A MALDIÇÃO DE COPAS ♠️ minsung

♠️CAPÍTULO SEIS ♥️

Me fodi, é isso. Eu vou morrer e o Volkan vai morrer por culpa minha.

— Sempre um passo a frente... — Minho tinha um sorriso vitorioso no semblante maquiavélico. — Achou mesmo que ia me passar a perna? — seu timbre é pura vilania e ele pisa firme em minha direção. — Tão ingênuo... — estalou a língua.

O beijo ainda consome meus pensamentos. Pensa, Jisung. Pensa.

Sem medo.

Talvez eu pudesse reverter o estrago que fiz de alguma outra forma.

— Só assim pra você conseguir me beijar, né? — me aproximo, desafiando-o. — Se passando por outra pessoa — provoco sarcástico, cada vez mais perto dele.

De repente o rei não está mais tão ameaçador, e não expressa nada além de indignação.

— Você me beijaria de qualquer jeito já que pretendia me conquistar — ele rebate, aproximado o rosto do meu.

Meu coração bate rápido, acelerando loucamente. Meu olhar escorrega para sua boca e minhas pálpebras pesam, absorto na proximidade. Deve ser mais um de seus truques para entrar na minha mente.

— Eu não me rebaixaria tanto — involuntariamente umedeço meus lábios e seu olhar cai neles. Minha pulsação dispara. Meus pulmões queimam, sem oxigênio suficiente.

— Brincar com os sentimentos de alguém me parece se rebaixar o bastante — ele me diz, sua boca pairando a milímetros da minha. Quase posso sentir seu gosto de novo.

— Como se você tivesse alguma moral pra falar de sentimentos, você nem sente nada.

Ele se afasta e bate palmas. Mal percebi quando suas íris assumiram o tom escarlate. 

— O que prefere que Volkan perca primeiro? O pau ou a cabeça? Estou ansioso para isso — suas palavras me amedrontam.

Volkan... Não. Eu não posso deixar ele morrer.

— Talvez as mãos primeiro para ele não poder mais te tocar e depois os olhos para não poder mais te olhar.

— Por favor, não faça nada com ele — o medo borbulha em meu peito. Ele parece se divertir com isso. — Eu imploro.

— Posso deixar Volkan vivo com uma condição...

— Qualquer coisa — engoli em seco.

— Você vai fazer o que eu quiser que faça — Minho decretou.

É tudo o que preciso fazer e ninguém se machuca.

                             ♣️♣️

Tive que passar o resto do baile na cola de Minho. Dancei com ele e o segui por todo lado.

Estive desconfiado de que seria de fato só isso. Por que não me mata logo? Não pode ser só por causa do lance da profecia. Ele é um rei poderoso, precavido e que diz sempre estar um passo a frente, mas está me mantendo vivo sem nem cogitar que posso ser uma ameaça.

Enquanto Minho estava distraído conversando com seus convidados mais próximos vi Seungmin e Hyunjin se aproximarem para falarem comigo.

Avistei Bangchan dançando com Changbin. Jeongin corria atrás de Felix pelo salão.

— Você e o rei parecem até um casal — Hyunjin comentou e o Seungmin o cotovelou.

Me lembrei do beijo, o maldito beijo de Minho. Me odiei por ter sido tão estúpido.

E o pior era não conseguir aceitar que gostei.

Não, eu não quero de novo. Minho é uma pessoa desprezível.