5 • Sombras do passado

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NATASHA não conseguiu permanecer em casa depois que Charlie foi para a escola

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NATASHA não conseguiu permanecer em casa depois que Charlie foi para a escola. O vazio da casa parecia esmagador, e ela decidiu buscar um pouco de alívio em sua rotina matinal na varanda.

A manhã estava fresca, com o sol começando a esquentar o ar, e a cadeira de balanço na varanda parecia o refúgio perfeito.

Ela se acomodou na cadeira, o livro que tinha nas mãos estava a poucos capítulos de terminar. O balançar suave da cadeira combinava com o ritmo de sua leitura, criando uma atmosfera de tranquilidade que contrastava com o turbilhão emocional de seus pensamentos.

O livro a envolvia, e a cada página virada, Natasha se permitia escapar da realidade, mesmo que apenas por um breve momento.

Enquanto mergulhava na história, ela não pôde deixar de espiar as reações das pessoas ao redor. Os vizinhos que passavam pela rua, alguns com olhares curiosos e outros com sorrisos amigáveis, mostravam surpresa ao ver a casa, que há tanto tempo parecia desabitada, agora cheia de vida.

Era como se a nova presença de Natasha e Charlie tivesse acendido uma chama de renovação na comunidade.

A sensação de estar reconectando com a vizinhança, de sentir que sua presença estava fazendo uma diferença visível, deu a Natasha um pequeno, mas significativo, senso de realização.

Ela conferiu as horas no seu celular, ignorando as notificações da editora enquanto bloqueava a tela novamente. Havia pulado o almoço e queria garantir que houvesse algo fresco para quando Charlie voltasse da escola.

Ao dirigir por alguns minutos, ela chegou ao centro de Delaware, um bairro que transbordava vida e atividade. As ruas principais estavam repletas de lojas locais, cafés e boutiques, suas vitrines cuidadosamente arrumadas e atraentes. O movimento constante de pedestres e carros criava uma sensação vibrante e acolhedora.

Natasha estacionou o carro e se dirigiu à floricultura de Wanda, localizada no coração desse animado centro, decidida a dar um 'oi' à irmã. A loja era um oásis de cor e frescor, com a fachada adornada por arranjos florais e plantas exuberantes. O aroma das flores se misturava com o ar fresco da tarde, criando uma atmosfera convidativa que contrastava com a agitação das ruas ao redor.

O sino da porta soou sobre a cabeça de Natasha quando ela empurrou a entrada da floricultura. Wanda se ergueu do balcão, onde dezenas de flores desordenadas estavam espalhadas, ainda longe de se transformarem em buquês.

— Parece que uma das princesas da Disney vomitou por aqui — Natasha zombou ao ver o caos florido, fazendo Wanda revirar os olhos com um sorriso.

— Ei, eu ainda estou trabalhando aqui — Wanda respondeu, puxando um fio de fita de uma das flores e caminhando para a irmã — O festival da cidade está chegando e, claro, eu decidi fazer tudo de uma vez só.

Natasha observou a irmã enquanto ela ajeitava o cabelo e se limpava de um pouco da bagunça.

— Como está indo o trabalho? — Natasha perguntou, cruzando os braços.

AS IF IT WERE THE FIRST TIME • romanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora