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O portão de cada grupo fechou-se bruscamente atrás dos estudantes assim que eles entraram. À sua frente, havia um pilar de pedra com uma caixa de madeira, que guardava a primeira pista de cada equipe.

— Seu tempo iniciou — a voz da Sargento Ripley ecoou pelas caixas de som da arena. — Duas horas. Mexam-se!

Mia, impaciente, tomou a iniciativa a abriu a caixa para retirar o pergaminho que havia ali dentro. Ela desenrolou o papel desgastado e leu o primeiro enigma:

"Duas sombras se encontram onde o portão uma vez fechou o caminho. Uma delas ainda observa, a outra caiu no esquecimento. Em uma dessas sentinelas, abaixo dos pés da escolhida, está seu início."

— Eu não entendi nada — Mason quebrou o silêncio enquanto o restante de seus colegas pensava.

— Você nunca entende nada — Marcus retrucou. — Deve ser na entrada para o castelo, ali na frente.

O garoto apontou para uma grande porta de entrada alguns metros à frente, com uma armadura de cavaleiro posicionada em cada lado dela.

— A gente fica com essa coisa? — Mia perguntou antes que eles fossem até a próxima pista, erguendo o pergaminho que tinha em mãos.

— Sim — Lys respondeu, virando o objeto para que Mia visse a parte de trás, onde havia um 7 impresso. — Tem um número, deve ser parte da senha que precisamos para pegar o tesouro.

— Garota esperta — Mia sorriu e fez um toca aqui com Lys, e em seguida enrolou novamente o pergaminho e o segurou com cuidado enquanto o grupo caminhou depressa até a entrada do castelo.

— Duas sombras se encontram... — Lys se ajoelhou na grama, observando como a sombra de cada armadura projetada por lamparinas acima delas se encontravam no chão. — Mas uma caiu no esquecimento, é isso? Deve ser essa caída toda capenga.

Ela apontou para a estátua da direita, que estava enferrujada e com algumas peças faltando. A outra, no entanto, jazia impecável e com metal reluzente. Kate se agachou ao lado da armadura e tateou na base de pedra que a segurava. Ela pressionou e então a rocha se abriu como uma gaveta, revelando o segundo pergaminho.

— Que fácil — ela exclamou, contente.

— Deve começar tranquilo e ir ficando impossível — Mia deduziu. — O que diz aí?

Kate leu o próximo enigma:

"Onde o rio secou e o eco da madeira se perdeu, observe as correntes que agora não têm força. Abaixo da ponte, no mês de abril, o segredo permanece."

— Não entendi esse também — disse Mason outra vez.

— Ai, chega disso — Lys o interrompeu, o empurrando pelas costas para que andasse. — Vamos procurar uma ponte.

Enquanto procuravam o local em que deveriam estar, eles esbarravam em alguns outros grupos que também corriam atrás de seus objetivos, todos muito concentrados.

— Será que são os mesmos enigmas para todo mundo? — Kate perguntou, mais como um pensamento em voz alta do que como uma dúvida genuína.

— Não podemos ficar pensando nos outros grupos agora — Mia rebateu. — Precisamos terminar nossa tarefa a tempo, sem ficar se preocupando com o que o resto faz.

Kate calou-se, constrangida. Depois de dar a volta no castelo, o grupo encontrou um rio que nascia de uma cachoeira na parte de trás do castelo e fluía até o lado de fora dos muros. Sobre o rio, uma ponte de cordas permitia a passagem para o outro lado. Havia apenas uma corrente de cada lado para que quem fosse passar se segurasse, e a ponte balançava levemente, causando uma sensação de insegurança e perigo.

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