Nuestros Hijos: El amor, es la clave | Kelmiro

Seis

Após pegar as crianças na escola, Kelvin quis ir logo para casa, queria conversar com seu filho. Sendo assim, Ramiro os deixou em casa e desejou boa sorte para o seu namorado. Ops, NOIVO. Eles agora são noivos e iriam se casar!

O fazendeiro seguiu para sua casa, ouvindo Micaela cantar, enquanto uma música que ele não conhecia, tocava na rádio. Estava preocupado em como Juan iria receber a notícia que seu pai não voltaria mais.

Juan tomou banho, recebeu a ajuda do seu pai para fazer as tarefas da escola, e após o jantar o seu pai o chamou para sentar no sofá. Disse que tinha que conversar algo importante com ele. O menino obedeceu e sentou-se ao lado de seu pai, enquanto o aguardava para dar início a conversa.

Kelvin estava apreensivo, embora o menino já não perguntasse mais pelo "pai" era difícil dizer pra ele que o Frank não voltaria mais em nenhum outro momento da vida dele. Tinha muito medo que o menino se sentisse rejeitado pelo homem que o adotou. Amor nunca faltou para o menino, mas Kelvin não sabia como ele se sentiria, pois nunca chegou a conversar com ele sobre isso, e como o filho também parou de perguntar, foi mais fácil para ele apenas ficar em silêncio.

— Olha, filho. Você já está crescido e eu preciso te contar uma coisa. Peço que me ouça, depois eu tô aqui para tirar qualquer dúvida que você tiver.
O seu pai Frank, ele não vai mais voltar. Ele apareceu aqui hoje e disse que tinha uma outra vida. Não vai manter contato, vai continuar como esteve até agora. Eu sinto muito ter que te dizer isso, mas eu não podia esconder isso de você.
Sei que pode ser triste, mas eu quero que saiba que você é muito amado, que eu estou aqui para você sempre e que jamais vou deixá-lo. Isso eu prometo com a minha vida Juan. Eu tenho orgulho de ser o seu papai e você tornou a minha vida mais feliz. Eu nem me lembro da minha vida antes da sua chegada. Eu amo você mais do que tudo meu filho.

O menino tinha uma cara serena, mas demonstrava que estava pensando depois de ouvir todas aquelas palavras.

— Tá tudo bem papai. Ele foi comprar cigarro, né? — Ele deu uma risadinha e Kelvin não acreditava no que acabara de ouvir. Quis rir, mas manteve a pose imparcial. — Eu não sei dizer como me sinto agora, mas eu não sinto tanta a falta dele, foi tão rápido quando ele estava aqui, né? É um pouco triste ele não querer ficar com a gente, mas você nunca me deixou se sentir sozinho. Eu sou muito feliz por você ter me escolhido, você é o melhor pai que eu poderia ter. Então tudo bem, deixa ele pra lá. Tá tudo bem aqui sem ele, e você agora tem o tio Ramiro. Eu vejo ele como um pai, sabia?

Kelvin se emocionava facilmente. Estava todo bobo por ouvir seu filho falar daquele jeito, fez gracinha e realmente parecia tranquilo, o que acalmou o coração dele de pai. Puxou-o para um abraço apertado, deixando as lágrimas caírem sobre os olhos.

— Tá bom, papai. Agora eu posso jogar videogame um pouquinho? — O menino juntava as mãos como se estivesse orando.

Kelvin riu. Já havia passado da hora do videogame, mas diante toda aquela conversa acabou cedendo.

— Só um pouquinho, seu Juan Santana. Vou contar no relógio meia hora e vou no seu quarto ver se o senhorzinho não está na cama.

✩★ ♡ ★✩

Naquela noite, Kelvin se apresentaria em um bar da cidade. Seria sua primeira apresentação como cantor, ele estava animado para soltar a voz diante de pessoas desconhecidas. Apenas Ramiro e as crianças o ouviam cantar.

Quando Ramiro chegou para buscar Kelvin e Juan, o ruivo já estava pronto. A ansiedade foi tanta que ele começou a se arrumar 3 horas antes. Como a roupa para aquela ocasião já estava escolhida há dias, não demorou a ficar pronto.