Péssima ideia | Samseb fic (Stardew Valley)

Cap. 2 - Desrespeito ao mercado Joja

Acordando com o barulho incessante de seu celular tocando, Sam levanta e o pega em cima de sua mesa com os olhos inchados pela noite de sono. Vendo que era seu patrão quem ligava, o rapaz gela. Não tinha como ele saber o que tinha feito na última noite, certo?

— Ãh, alô? — Atendendo-o tentando ficar o mais calmo possível, Sam aperta as calças de seu pijama com força.

— Sansão, eu preciso que você venha à Joja. Nós precisamos conversar. — A voz de Morris estava séria, da mesma forma que ficava quando o homem brigava com ele e Shane por terem feito algo errado.

O rapaz sente seu coração acelerar rapidamente.

— S-Sobre o que? — Perguntando com o nervosismo aparente, ele ouve o homem suspirar do outro lado da linha.

— Você sabe sobre o que. Não demore. — Sem se despedir, Morris encerra a ligação.

Sentindo um medo crescer cada vez mais em seu peito, o loiro se arruma rapidamente; vestindo um casaco jeans com pelos por dentro, calças de moletom quentinhas e suas botas de frio. Seus tênis ainda estavam encharcados pela neve da noite passada.

— Acordou cedo hoje, hum? — Jodi comenta ao vê-lo entrando pela porta da cozinha enquanto entregava uma torrada a Vincent.

Sam dá um sorriso nervoso, pensando em alguma desculpa para sair de casa sem causar muito estranhamento.

— É, haha... É que o Sebastian me convidou pra tomar café lá hoje. Tudo bem por você, né?

— Ah, claro. Queria que fosse a Penny que te convidasse para essas coisas...

— Mãe! — Vendo-a soltar uma risadinha da situação, ele percebe que Vincent o encarava em silêncio. — D-Dormiu bem, maninho?

— Por que você tá nervoso? — O garotinho pergunta, lhe assustando por ter notado seu estado apesar de seus esforços.

— Eu não tô nervoso! — Exclamando, ele vê sua mãe e seu irmão o observando em silêncio. — É sério. Eu só tô com fome, então é melhor eu ir indo. Não quero fazer desfeita, né?

— Isso mesmo, meu filho. Vai lá com seu amiguinho.

Se despedindo com um beijo na bochecha de sua mãe e com o toque de mão que tinha com o irmão, o loiro deixa sua casa e vai o mais rápido que conseguia andando até o mercado onde trabalhava. Não podia correr, pois isso levantaria muitas suspeitas; e numa cidade desse tamanho, qualquer coisa pode virar assunto. Isso era o que mais o assustava na situação em que estava...

Entrando na Joja com o coração na boca, ele se aproxima até a bancada onde Morris sempre estava. Ele nunca entendeu muito bem o que ele fazia ali, e para ser sincero, parecia ser algo muito chato. Era quase como se ele não se mexesse...

— Bom dia, senhor. — Falando no tom mais natural que conseguiu, ele vê seu chefe levantando o olhar a ele com uma expressão séria.

— Receio que essa conversa seja mais apropriada em um ambiente fechado. Vem, vamos ao meu escritório.

Balançando a cabeça em tom positivo rapidamente, Sam engoliu seco. Ele sequer lembrava que Morris tinha um escritório.

Acompanhando o homem até o local, ele rezava para que não fosse demitido. Apesar do salário que recebiam do serviço de seu pai na guerra, as coisas melhoraram muito em casa depois que ele começou a trabalhar; sua família não passava por tantos apertos no final do mês. Ele não podia perder isso agora, não quando esse era o único trabalho disponível na cidade.

— Por favor, sente. — O homem engravatado diz, procurando algo em seu computador. O rapaz lhe obedece, arrancando as bordinhas de seus dedos pelo nervosismo.