Cap. 9 - A batalha da praça central

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Silvério e Mateo contra a estatua

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As sombras da praça central ganhavam vida com os movimentos pesados da estátua, A figura aterradora do Jesus de madeira avançava fazendo as pontes, as casas e as estruturas da Camada 0 balançarem, enquanto o chão de madeira estalava, como se estivesse em agonia, sob o peso da criatura que avançava estendendo as mãos.

Silvério e Mateo recuaram até o parapeito que limitava a praça do abismo abaixo.

— Não temos mais para onde recuar, alguma ideia? — Silvério falou vendo a criatura estender a mão de madeira em sua direção

— Vamos esperar o momento certo, só precisamos ganhar tempo e acreditar em Abreu com os explosivos — Falou Mateo atento ao movimento da estátua, aguardando que a criatura atacasse — Para os lados!

Eles saltaram em direções opostas, tentando confundir o inimigo colossal que atingiu o parapeito destruindo parte lateral da praça.

Mateo, após o rápido salto para a direita, desviou de outro golpe lento mas poderoso, uma das mãos deformadas da estátua caindo com força onde ele estivera segundos antes. As lascas de madeira voaram ao redor, enquanto ele calculava o próximo movimento.

Com um impulso ágil, Silvério por sua vez em meio ao caos notou o saco de pães que havia usado mais cedo na cerimônia jogado no canto, ele se aproximou do outro lado, lançando pães que haviam contra a cabeça da estátua, numa tentativa desesperada de distraí-la atrasar seu avanço.

— Ei jesus, toma aqui seu pão — Gritou o padeiro ruivo para a estátua, notando que a distração funcionava

A respiração de Mateo tornava-se mais pesada. Ele sentia o peso da situação, o poder esmagador da estátua e a presença sombria do Cardeal Magnus. Por um instante, seus pensamentos foram dominados pela figura do irmão. Lembrou-se de Dante, da admiração que sentira por ele quando mais jovens e do tempo em que faziam planos de fugir juntos do abismo. Aquele Dante que ele conhecera ainda estava lá, ele podia sentir, mesmo sob a influência nefasta de Magnus. Esse pensamento o fez hesitar.

— Está indo na sua direção! — Silvério gritou dessa vez arremessando um pedaço de metal em direção às juntas da estátua que se virava para Mateo

Mateo engoliu em seco, seus olhos se arregalando ao perceber a sombra colossal da estátua pairando sobre ele. O tempo parecia desacelerar enquanto ele sentia o ar escapar de seus pulmões. Não teria chance de desviar. Em um movimento brusco, a mão deformada da estátua desceu e o agarrou com dedos rígidos de madeira, arrancando-o do chão. O aperto implacável pressionava seu corpo, como se cada fibra da estátua quisesse esmagá-lo.

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Abreu agarra uma pedra

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No meio do caos e das sombras monstruosas lançadas pela estátua em movimento, Abreu avançava com os explosivos firmemente apertados contra o peito. O chão vibrava a cada passo pesado da criatura como se estivesse prestes a ceder. Ele se abaixou próximo ao altar do sacrifício, o coração martelando nos ouvidos, quando viu Mateo preso nas mãos da figura colossal que o apertava.

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⏰ Última atualização: 3 days ago ⏰

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