Um dos servos de Dominic entrou na sala apressado, o rosto marcado pela preocupação.
— Meu senhor, algo está errado — disse, hesitante.
Dominic lançou um olhar de desprezo em sua direção, a paciência esgotando-se rapidamente.
— Fale logo, imbecil. O que aconteceu?
O servo baixou a cabeça, temendo a reação de seu mestre.
— Não sei como isso ocorreu, meu senhor, mas não conseguiremos invocar o demônio. Ele... está morto.
A fúria de Dominic foi imediata. Ele se levantou de seu trono, os olhos brilhando de raiva.
— Como isso é possível? — rugiu, a voz reverberando pelas paredes.
— Eu... eu não sei, meu senhor — gaguejou o servo, cada vez mais temeroso.
Dominic, incapaz de conter sua frustração, fez um gesto brusco com a mão.
— Mande mais portais para Belo Horizonte, agora! Quero a destruição daquela cidade antes que a grande guerra comece. Está mais próxima do que imaginam.
Enquanto isso, quatro jogadores do Rank Estadual chegaram a Belo Horizonte, determinados a enfrentar a nova ameaça. Heitor, jogador do Itapetinga, Bahia; Laura, jogadora de Goiânia, Goiás; Beatriz, jogadora de Gramado, Rio Grande do Sul; e William, jogador de São Paulo, todos acompanhados por membros da guilda de Carlos. A batalha estava apenas começando, e o destino de Belo Horizonte dependia deles.
O Deus do Destino observou tudo com um sorriso de satisfação nos lábios. Seu plano estava se concretizando. Cristian não era apenas um guerreiro; ele era a encarnação do poder que Dominic temia. A verdadeira batalha estava prestes a começar, e o Soberano do Abismo estava pronto para enfrentar seu destino.
— Antes que você vá, quero te entregar algo. — disse o Deus do Destino, invocando um par de luvas que pareciam ser feitas de rochas e escuridão pura. — Isso é para você. Elas serão melhores do que a lança. E sobre Thales... ele ainda não é um deus completo. Ajude-o a aumentar sua força.
Cristian pegou as luvas e as guardou em seu inventário, sentindo o peso da responsabilidade que o aguardava. Ele então se virou, decidido, e caminhou em direção aos amigos que o aguardavam ansiosamente. Sua transformação estava completa, não apenas em aparência, mas também em personalidade.
Carlos deu um passo à frente, sua expressão séria, enquanto dizia:
— Pessoal, acabei de receber uma mensagem da guilda. Os jogadores estaduais chegaram em Belo Horizonte. Precisamos encontrá-los.
Thales, preocupado, se aproximou de Cristian e perguntou:
— Você está bem?
Cristian sorriu, um sorriso meio frio que não alcançava seus olhos, e respondeu:
— Claro, Thales. Não se preocupe, não vou mais preocupar vocês.
Sem mais palavras, eles abriram um portal para Belo Horizonte, prontos para o próximo desafio.
Assim que o grupo atravessou o portal, sentiu a energia pesada que pairava sobre Belo Horizonte. A cidade, que já enfrentava o caos dos portais e a presença crescente de monstros, agora parecia mais sombria do que nunca. A transformação de Cristian não passava despercebida; sua aura estava ainda mais intensa, emanando uma força que ninguém no grupo havia sentido antes.
Carlos liderou o grupo pelas ruas até o ponto de encontro com os jogadores estaduais. Enquanto caminhavam, a tensão no ar era palpável. Ninguém sabia o que esperar, especialmente com Cristian assumindo seu novo papel como o Soberano do Abismo.
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O Eclipse do Rei Sombrio / Vol 1
AdventureO Eclipse do Rei Sombrio Cristian, um jovem comum que trabalha como garçom em Belo Horizonte, vê sua vida virar de cabeça para baixo quando um portal para outro mundo surge na estação de metrô, trazendo monstros e um misterioso sistema que transform...