COMO SE FOSSE A PRIMEIRA VEZ
Natasha Romanova retorna à sua cidade natal carregando segredos pesados e as marcas de um divórcio que deixou cicatrizes profundas, tanto físicas quanto emocionais. Em busca de paz para si e para sua filha, Charlie, ela...
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O SUOR escorria pela têmpora de Steve enquanto ele pincelava as últimas tábuas da cerca recém-reformada da casa dos Romanova. O trabalho estava quase completo e, ao olhar ao redor, ele podia ver a transformação impressionante.
A casa, que antes parecia um cenário de filme de terror, agora era um verdadeiro lar.
A fachada havia sido reestruturada com cuidado, e os pilares que sustentavam a varanda que circundava o lado direito da casa estavam renovados. A nova pintura acinzentada das paredes contrastava com o telhado, a porta e as janelas brancas recém-instaladas.
O jardim, uma vez negligenciado, agora estava bem cuidado e vibrante, fruto do trabalho incansável de Wanda. Ela não poupou esforços para transformar a entrada da residência em um verdadeiro oásis, com flores coloridas e arbustos bem podados que agora davam uma sensação de acolhimento e beleza.
No interior, o trabalho foi igualmente meticuloso. Cada cômodo tinha sido limpo e os móveis deteriorados pelo tempo foram substituídos por peças novas e modernas. A casa, que Steve se lembrava como um amontoado de memórias negligenciadas e poeira, havia se transformado em um espaço vibrante e convidativo.
Steve observou a casa com um sentimento de satisfação. A diferença era notável, especialmente em comparação com a primeira vez que ele havia visto a casa há sete anos.
Na época, a visão era de um lar em completo estado de abandono, uma casa que parecia guardar segredos e memórias há muito enterrados. Agora, no entanto, a residência exalava uma sensação de renovação e esperança.
O trabalho árduo havia valido a pena, e ele esperava que atingisse as expectativas das novas moradoras.
Steve observou Wanda sair do interior da casa com um sorriso radiante, sua energia contagiante à medida que ela quase corria em direção à calçada. Com um entusiasmo palpável, ela se esticava na tentativa de avistar algo no início da rua.
— Elas chegaram! Elas chegaram!
A animação de Wanda era clara e genuína, e Steve não pôde deixar de sorrir ao ver a amiga tão empolgada.
— Acho que nunca a vi tão animada — Steve comentou, olhando para Bucky, que estava ocupado amarrando um saco de lixo próximo à calçada.
— Infelizmente você não teve a chance de vê-la descobrindo a gravidez dos gêmeos — Bucky respondeu, com um sorriso nostálgico — Foi uma verdadeira explosão de emoção.
Steve riu, imaginando a cena. Bucky tinha razão; ver Wanda tão animada era um espetáculo raro e especial. A reforma da casa dos Romanova estava finalmente concluída, e o momento de ver Natasha e sua filha chegando parecia ser a culminação perfeita de todo o esforço.
O SUV cinza parou em frente à calçada da casa, e através dos vidros fumê, Steve conseguiu identificar os fios rubros, semelhantes aos de Wanda. A porta do passageiro foi a primeira a se abrir, revelando uma cópia pré-adolescente de Natasha, que saiu do veículo carregando uma mochila azul-turquesa e um travesseiro de viagem.
