4 • Pesadelos

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Aviso de Gatilho: Este capítulo contém descrições de violência doméstica e abuso emocional. Se esses temas são sensíveis para você, considere pular este capítulo ou avançar com cautela.

IMERSA na leitura, as palavras fluindo silenciosamente entre suas mãos enquanto Natasha girava distraidamente a aliança no dedo

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IMERSA na leitura, as palavras fluindo silenciosamente entre suas mãos enquanto Natasha girava distraidamente a aliança no dedo. O estalar da lenha queimando na lareira era o único som no apartamento, criando uma atmosfera tranquila e aconchegante. A luz suave do abajur ao seu lado lançava sombras dançantes nas paredes enquanto ela folheava o manuscrito do terceiro livro.

De repente, a porta da frente se fechou com força, o estrondo rompendo a paz do ambiente. Natasha respirou fundo, seu estômago se contraindo em antecipação. Ela sabia que aquele som era um prenúncio de algo muito pior.

A cada passo que Erik dava, Natasha sentia um calafrio percorrer seu corpo. Ele avançava pelo corredor com passos pesados e irregulares, o som de seus pés ressoando de maneira ameaçadora.

A porta do escritório se abriu em uma explosão, e Erik apareceu, ainda vestido com o mesmo terno de manhã, agora desabado e amassado, a expressão cansada tornando o olhar de frustração ainda mais marcado em seu rosto. A gravata estava frouxa, pendendo de forma desleixada ao redor do pescoço.

Erik entrou no cômodo com um olhar furioso. Seus olhos varreram o espaço até encontrarem Natasha, seu semblante se endurecendo ao perceber a calma dela.

— Como é possível que aquele incompetente tenha feito algo melhor do que eu? — Erik disparou, a raiva contida em sua voz quase palpável. Ele avançou para dentro do escritório, os olhos arregalados com uma mistura de irritação e desdém — Como é possível que alguém do escritório tenha a audácia de passar por cima de mim?

Natasha o escutava desabafar com atenção, seu coração batendo forte, uma sensação de impotência a invadindo. Ela sabia que qualquer erro poderia resultar em uma explosão de fúria. Erik, em sua tirania, parecia precisar de alguém para culpar, e ela era frequentemente a escolhida.

Ao perceber que Natasha apenas o observava, a irritação de Erik intensificou. Ele avançou sobre ela, os olhos fixos nas páginas do manuscrito que ela estava revisando. Em um gesto abrupto e violento, ele agarrou as páginas do manuscrito, seus dedos apertando o papel com força.

— Isso é o que você está fazendo enquanto eu estou lidando com os problemas do escritório? — Erik rosnou, sua voz cortante — Apenas escrevendo?

Natasha se levantou abruptamente da cadeira, a sensação de desespero crescendo em seu peito. Ela avançou para tentar recuperar o manuscrito, mas Erik, com um sorriso cruel, ergueu as páginas acima da chama da lareira, que estalava e lançava sombras dançantes pelas paredes.

— É o meu trabalho, Erik! — ela choramingou, os olhos presos nos papéis sendo amassados pelo marido.

— Está dizendo que o seu "trabalho" é melhor do que o meu? — Natasha não pode deixar de perceber como ele menosprezou a sua profissão.

AS IF IT WERE THE FIRST TIME • romanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora