∆ Capítulo| 05

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Yve Gordon

O céu realmente existe? Era uma dúvida que sempre escapava nos meus pensamentos quando me pegava pensando demais. A vida era tão cheia de coincidências para pensar que tudo fora feito do nada, simplesmente por uma maldita explosão que fez surgir vida. Ou talvez, essa merda fosse verdade e coincidências realmente nos fizessem virar nossas bundas em nossas camas, nos perguntando sobre o que é mais importante. Ter uma crença maleável à se agarrar ou apenas ser preguiçoso e concordar com a ciência. O que me convém, é saber que tudo isso pode ser apenas fruto de nossas imaginações. Cada passo que dávamos desde quando aprendemos a fazê-lo ou sorrisos que escapam quando estamos apaixonados. Tudo parece tão mórbido que a realidade me aflige com vigor. Todavia, o céu ou o inferno pareciam brincadeira de criança para se discutir, quando o arrepio percorrendo o meu corpo naquele momento, me lembrava que o verdadeiro purgatório tinha outro nome, e era Silent Hill.

Da minha boca, sangue e gozo escorriam pelo meu queixo. Novamente, estava como um saco de batatas no ombro do pirâmide. Já estávamos fora da biblioteca quando ele arrancou aquela barra metálica da porta como se não fosse nada. O vento gelado era agressivo naquele momento, não chovia mais, tampouco nevava com as gélidas lapadas que atingiam a minha pele. Ainda estava nua e acorrentada, e era levada para, apenas Deus sabe onde. Estava numa posição tão humilhante que apenas aceitei o meu destino. Sendo morte ou acordar disso. O que parecia quase impossível.

O pirâmide voltava para à praça central, eu conhecia muito bem o caminho desde quando corri, e pelo caminho, as poucas mulheres e homens que vagavam pelas ruas, pareciam agonizar enquanto passávamos. No início, tremi com a vergonha de estar tão exposta daquele jeito, mas apenas relaxei quando percebi que ninguém parecia se importar com a minha nudez. Eu era apenas mais um número naquele meio, um número fodido, onde fora enterrado até a garganta e engolia cada gota de sofrimento que me restara. O grandalhão não me soltava um minuto sequer, e seus passos faziam com que cada ser que cruzasse o nosso caminho, se afastasse. O medo era nítido nas expressões, e mesmo que cada um estivesse alucinando com a própria dor, ainda sim, abriam espaço para experimentar outra.

Fui amarrada na praça central, ganchos em grandes postes de madeira, que terminavam em correntes. O pirâmide ergueu os meus pulsos para cima e me deixou estendida pelos braços, sendo levada apenas por um único gancho que balançava pouco pelo meu peso. Ao lado, havia dois corpos em outros dois ganchos. Estavam secos, um de homem, outro de mulher, mas estavam mortos e seus pedaços eram arrancados para que todos presente tivessem algo para se alimentarem. Esse seria o meu destino? Servir de comida para o povo maluco dessa cidade de merda? Foda-se, eu tinha que fugir.

Sua lâmina pesada brilhava sob a luz da lua, e quando ele a deixou de lado, observou bem o meu corpo. Seus dedos deslizaram pelas correntes, puxando um pouco para o lado ao ponto de ver as marcas roxas que deixavam em minha pele. O Pirâmide soltou um grunhido baixo, rouco, enquanto parecia gostar de ver a cena. Ele levantou uma coxa minha, expondo a minha boceta já molhada para ele. Odiava a forma como meu corpo parecia gostar dessa porra insana. Ao meu lado, almas agonizando enquanto comiam o resto da carne seca em suas mãos. Eles não se importaram quando o pirâmide abriu as minhas pernas e enterrou o seu pau dentro de mim. Aquilo quase me rasgou, se acomodando com dificuldade pelas paredes molhadas e apertadas dentro de mim. Gemia alto quando sua mão agarrou a minha bunda, apertando a minha carne ao ponto de arder. Seu pau estocava com força dentro de mim, ora saindo, ora entrando com mais força, me esticando ao máximo enquanto suas bolas socavam contra a minha bunda. Era apenas mais um corpo em suas mãos, apenas mais uma vítima daquela barbaridade que fosse aquele lugar. Algum dia achariam o meu corpo? Algum dia, eu seria encontrada sem vida?

O som esponjoso das nossas carnes se chocando ecoava pela praça. Trovões no céu, seus gemidos baixos e roucos no meu ouvido enquanto a corrente em meu pescoço era puxada novamente, com mais força. Minha vista escurecia, seu pau se enterrando dentro de mim. Pré-gozo e seu sangue brilhavam entre nós, me enchendo e deslizando como uma faca áspera dentro da minha boceta. Eu gemia, desejando mais, almejando ainda mais. Iria queimar na porra do inferno, mas seria feliz, porque fodi com a morte e provei de seu gosto. Era amargo, salgado, a porra de um veneno que desceu pela minha garganta e me encheu quente. Meu corpo queimava, meus seios sensíveis e doloridos. Nunca havia fodido assim, com raiva, medo, tão molhada e dolorida. Precisava de mais, precisava ser consumida por inteiro. O pirâmide se enterrava dentro de mim, as almas em nossa volta correndo com medo enquanto seus gemidos guturais aumentavam a intensidade
Ele estava gostando, e toda minha fome se dissipou.

- M-merda... Isso! - Gritava, pedindo por mais. - Continue.

Me sentia a porra da vadia da morte, me sentindo ainda mais depravada do que ele era. O sangue secava ao meu redor, cheiro de putrefação era fétido, mortal. Corpos pendurados como bonecas, manequins, mas eu me entregava ao pior daqueles monstros. Seu veneno me encheu por completo, escorreu pelas minhas pernas quando finalmente gozei em seu pau. Ele meteu mais fundo, era como foder com facas. Seus dedos cobertos pelo meu sangue enquanto meu clitóris, inchado, pulsava com o meu orgasmo. Ofegante e suando, me senti a pior pessoa do mundo. Olhei para cima e só conseguia chorar. O sol não brilhava no céu, nuvens escuras e neblina nos cercava. Aquele era o pior dos dias, não havia paz, não havia descanso. A morte bateu em minha porta, fodeu o meu corpo naquela praça, e após isso.

Eu me entreguei à ele novamente, as correntes soltas, minha bunda empinada enquanto estava sobre uma mesa de madeira num galpão abandonado. Ele nunca se cansava de como me fodia. Era sujo, viciante, degradante, e eu gostava. Deixei que cortasse a minha pele, me penetrasse até que sagrasse em suas mãos. Deixei que me fodesse até que os meus olhos se revirassem. Não pensava em mais nada, em como fodi com a minha própria vida. O prazer que nos rodeva tinha cheiro de errado, nunca que aquilo seria normal, mas eu não conseguia parar. Ele parecia sofrer a cada instante, a cada momento, e eu me afundava junta à ele. Enquanto gritava por mais um orgasmo, já estava cansada o suficiente, mas pedia por mais. Novamente, ele voltava a me foder desde o início. Seu corpo pingava a suor, seus músculos tensionados e suas mãos puxando os meus cabelos. Eu era a sua puta naquele momento, e durante todos os outros.

Durante um momento, seu polegar acariciava o meu ânus, entrando e saindo, me alargando com o meu próprio sangue enquanto me violava de todas as maneiras que conseguia. Meus buracos já estavam todos cheios dele, escorrendo e pingando de seu veneno. O pirâmide me virou contudo, socando com força, com uma mão apertando os meus seios que estavam presos com grampos nos bicos. A outra, sendo levada até a sua cabeça enquanto puxava aquela pirâmide de ferro para cima. Meus olhos se arregalaram com a visão em minha frente. Ele continuou me fodendo, seus pênis esfolado e sangrando, suas bolas inchadas, prontas para me encherem novamente. Era Dylan, seus cabelos estavam bagunçados, havia cicatrizes pelo seu rosto e seus olhos pareciam mortos, sem vida. Sua mão ainda apertava a minha cintura enquanto lágrimas escorriam pelos meus olhos, mas não conseguia me afastar. Estava consumida, completa pela sua loucura.

Ele estendeu a mão, e aqueles olhos, mortos e implorando pela dor, foram a última coisa que vi antes que a minha cabeça fosse envolvida pelo ferro. Agora, eu me tornei a pior versão de mim, aquela que eu gostaria de esquecer. Me tornei meus pecados, e entendi que aquela pirâmide, era a sua própria prisão, à quem martirizava sua própria dor.

My f*cking Pyramid Head Onde histórias criam vida. Descubra agora