008 𝑂 𝑀𝑒𝑠𝑡𝑟𝑒 𝑑𝑎𝑠 𝑃𝑜𝑐̧𝑜̄𝑒𝑠

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☘︎ 𝐍𝐚̃𝐨 𝐞𝐱𝐢𝐬𝐭𝐞 𝐨 𝐛𝐞𝐦 𝐞 𝐨 𝐦𝐚𝐥, 𝐬𝐨́ 𝐞𝐱𝐢𝐬𝐭𝐞 𝐨 𝐩𝐨𝐝𝐞𝐫, 𝐞 𝐚𝐪𝐮𝐞𝐥𝐞𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐬𝐚̃𝐨 𝐟𝐫𝐚𝐜𝐨𝐬 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐜𝐨𝐧𝐬𝐞𝐠𝐮𝐢-𝐥𝐨☔︎

☘︎ 𝐍𝐚̃𝐨 𝐞𝐱𝐢𝐬𝐭𝐞 𝐨 𝐛𝐞𝐦 𝐞 𝐨 𝐦𝐚𝐥, 𝐬𝐨́ 𝐞𝐱𝐢𝐬𝐭𝐞 𝐨 𝐩𝐨𝐝𝐞𝐫, 𝐞 𝐚𝐪𝐮𝐞𝐥𝐞𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐬𝐚̃𝐨 𝐟𝐫𝐚𝐜𝐨𝐬 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐜𝐨𝐧𝐬𝐞𝐠𝐮𝐢-𝐥𝐨☔︎

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— Ali, olha.

— Onde?

— Ao lado do garoto alto de cabelos vermelhos.

— De óculos?

— Você viu a cara deles?

— Você viu a cicatriz dela?

Os murmúrios acompanharam Harry e Lilian desde a hora em que eles saíram dos seus dormitório no dia seguinte. A garotada que fazia fila do lado de fora das salas de aula ficava nas pontas dos pés para dar uma espiada, ou ia e vinha nos corredores para vê-los duas vezes. Lilian desejou que não fizessem isso, porque estava tentando se concentrar para encontrar o caminho para suas aulas.
Havia cento e quarenta e duas escadas em Hogwarts largas
e imponentes, estreitas e precárias, umas que levavam a um lugar diferente às sextas-feiras, outras com um degrau no meio que desaparecia e a pessoa tinha que se lembrar de saltar por cima. Além disso, havia portas que não abriam a não ser que a pessoa pedisse, por favor, ou fizesse cócegas nelas no lugar certo e portas que não eram bem portas, mas paredes sólidas que fingiam ser portas. Era também muito difícil
lembrar onde ficavam as coisas, porque tudo parecia mudar freqüentemente de lugar. As pessoas nos retratos saíam para se visitar e Lilian tinha certeza de que os brasões andavam. Os fantasmas também não ajudavam nada. Era sempre um choque horrível quando um deles atravessava de repente uma porta que a pessoa estava querendo abrir. Nick Quase Sem Cabeça ficava sempre feliz de apontar a direção certa para os alunos de Grifinória, mas Pirraça, o Poltergeist, representava duas
portas fechadas e uma escada falsa se a pessoa o encontrasse quando estava atrasada para uma aula. Ele despejava cestas de papéis na  cabeça das pessoas, puxava os tapetes de baixo de seus pés, acertava-as com pedacinhos de giz ou vinha sorrateiro por trás, invisível, e agarrava-as pelo nariz e guinchava: "PEGUEI-
A PELA BICANA!” Pior que o Poliergest, se é que era possível, era o
zelador, Argos Filch. Lilian e Raquel conseguiram conquistar sua má vontade logo na primeira manhã, Filch encontrou-as tentando forçar caminho por uma porta que, por azar, era a entrada para o corredor proibido no terceiro andar. Ele não
quis acreditar que estavam perdidas, pois tinha certeza de que estavam
tentando arrombá-la de propósito e ameaçava trancá-los na floresta, quando foram salvas pelo Professor Quirrell, que ia passando. Filch tinha uma gata chamada Madame Nor-r-r-a, como quem ronrona, um
bicho magro, cor de poeira, com olhos saltados como lâmpadas, iguais aos de Filch. Ela patrulhava os corredores sozinha, se alguém desobedecesse a uma regra em sua presença, pusesse o dedão do pé fora da linha, ela corria a buscar Filch, que aparecia, asmático, em dois segundos. Filch conhecia as passagens secretas da escola melhor do que ninguém (exceto talvez os gêmeos Weasley) e podia surgir de repente como um fantasma. Os estudantes a detestavam e a ambição mais desejada de muitos era dar um bom pontapé em
Madame Nor-r-ra. Além disso, quando a pessoa conseguia encontrar o caminho das salas, havia as aulas em si. Mágica era muito mais do que sacudir a varinha e dizer meia
dúzia de palavras engraçadas, como Lilian logo descobriu. Tinham de estudar o céu da noite pelo telescópio toda quarta-feira à meia-noite e aprender os nomes das diferentes estrelas e os movimentos dos planetas, nada que ela não goste. Três vezes por semana iam para as estufas de plantas atrás do castelo para
estudar herbologia, com uma bruxa baixa e gorda chamada Professora Sprout, com quem aprendiam como cuidar de todas as plantas e fungos estranhos e descobriam para que eram usados. Sem falar, a aula mais chata era a de História da Mágica, a única matéria ensinada por um fantasma. O Professor Bins era realmente muito velho quando adormeceu diante da lareira na sala dos professores e levantou na manhã
seguinte para dar aulas, deixando o corpo para trás. Binns falava sem parar enquanto eles anotavam nomes e datas e acabavam confundindo Emerico, o Mau, com Urico, o Esquisitão. O Professor Flitwick, que ensinava Feitiços, era um bruxo miudinho que tinha de subir numa pilha de livros para enxergar por cima da mesa. No começo da primeira aula ele pegou a pauta e quando chegou ao nome de Harry soltou um gritinho excitado e caiu da pilha, desaparecendo de vista.
Já a Professora Minerva era diferente. Lilian estava certa quando pensou
que ela não era professora para aluno nenhum aborrecer, severa e inteligente, fez um sermão no instante em que elas se sentaram para a primeira aula.

𝐓𝐡𝐞𝐫𝐞 𝐢𝐬 𝐚 𝐟𝐢𝐧𝐞 𝐥𝐢𝐧𝐞 𝐛𝐞𝐭𝐰𝐞𝐞𝐧 𝐥𝐨𝐯𝐞 𝐚𝐧𝐝 𝐡𝐚𝐭𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora