♠️CAPÍTULO SETE ♥️

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Minho e eu corremos pelo palácio, seguindo os gritos desesperados. Encontramos Changbin se contorcendo no chão, parecendo sentir muita dor.

— Changbin! — Bangchan chegou em seguida. — O que você tem?!

Changbin tinha uma expressão assustada e tremia. Sua testa estava suada e seu olhar indicava puro medo. 

— Eu vi... eu vi... — tentava falar, tremendo muito.

— O que você viu? — perguntei.

— Fala logo, porra. Você atrapalhou a minha foda — Minho reclama e eu o olho para que fale de falar.

— Os observadores... eles estão aqui — respondeu com dificuldade, sendo levantado com a ajuda de Bangchan. 

Notei Minho e Chan ficarem tensos. Changbin ainda não parecia nada bem, fraco e paralisado.

— Observadores? Não, não pode ser — Minho riu, descrente.

— Que bom que vocês chegaram a tempo — Changbin disse, respirando fundo. — Eles quase me pegaram.

— O que são observadores? — me senti o único ali sem saber de nada. —  E por que eles dão tanto medo se só observam? — fiz piada, mas ninguém achou graça. Minho me olhou como se eu fosse burro.

— É como chamamos os seres das sombras que trabalham para os arcontes — Minho se aproxima de Changbin e começa a verificá-lo, abrindo seu olho e dando um tapa em seu rosto. Changbin o empurra. — Eles ficam a espreita, atentos a próxima vítima que vão entregar aos arcontes. São divindades invisíveis — ele me vê abrir a boca para perguntar o que diabos seriam os arcontes e se adianta em me explicar. — Os arcontes não são nada mais que os males desse mundo, eles possuem pessoas e se alimentam da alma para ficarem mais fortes. Eu os criei.

— Então descria, sei lá — falei com obviedade. — Faz alguma coisa pra parar eles.

— Hm... não quero — Minho deu de ombros. — Eles nunca fizeram nada contra mim, não são problema meu.

Movi a mandíbula de um lado para o outro, indignado. Sério, como alguém pode ser assim?

Eu quis vomitar. Não acredito que quase dei para esse verme minutos atrás.

— Agora vamos voltar de onde paramos — Minho me envolve pela cintura, sorrindo ladino e eu o afasto abruptamente.

— Inacreditável — balanço a cabeça e passo por ele.

Minho vem em meu encalço e eu o ignoro, caminhando para o meu quarto.

Não sei porque ainda achei que ele tomaria jeito.

— Ah, qual é... — Minho me vira para ele e eu o empurro. — Você tava quase montando no meu pau e agora vai ficar se fazendo de difícil.

— Aquilo nunca mais vai acontecer de novo — digo, entredentes. — Pode esquecer.

— Não faz assim, príncipe... — ele toca meu queixo e meu olhar o despreza. — Depois eu que sou o malvado, isso é crueldade — fez biquinho.

Seguro seu rosto com uma mão, pressionando meus dedos em suas bochechas levemente e sorrio de canto, deixando-o em expectativa. Seus olhos brilham com anseio.

— Você quer me comer? — sussurrei, meu timbre é atrativo e melodioso.

— Quero mais do que tudo — afirma, sendo o cafajeste maldito que ele é e tenta me beijar. Me desvencilho, com um sorriso ardiloso nos lábios.

— Então destrua cada um dos monstros que você mesmo criou — digo, sério e bato a porta do quarto na cara dele.

                              ♠️♥️

A MALDIÇÃO DE COPAS ♠️ minsung Onde histórias criam vida. Descubra agora