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POV Camila

Estavam somente eu e minha mãe em casa. Aproveitamos e fomos assistir nosso dorama comendo pipoca com bacon e guaraná. Esse era o nosso
programa preferido. A medida que eu ia assistindo, minha fralda ia enchendo. Não sei oque seria de mim, se não fosse a fralda. Assistimos nosso dorama até as onze e meia da noite.

- Vamos dormir mocinha ? - disse minha mãe.
- Vamos sim...se deixar a gente vira a noite só pra saber oque vai acontecer no final da história.
- É verdade  - diz minha mãe sorrindo.

Levanto do sofá sentindo a fralda pesada. Minha mãe percebe e me fala:

- Parece que está precisando de uma fraldinha nova aí, heim meu amor.
- Estou sim - respondi.
- Posso ? - perguntou ela se referindo a trocar minha fralda.
- Claro que pode mamãe...mas é possível  que eu durma antes da senhora terminar de trocar minha fralda.
- Está me chamando de lenta ? - perguntou ela com as mãos na cintura.
- Não mamãe...estou falando do meu grau de sono.
- Ahhh sim !!!

Fomos pro quarto e deitei na cama e tirei o shortinho do pijama ficando apenas de camisetinha e fralda. Minha mãe desprendeu as fitas e tirou minha fralda enxarcada.  Fez um pacotinho com ela e colocou do lado. Enquanto ia limpando minha pepeka com lenço umedecido ela falava:

- Eu amo trocar sua fralda, sabia ?
- Sério mamãe ?
- Eu lembro de quando você era apenas uma bebezinha.
- Voltei a ser uma bebê ?
- Voltou meu bem...uma bebezinha muito fofa que é o orgulho da mamãe - disse ela passando pomada em minhas dobrinhas gordinhas.
- E eu sou a filha mais sortuda por ter a melhor mãe do mundo.
- Como não ser a melhor mãe do mundo se tenho uma filha maravilhosa, que nunca me deu trabalho - falou jogando um talco refrescante na minha pepeka e bumbum.

Depois fechou minha fralda e vestiu meu shortinho do pijama,  que me deixava mais fofa ainda, pois a fralda ficava bem nítida, aparecendo entre as pernas. Nem foi preciso levantar. Não demorou muito e caí no sono.

Acordei revigorada nessa manhã de segunda-feira. Tinha muito serviço a fazer. Trabalho com restauração de livros e confecção de agendas personalizadas. É um serviço que amo fazer e faço com amor e capricho. Amo quando pego um livro todo detonado e entrego o mesmo novinho em folha. Mas hoje tenho de me concentrar nas agendas da Milena, que já estão mais doque atrasadas.

Levanto animada sentindo a fralda pesada. Vou no banheiro e tiro a fralda e tomo um banho rápido. Me enxugo e eu mesma ponho uma fralda em mim com calma pra ficar bem firminha. Estava mal acostumada sempre tendo minha mãe ou a Alice pra fazer isso pra mim. Depois de colocar a fralda, eu fiquei satisfeita com o resultado.  Vesti um vestidinho lilás muito lindinho que a Alice tinha comprado pra nós.

Enquanto tomava meu café da manhã composto de pão de queijo e leite com achocolatado,  eu liguei pra minha namorada:

- Oi lindinha - responde ela animada.
- Oi amor. Como passou a noite ?
- Só não foi melhor, porque você não estava do meu lado.
- Que bom !!! Já está indo trabalhar?
- Saio daqui a cinco minutos.
- Como se sente indo trabalhar de fralda ?
- Um pouco apreensiva, mas muito animada. Uma vida em fralda é a melhor coisa do mundo.
- Tem razão meu bem - respondi alisando a minha fralda por baixo do vestido.
- Está animada pra retornar ao trabalho?
- Estou meu amor. Já estava com saudade dos meus livros poeirentos,  como você costuma falar.
- Então se divirta com eles.
- Obrigada, meu bem. Um beijão pra você viu.
- Outro - respondeu ela.

Desligamos o celular e voltei a atenção pro meu lanche matinal. Nisso minha mãe entra na cozinha:

- Bom dia, meu bem. Como passou a noite?
- Muito bem, e a senhora ?
- Ótima !!! - respondeu me dando um beijo no meu rosto.
- Nossa mamãe,  estou muito animada pra voltar a trabalhar.
- Que bom filha, mas se sente bem pra isso ? Não acha que tem de fazer mais um pouco de repouso ?
- Estou ótima mamãe.  Nunca me senti melhor. 
- Então posso ir trabalhar sossegada ?
- Claro...tem de seguir sua vida normalmente.

Minha mãe fica o dia todo fora pois trabalha como encarregada em um hipermercado. Se juntou a mim no café da manhã. Conversamos animadas e  poucos minutos depois, ela saiu.

Então abri a porta do meu ateliê,  como gosto de chamá-lo. Desde que voltei do hospital não tinha entrado nele ainda. Senti o cheiro característico me animando a trabalhar.  Abri a janela pra arejar o ambiente. Vi o trabalho começado da Milena.  Eram dez agendas personalizadas.  Já tinha feito as capas na impressora com papel adesivo bem como cada página cuidadosamente decorada de acordo com o gosto de cada pessoa. Ainda bem que existem pessoas que ainda gostam mais da agenda tradicional física, doque um celular. E eu sou uma delas. Ainda faço meu bullet journal. Gosto de escrever, desenhar, colorir, colar...

Comecei fazendo as capas colando as folhas adesivas no papelão.  Depois de fazer todas levei pra furadeira pra fazer os furinhos por onde passa o arame espiral juntamente com as páginas e a capa traseira.

Faço tudo com amor e paixão. Amo meu serviço. Olhando pro lado, vi o exemplar antigo de Dom Quixote do senhor Francisco que precisava ser restaurado e também encadernar as receitas da dona Amélia.  Tinha muito trabalho pela frente.

A medida que ia trabalhando sentia minha fralda ficando molhada. Toda hora era um xixizinho. Até que em certo momento, faço o número dois enchendo minha fralda. Continuo trabalhando normalmente como se nada tivesse acontecido.  Minha rotina de trabalho não me permitia ficar parando a todo momento pra trocar a fralda. Trocava uma vez só, antes do almoço e depois a noite, depois do banho. Eram três fraldas diárias. Isso porque comprei as melhores.

Tive que sair e ir numa papelaria pra comprar algumas coisinhas que faltavam. Fui com a fralda cagada mesmo. Era pertinho e não tinha necessidade de trocar a fralda ainda. Foi até emocionante andar com a fralda cheia na rua. Só ficava com medo que o cheiro vazasse, mas felizmente o sistema antiodor dessa fralda é ótimo. Andava sentindo aquele volume no bumbum.  Enquanto estava na papelaria escolhendo alguns ítens,  eu ainda fiz mais um pouco de cocô na fralda. Amo a sensação de quando o cocô vai saindo e se comprimindo entre a fralda e meu bumbum gordinho. Me sinto uma bebê travessa. Volto pra casa com a fralda mais pesada doque na ida. Até ponho a mão na bunda pra ver se o vestido ainda está tampando a fralda. Está tampando por pouco. Mais um tiquinho e a fralda ficava a vista.

Chego em casa e vou direto pro banheiro trocar a fralda. Tiro o vestido e a fralda. Novamente minha bunda estava um caos de sujeira. Sentei no vaso e tirei tudo com a duchinha. Depois passei um sabonete íntimo e sequei. Andei pelada pela casa e fui tratar de colocar uma fralda antes que fizesse xixi no chão. Coloquei uma fralda nova e vesti o mesmo vestidinho.

Fui esquentar o almoço e liguei pra Alice pra contar as minhas travessuras.

Minha nova vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora