Doce aconchego

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POV Camila

Abro os olhos devagar, me acostumando com a luz aos poucos. Sinto meu corpo pesado. Ainda estou meio grogue e nao sei onde estou e nem porque estou deitada naquela cama. Vejo uma janela a minha esquerda. Sinto uma coisa macia em volta da minha cintura e pélvis e também no meu bumbum. É algo extremamente confortável e prazeroso. A medida que minha visão vai clareando eu percebo que estou...num hospital ????

- Veja, ela acordou - disse uma enfermeira bonita que estava a minha direita.

Então apareceu outra moreninha muito simpática.

- Ei Camila...como se sente meu bem ?
- Porque estou num hospital ?
- Você desmaiou e alguém ligou pro samu e te trouxeram pra cá.
- São quantas horas ?
- São três e quinze da tarde.
- Nossa, estou atrasada com minhas encomendas.
- Calma aí mocinha. Tem três dias que está dormindo.
- Ãhhh ?!!!
- Pode ficar quietinha aí.
- Minha mãe e minha namorada...
- Estão aqui. Daqui a pouco vamos chamá-las. Vão gostar de saber que acordou.
- Oque aconteceu comigo ?
- Daqui a pouco o médico de plantão vai passar e te mostrar um relatório direitinho.
- Estou me sentindo pesada.
- É normal...aos poucos vai melhorar - disse a enfermeira checando o soro que estava em um acesso no meu braço.
- Vamos chamar sua mãe e sua namorada - disse a primeira enfermeira saindo.

A outra saiu me dando um tiauzinho. De repente me senti muito apertada pra fazer xixi e antes que esperava comecei a fazer xixi copiosamente. Não conseguia parar. Fiquei desesperada. Logo agora que acordei vou receber minha namorada toda mijada. Quando terminei levei a mão pra ver a lagoa que tinha feito. Mas minha mão encontra algo tipo um plástico. Fico confusa e levanto o lençol que me cobria pra ver oque seria aquilo e pro meu espanto, eu estava de...fralda ??? Porque eu estava de fralda ?
Levo a mão no lençol da cama embaixo do meu bumbum e estava sequinho. Sentia o quentinho gostoso da fralda na minha pepeka e bumbum.

Nisso minha mãe chega esbaforida:

- Ai minha filhinha...que bom que acordou ? Como está se sentindo ? - perguntou passando a mão no meu cabelo.

Antes que eu consiga responder, chegou Alice toda preocupada.

- Oi meu amor...como você está ?
- Calma gente, estou bem. Agora me responda, oque aconteceu comigo ? Como vim parar aqui.
- Você desmaiou em pleno centro, acho que estava na rua Guarani. Ia comprar uma cola e linha...
- Nossa, o serviço da Milena...tenho de entregar...
- Calma menina - disse minha mãe - eu conversei com ela. Ela falou que não tem pressa e que vai esperar você se recuperar e não vai fazer com outra pessoa. Pode ficar tranquila.
- Que susto que você nos deu gordinha linda - disse minha namorada - trate de ficar quietinha aí viu.

Nisso o médico chega :

- Oi Camila...boa tarde. Que bom que acordou. Eu sou o doutor Rodrigo e estou te acompanhando desde o dia que chegou aqui.
- Boa tarde doutor, oque eu tenho ?
- Eu queria conversar a sós com ela, se me permitem.
- Vamos estar aqui fora viu. Depois a gente volta - disse minha mãe.

Saíram e fiquei a sós com o doutor no quarto.

- Pois bem Camila. O seu caso é raríssimo. É o segundo em dez anos que estou nesse hospital. Por um fator desconhecido, alguns nutrientes passam a não ser absorvidos por um período de tempo pelo organismo mas depois voltama funcionar normalmente. E durante esse periodo deixa algumas sequelas. No outro paciente que tivemos, ele ficou com atitmia no coração e tivemos de colocar um marca passo, mas o paciente está bem até hoje. E no seu caso atacou a parte da bexiga e sistema digestivo. Ou seja, você não tem controle do seu xixi nem do cocô.
- Quer dizer que vou fazer isso involuntariamente?
- Desculpe, mas é isso mesmo.
- Mas tem cura pra isso doutor ?
- Como é um caso muito raro, houve poucos investimentos pra estudar as anomalias. Mas vamos fazer uns exames pra ver oque podemos fazer. Mas enquanto isso...
- Tenho que usar fralda... - disse com uma carinha triste.
- Sim...infelizmente não temos outra opção no momento.
- Então é por isso que não consegui parar o xixi agora a pouco.
- Sim...então já teve a experiência.
- Vai acontecer a mesma coisa com o cocô?
- Sim...mas você está de fralda e...
- Voltei a ser uma bebê - disse por fim.
- Mas estou empenhando em descobrir uma solução.
- Obrigada doutor. Mas por enquanto, parece que vou ter de me acostumar com isso aqui - disse batendo a mão na fralda fazendo o barulhinho característico.
- No mais você está ótima...amanhã mesmo vai estar de alta.
- Minha mãe e minha namorada sabem do meu diagnóstico ?
- Sim...pedi pra elas saírem pra não te constranger.
- Obrigada...foi melhor assim.

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