termos o mesmo sangue. E ele em seria o primeiro parente a me foder.
O encaro, seriamente e tento dizer calmamente:
— Primeiramente, um casamento não vai me proteger. — Ele tente me contradizer, mas o interrompo assim que faz menção de falar. — Segundo... você é casado. E terceiro, eu nunca me casaria sem amor — digo receosa de que ele perceba que eu facilmente o amaria com o tempo, se é que já não aconteceu. — Agora, vamos voltar.
Ele não me dá ouvidos, apenas continua furiosamente avançando a estrada.
— Jorge — Tento chamar sua atenção, mas sou facilmente ignorada. — Jorge! — Grito.
Ele continua focado na estrada, ultrapassando a gigantesca carreta.
Estou pronta para uma terceira tentativa quando ele finalmente me responde:
— Ele vai mata-la.
— Quem? — O questiono.
— Seu futuro marido. Se não for eu, será Fabricio. E não adianta me dizer que se negará, pois você não seria a primeira a ser forçada. Algumas nem mesmo participaram de seus casamentos. Estavam trancafiadas, enquanto a corrupção assinava seu nome — Ele coça seu rosto, como se estivesse em agonia. — Existe uma investigação sobre todas as suas falecidas esposas... só de imaginar que você pode se tornar uma.
O seu sofrimento é real. O medo de me perder é aparente em sua feição. Mas me casar por uma questão que não seja um amor mutuo...
— Talvez exista um meio de contornar... quer dizer, eu nem mesma conheço este homem.
— Você é uma moeda de troca. Fabricio acobertou o assassinato de João com um falso assassino. Em troca, ele alimenta o próprio prazer em matar. A investigação o considera patologicamente instável. Consegue compreender? Você é a caça dele.
— Ainda assim, não vejo como um casamento com um bígamo seja valido...
— Não sou casado. Me divorciei quando Jonas ainda era um bebê — O vejo morder o lado interno de sua boca. Ele me encara pelo retrovisor, e parecer discorrer sobre a minha última ressalva. — E quanto ao amor... ele virá até nos com facilidade.
— Você não tem essa certeza...
— Não, eu não tenho. Mas sou cético de que exista amor à primeira vista, mas desde que te toquei pela primeira vez, me sinto enfeitiçado. Estou apaixonado por você, e meu amor surgirá conforme eu te conhecer. O seu amor por mim surgirá conforme eu te amar. O verdadeiro amor vem do zelo, e eu prometo nunca deixa-lo em falta.
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A Ninfeta do Interior - UM RECOMEÇO - 2
Short StorySequencia do livro "A NINFET DO INTERIOR", disponível na amazon. Larissa deseja voltar ao passado e resgatar a sua antiga versão que não sentia prazer pelas impurezas carnais. A única maneira de resgatar sua antiga eu, será voltando a fazenda que fo...