Siete

390 45 178
                                    

"A ti te veo en todos mis planes,
incluso en los que creí
que no invitaría a nadie".
Andrés Ixtepan

O casal tinha pressa. Depois que contaram as crianças, logo começaram a pensar no casamento, que seria em breve. Ramiro insistiu para que Kelvin e Juan fossem morar na fazenda, mas o ruivo simplesmente não aceitou.

Era uma manhã de domingo. O sol entrava forte pela janela, despertando Ramiro de seu sono profundo. Por viver na fazenda desde sempre, ele costumava acordar muito cedo, mas por algum motivo sempre que dormia na casa de Kelvin ele dormia demais. Achava impressionante esse feito.

Estava deitado sobre o peito alvo, inclinou levemente a cabeça para observar seu noivo que roncava baixinho. Até parecia um gatinho ronronando.

Sorriu. Ele já não conseguia imaginar uma vida na qual Kelvin não estivesse nela. O amava sem limites e queria poder viver todos os sonhos e todas as histórias ao lado dele.

Parou de olhar o outro feito bobo quando ouviu um barulho alto vindo da cozinha. Buscou o celular para ver as horas. 10h da manhã, as crianças com certeza já estavam acordadas e deveriam estar aprontando alguma coisa juntas.

Ramiro afundou seu rosto no pescoço de Kelvin e começou a deixar alguns beijos ali. Aos poucos o ruivo foi despertando, o braço se arrepiando e ficando levemente duro. "Que maneira mais gostosa de ser acordado", imaginou ele. Não via a hora de ser assim todos os dias de sua vida.

- Bom dia meu bem. Acorda meu pequetito, cadê meu beijinho de bom dia?

Kelvin se virou para olhá-lo, ambos estavam de cara amassada e cabelos desgrenhados da noite anterior. O ruivo segurou o rosto de Ramiro com as duas mãos e o puxou para um beijo. Em seguida, repetiu o que o preto estava fazendo com ele, deixando beijos pelo pescoço.

- Bom dia meu agro boy delicioso. Eu amo acordar assim. - A voz dele saia abafada, devido aos beijos, enquanto levava a mão de Ramiro para apertar a sua ereção. - Olha só como você me deixa. Que tal uma rapidinha matinal?

- Amorzinho eu adoraria, mas as crianças já acordaram e estão aprontando alguma coisa porque eu ouvi alguns barulhos vindo lá da cozinha.

Bom, depois do que ouviu Kelvin reclamou e se levantou. Foram tomar um banho rápido juntos e o ruivo conseguiu um mimo. Ser mamado no banho.

Ramiro saiu primeiro do quarto enquanto Kelvin colocava uma roupa. Passou pelo quarto de Juan, e como imaginou, nem sinal deles por ali. Na sala também não, mas ouvia uma conversa baixa.

- Vocês estão aí na cozinha? - Perguntou ele.

As crianças começaram a gritar dizendo para ele não entrar lá, que demorasse mais um pouco. Isso só deixou o homem mais curioso. Ele retornou ao quarto encontrando um Kelvin já vestido com seu costumeiro macacão jeans folgado e seu cropped com as cores do arco-íris.

- Achou as crianças Rams?

- Estão na cozinha, mas não me deixaram entrar para ver o que estavam fazendo.

- Meu Deus Ramiro. Eles vão tocar fogo na casa. - Saiu do quarto puxando o outro pela mão, indo em direção a cozinha.

Quando adentraram a cozinha, não acreditaram no que viam. A mesa simplesmente estava posta. Havia pães, queijo, presunto, umas frutas cortadas e iogurte. Era possível ver por cima da mesa corações de papel, que foram pintados e recortados, também tinha um papel maior com a seguinte frase: Feliz dia dos papais.

Micaela e Juan mostravam todos os dentes da boca, se sentiam orgulhosos do seu trabalho em equipe. Kelvin e Ramiro choraram de emoção, não conseguiram evitar, eram dois manteiga derretida.

Nuestros Hijos: El amor, es la clave | Kelmiro Onde histórias criam vida. Descubra agora