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Os integrantes do grupo ficaram na arena para assistir ao restante dos jogos, mas sem muita animação para torcer ou acompanhar em detalhes as imagens do telão. Depois que tudo terminou e os alunos foram liberados para almoçar, eles começaram a discutir o que teria dado errado e qual estratégia tomariam para que não fossem eliminados.

— O problema — Kate argumentou — é que não sabemos qual vai ser o próximo jogo. Nós estamos falando como se fosse outra partida de paintball, mas com certeza vão fazer outra coisa.

— Então vamos pensar num geral — Mia acrescentou. — Kate e eu somos as mais fracas. Não temos a mesma habilidade com os poderes que vocês têm, então não podemos ficar sozinhas. Precisamos da ajuda de alguém.

— Mas foi isso que fizemos — Lys justificou. — Eu fiquei com você e Kate ficou com Emma. Não foi por isso que perdemos.

— Talvez seja — Mia continuou argumentando. — Se ficarmos os cinco juntos, talvez tenhamos mais chances.

— No fim, é um jogo de estratégia — disse Marcus, enquanto mastigava calmamente o seu almoço. — Precisamos pensar em conjunto ao invés de agir por impulso como fizemos. Isso vale para qualquer jogo.

Mia empurrou seu prato para longe de si e jogou-se para trás em seu banco.

— Que demora para isso começar — reclamou. — É a nossa última chance.

— Vamos lá ficar esperando — Lys sugeriu. — Não temos mais nada para fazer, mesmo.

— O Marcus come muito devagar — Mason resmungou. — Ela também.

Ele apontou para Kate, que, como Marcus, ainda não tinha terminado sua refeição.

— Vocês podem ir — ela sugeriu. — Nós vamos depois.

Mason redirecionou seu olhar a Marcus para ver como ele reagia, e o garoto apenas concordou enquanto continuava a comer.

— Tudo bem, já que insistem — Mia se levantou e foi a primeira a chamar os outros para irem até o ginásio.

Assim que os outros se afastaram, Marcus e Kate continuaram comendo em silêncio por um tempo até que a garota, com um sentimento constrangedor pelo silêncio, resolveu quebrá-lo:

— Você não fala muito.

— Não. Só quando preciso.

— Entendo. Posso perguntar uma coisa? Na verdade, algumas coisas.

— À vontade — Marcus reagiu com desinteresse. Para Kate, ele parecia um livro fechado que não se abria com muita facilidade.

— Desde quando você e o Mason...? — ela perguntou baixinho, quase cochichando.

— Desde que a gente se conheceu — respondeu Marcus. — Há uns dois anos.

— E você já sabia que ele...

— Que ele o quê? Que ele é gay ou que ele é contrabandista?

Kate riu.

— A última parte.

— A gente já estava junto quando ele começou — Marcus deu de ombros, depois terminou de tomar toda a água de seu copo.

— Mas você concorda com isso?

— Não, mas o que eu posso fazer? O Mason é o Mason, e eu sou eu.

O garoto terminou todo o seu almoço, e só então Kate percebeu que ainda precisava fazer o mesmo. Ela voltou a comer, mas sem parar de conversar.

— Você nunca quis terminar por conta disso?

Marcus suspirou. Ele estava começando a achar Kate tão enxerida quando achava Mia, mas resolveu continuar respondendo às suas dúvidas.

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