CAPÍTULO 34

6 0 6
                                    


Um dos servos de Dominic entrou na sala apressado, o rosto marcado pela preocupação.

— Meu senhor, algo está errado — disse, hesitante.

Dominic lançou um olhar de desprezo em sua direção, a paciência esgotando-se rapidamente.

— Fale logo, imbecil. O que aconteceu?

O servo baixou a cabeça, temendo a reação de seu mestre.

— Não sei como isso ocorreu, meu senhor, mas não conseguiremos invocar o demônio. Ele... está morto.

A fúria de Dominic foi imediata. Ele se levantou de seu trono, os olhos brilhando de raiva.

— Como isso é possível? — rugiu, a voz reverberando pelas paredes.

— Eu... eu não sei, meu senhor — gaguejou o servo, cada vez mais temeroso.

Dominic, incapaz de conter sua frustração, fez um gesto brusco com a mão.

— Mande mais portais para Belo Horizonte, agora! Quero a destruição daquela cidade antes que a grande guerra comece. Está mais próxima do que imaginam.

Enquanto isso, quatro jogadores do Rank Estadual chegaram a Belo Horizonte, determinados a enfrentar a nova ameaça. Heitor, jogador do Itapetinga, Bahia; Laura, jogadora de Goiânia, Goiás; Beatriz, jogadora de Gramado, Rio Grande do Sul; e William, jogador de São Paulo, todos acompanhados por membros da guilda de Carlos. A batalha estava apenas começando, e o destino de Belo Horizonte dependia deles.

O Deus do Destino observou tudo com um sorriso de satisfação nos lábios. Seu plano estava se concretizando. Cristian não era apenas um guerreiro; ele era a encarnação do poder que Dominic temia. A verdadeira batalha estava prestes a começar, e o Soberano do Abismo estava pronto para enfrentar seu destino.

— Antes que você vá, quero te entregar algo. — disse o Deus do Destino, invocando um par de luvas que pareciam ser feitas de rochas e escuridão pura. — Isso é para você. Elas serão melhores do que a lança. E sobre Thales... ele ainda não é um deus completo. Ajude-o a aumentar sua força.

Cristian pegou as luvas e as guardou em seu inventário, sentindo o peso da responsabilidade que o aguardava. Ele então se virou, decidido, e caminhou em direção aos amigos que o aguardavam ansiosamente. Sua transformação estava completa, não apenas em aparência, mas também em personalidade.

Carlos deu um passo à frente, sua expressão séria, enquanto dizia:

— Pessoal, acabei de receber uma mensagem da guilda. Os jogadores estaduais chegaram em Belo Horizonte. Precisamos encontrá-los.

Thales, preocupado, se aproximou de Cristian e perguntou:

— Você está bem?

Cristian sorriu, um sorriso meio frio que não alcançava seus olhos, e respondeu:

— Claro, Thales. Não se preocupe, não vou mais preocupar vocês.

Sem mais palavras, eles abriram um portal para Belo Horizonte, prontos para o próximo desafio.

Assim que o grupo atravessou o portal, sentiu a energia pesada que pairava sobre Belo Horizonte. A cidade, que já enfrentava o caos dos portais e a presença crescente de monstros, agora parecia mais sombria do que nunca. A transformação de Cristian não passava despercebida; sua aura estava ainda mais intensa, emanando uma força que ninguém no grupo havia sentido antes.

Carlos liderou o grupo pelas ruas até o ponto de encontro com os jogadores estaduais. Enquanto caminhavam, a tensão no ar era palpável. Ninguém sabia o que esperar, especialmente com Cristian assumindo seu novo papel como o Soberano do Abismo.

O Eclipse do Rei Sombrio / Vol 1Onde histórias criam vida. Descubra agora