Minha lealdade é sua

Doente - lesado de amor

Italo parecia nas nuvens após o beijo que foi abruptamente interrompido por Dandara que estava apenas querendo saber se Huo estava em casa, tentaram não demonstrar nervosismo mas era difícil estando com as roupas amarrotadas e o cabelo em pé. Ela não ficou por muito tempo para questionar qualquer coisa, Hugo suspirou e sentou no chão enquanto encarava Italo com uma expressão tão... O que ele estava pensando? Onde ele viu que beijar um amigo seria uma boa ideia? Se declarar então, seu coração parecia que ia parar a qualquer minuto, " estraguei tudo, estraguei tudo, estraguei tudo".

Ele queria sumir, a culpa não era de ítalo e sim dele que não conseguia mais se manter estável, pediu que fosse deixado sozinho com a desculpa de que tinha que escrever uma carta à Gutemberg, Italo acatou a contragosto e sorriu, roubou um beijo que deixou Hugo querendo apenas se jogar nele e esquecer tudo e todos.

Como fazer isso? Eles se gostam, será que Italo iria aguentar por muito o que era verdadeiramente Idá? Não que ele não conhecesse Hugo, sua cabeça não era mais a mesma após tudo o que ocorreu na Amazônia. Ele precisava de um tempo, era tudo muito rápido e estragado.

Como Italo teve a ousadia de beijar alguém que era tão ruim como Hugo? E se ele soubesse do seu envolvimento com mefisto?

E se ele soubesse que Hugo foi atrás de Olímpia pedir que houvesse um encontro com mefisto para que parasse a perseguição com ele? Isso não era ruim, mas Italo poderia achar que sim. São tantas possibilidades de tudo dar errado, o pior de tudo, ele queria tanto Italo, doía saber que tudo podia acabar num estalar de dedos.

E se.... Gutemberg ia viajar com Bárbara de Belém até Manaus, eles lhe chamaram antes da finalização do ano letivo, não estava muito tarde para aceitar, não é?

Hugo precisava voltar para ítalo mas como? Chegar de cara limpar não era uma opção legal, ele errou tanto só por puro pensamentos confusos, ele tinha tanto medo de perder aquele amor, ele foi embora sem se explicar, sem colocar um ponto final ou vírgula.

- Eu sou uma pessoa horrível. - Ele falou meio abafado por está com as mãos no rosto.

Bárbara revirou os olhos, estava com pena do amigo, nunca imaginou ver ele tão acabado assim. Hugo chegou na sua casa na semana passada, ou seja, já fazia duas semanas e meia que ele estava se lamentando e faltando se matar.

Meio grotesco essas palavras, né? Ela não sabia mais como tentar salvar essa pobre alma. - Maninho, pelo amor, tu tá se lesando assim pelo o que? Ítalo te excomungou foi? Não! Ele te beijou, ele te ama e você tá fazendo papel de leso.

- Mas e se ele descobrir as coisas que eu fiz? Se ele descobrir que eu tenho contato com o Mefisto, vulgo principalmente suspeito de ser o mandante da tortura dele?

- Por isso tu precisa voltar e conversar com ele que nem gente normal, que nem eu faço com o Gutemberg e aqueles amigos dele. - Mentirosa.

- Você ameaçou se transformar em onça se o Gutemberg não mandasse o Arthur calar a boca e ainda nem quis abrir a boca para falar com o Abelardo!

- E tu já quis conversar com aqueles troços lá?

Ela tinha um ponto.

- Pois é, nem eu quis, eu ao menos precisava conhecer os amigos do meu namorado. Volta pro teu homem, porque se ele não for teu, eu já não sei mais o que ele é.

- Mas ele não é meu... Meu... Meu homem.

- Mas tu quer que seja né. - pilantra, desgraçada, Hugo estava cansado e com vontade de conversar com Italo para poder se redimir, antes precisava se redimir com sua mãe.

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Oiiii, esse capítulo foi o mais curto até agora apenas porque eu queria contextualizar as razões do ter ido embora e afins, obviamente o Hugo dessa fanfic e do livro são completamente diferentes e eu tentei colocar a essência do Hugo dos livros nesse mas acho que não consegui e nem vou. Ocorreu muitas coisas ruins comigo e na minha vida pessoal desde o início da fic quando ela era só um rascunho, fui embora de casa, perdi meu quarto e minha privacidade.