6 • Páginas do passado

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DESDE o momento em que encontrou Natasha no cemitério, uma ideia persistente não saía de sua cabeça: ele precisava encontrar algo que comprovasse que sua vizinha realmente tinha sido amiga de sua esposa

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DESDE o momento em que encontrou Natasha no cemitério, uma ideia persistente não saía de sua cabeça: ele precisava encontrar algo que comprovasse que sua vizinha realmente tinha sido amiga de sua esposa.

Isso fez os dias seguintes serem uma neblina de pensamentos confusos. A revelação de Natasha o deixara perturbado, e ele não conseguia sacudir a sensação de que havia algo mais naquela história, algo que ele ainda não compreendia.

Na cozinha, seus movimentos eram mecânicos enquanto preparava a lasanha para o jantar – uma tarefa que normalmente lhe trazia algum conforto. No entanto, aquela noite, ele se viu incapaz de se concentrar.

Deixando a lasanha no forno, Steve desceu ao porão. O ambiente estava silencioso, exceto pelo leve farfalhar das caixas enquanto ele as movia. Cada uma delas continha um pedaço da vida de Maria, lembranças que agora pareciam tão distantes, quase irreais.

Ele começou a abrir as tampas das caixas, uma a uma, procurando freneticamente por algo que mencionasse Natasha, uma foto, uma carta, qualquer coisa que provasse que as duas tinham realmente compartilhado uma amizade.

Conforme vasculhava os objetos, o sentimento de turbulência interna só aumentava. Cartas de amigos, álbuns de fotos, pequenos tesouros colecionados ao longo dos anos, mas nada que ligasse Maria à Natasha.

A frustração e a confusão cresciam dentro dele, misturadas com uma frustração que ele ainda não estava pronto para enfrentar por completo.

Steve estava quase se afogando na maré de lembranças quando, ao puxar uma pilha de álbuns de fotos, um livro escorregou das caixas, caindo com um leve baque no chão empoeirado.

Um pedaço de papel caiu silenciosamente dentre as páginas abertas.

Curioso e com o coração acelerado, Steve alcançou o papel primeiro, descobrindo que era uma polaroid. Ele parou por um instante, quase sem acreditar no que via.

Era uma foto de Maria e Natasha, jovens e despreocupadas, sorrindo para a câmera como se o mundo fosse deles para conquistar. O contraste entre os cabelos negros de Maria e os fios ruivos de Natasha era marcante, como se a imagem tivesse sido capturada na primavera de suas vidas, uma época de esperança e sonhos.

Steve estudou a imagem com atenção, tentando conciliar a mulher sorridente ao lado de Maria com a vizinha enigmática que ele acabara de encontrar no cemitério. Elas deviam ter um pouco mais que a idade que Ethan tem agora, o pensamento vindo como um soco no estômago.

Por que Maria nunca mencionou essa amizade?

Seus olhos caíram então sobre o livro que havia caído. Ele o apanhou e notou o título na capa: um romance escrito por Natalie Rushman, um nome que ele não reconheceu. Porém, ao abrir o livro, foi imediatamente confrontado por uma dedicatória escrita à mão na contracapa:

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