Cap 1 - A camada 0

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Dois mundos, coexistindo em segredo, separados por vastas eras, estão prestes a colidir. E entre as sombras e segredos que permeiam o abismo, há espaços onde até os sentimentos mais profundos florescem. Sentimentos que, como o próprio abismo, foram mantidos escondidos, mas que agora começam a emergir, prontos para desafiar tanto o céu quanto a terra.


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A profecia do pesadelo

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A escuridão envolvia Abreu como um manto pesado, sufocante, tentou pronunciar algo mas suas palavras saíram mudas para a figura que estava diante dele, uma silhueta negra que se destacava contra um céu de nuvens negras tempestuosas. Tinha olhos vermelhos vazios como poços de sangue sem fundo. Abreu notou que algo se mexia por trás daqueles olhos, algo antigo, algo maligno. Abreu sentia a força obscura e insidiosa que corrompia cada célula daquele ser. O sorriso que se formou nos lábios da silhueta não era humano; era um esgar cruel de dentes amarelos e afiados

— Você não passa de um mero sacrifício, destinado aos caprichos dos deuses - a voz da silhueta reverberou, demoníaca e aterradora. - Antes de ver o abismo destruído, eu saborearei seus ossos enquanto você ainda respira... E sua carne, eu devorarei pedaço por pedaço, regozijando-me em cada grito que escapar dos seus lábios, enquanto me banho na sua dor e desespero.

Abreu tentou mexer-se, porém, inútilmente pois percebeu que seus músculos estavam rígidos, impotente, observou a silhueta erguer as mãos para o céu

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Abreu tentou mexer-se, porém, inútilmente pois percebeu que seus músculos estavam rígidos, impotente, observou a silhueta erguer as mãos para o céu. Os dedos longos e finos, agora garras negras, pareceram rasgar o tecido do céu. O ar ao redor começou a tremer e viu então as pedras começarem a desmoronar, como se o próprio mundo estivesse se desintegrando sob o poder maligno do ser a frente. O chão sob os pés de Abreu começou a rachar, revelando um abismo sem fim abaixo dele, pulsando como uma ferida aberta.

Em meio à destruição, Abreu viu uma imagem que lhe gelou a espinha: uma construção monumental, imponente, cercada por chamas que lambiam suas paredes. As chamas eram de um vermelho profundo, quase sangue, e o calor que emanava delas era sufocante, como o próprio inferno. Em uma das paredes em sangue vivo ele conseguiu distinguir as palavras "O vaticano cairá"

O chão sob Abreu finalmente cedeu, e ele caiu no abismo, as paredes estreitas passando por ele em um borrão enquanto ele descia em queda livre. Gritos e sussurros ecoavam nas profundezas, vozes que ele não conseguia entender, mas que carregavam uma promessa de dor eterna. No fundo do abismo, ele viu figuras distorcidas, contorcidas pela agonia e pelo desespero, suas mãos estendidas como se implorassem por salvação. No entanto, não havia salvação, apenas um eterno sofrimento.

De repente, a silhueta apareceu novamente, desta vez na figura de um homem grisalho, marcas profundas em seu rosto destacavam o tempo o corroendo, seus olhos fixos em Abreu.

Deuses do VaticanoOnde histórias criam vida. Descubra agora