Capítulo 6 🩷

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Após o acontecido na delegacia, Stenio passou a observar melhor as atitudes de Rodrigo sempre que ia levar ou buscar Helô, mas ai o carro dela ficou pronto então o mesmo passou a ir lá com menos frequência. Apenas quando ia buscá-la pra almoçar, e como ela impôs, ele sempre avisava antes, seja por ligação ou mensagem, evitava chegar de surpresa, pra não correr o risco de ser xingado novamente.
Depois de um dia inteiro de trabalho, Stenio chega em casa e encontra a mulher por quem tem tanto carinho, saindo da cozinha com uma sacola de compras na mão.

Stenio: Onde vai, amor da vida?

Creusa: Oi dotô Stenio, vou no mercado.

Stênio: Vamos lá, eu te levo.

Creusa: Não precisa, pode deixar que eu me viro.

Stênio: Precisa sim, só vou deixar minha pasta lá no quarto, já volto.

Sem chances de protestar, a mais velha esperou que ele voltasse e aceitou a carona, desceram até o estacionamento do prédio e seguiram pro supermercado que Creusa gostava de ir.
O advogado ajudou ela a comprar tudo o que precisava, ia empurrando o carrinho de compras enquanto Creusa escolhia os produtos.

Stênio: E se a gente fizer um bolo pra Helô?

Creusa: Sei não, Donelô é cheia de frescura com essas dietas dela.

Stênio: Mas quem resiste a um bolinho feito por você né. E falando em dieta, preciso pegar as frutas dela.

A mulher concorda e pega os ingredientes pra fazer o tal bolo, depois de escolher tudo o que precisavam foram pro caixa, pagaram a conta e foram pra casa.
Ao chegarem no prédio Stênio viu o carro da esposa estacionado na vaga deles, desceu do carro todo contente e foi tagarelando com Creusa até o apartamento deles, mas sua alegria foi embora quando percebeu quem fazia companhia pra mulher na sua sala.

Stênio: Boa noite. - Foi a única coisa que disse e acompanhou creusa até a cozinha com as compras.

Creusa: Quem é esse homem Dotô Stênio?

Stênio: Colega de trabalho dela. - Disse emburrado.

Creusa: Mas Donelô já tá trazendo trabalho pra casa de novo?

Stênio: Ce sabe como ela é né.

Helô: Sou o que? - Eles tomaram um susto ao ver ela entrando na cozinha de repente, pegando os dois de surpresa.

Stênio: Nada.

Helô: Onde vocês foram? - Stênio não responde e continua guardando as compras no armário.

Creusa: No mercado, tava faltando algumas coisas aqui em casa.

Helô: Pegaram frutas pra mim?

Creusa: Dotô Stênio pegou, e também deu a ideia da gente fazer um bolo pra você.

Helô: Huuum. - Helô foi até a mulher e a abraçou, enchendo ela de beijos. - Faz Creusita.

Creusa: Outro dia eu faço.

Helô: E porque não pode fazer hoje? - Ela já tinha entendido que ela e Stênio não tinham gostado nada de chegar e encontrar o homem sentado na sala.

Stênio: Por que ela tem muita coisa pra fazer, o jantar, o café pra servir seu convidado. - Ele que até então estava quieto, responde.

Helô: Ele está aqui a trabalho, e se for pra ficarem com essas caras, não quero vocês na sala, Creusa tô esperando o café.

Creusa: Já vou levar. - Diz fazendo careta e começa a preparar o café.

Stênio: E eu vou tomar um banho.

Stênio sai da cozinha e ao passar pela sala, vê Rodrigo mais próximo que o necessário de Helô, ela se afasta de imediato e tenta decifrar a expressão no rosto do marido.

Rodrigo: Oi stênio, chegou e nem veio falar com a gente.

Stênio: Fui levar as compras pra cozinha, tudo bem?

Rodrigo: Tô bem sim, mas essa não é a função da empregada?

Stênio: Oi? - Nisso ele olha pra Helô inconformado.

Helô: Creusa já é da família.

Rodrigo: Entendi, senta aqui com a gente cara.

Stênio: Não quero atrapalhar, tô indo pro quarto, vou tomar um banho.

Nisso Creusa aparece na sala com a bandeja de café e começa a servir Rodrigo, que mais uma vez pediu pra Stênio se sentar com eles e como ele não queria parecer incomodado com a situação, aceitou e se sentou no sofá ao lado de Helô.

Creusa: O senhor prefere açúcar ou adoçante?

Creusa pergunta pro homem e enquanto isso Helô cochicha pra Stênio desfazer a cara amarrada.

Helô: Desfaz essa cara.

Stênio: O que esse cara tá fazendo aqui Helô.

Stênio: O que esse cara tá fazendo aqui Helô

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Helô: É trabalho Stênio, só isso.

Stênio: A gente não combinou de não trazer mais trabalho pra casa?

Helô: Tive que abrir uma exceção.

Stênio: E por que a Yone não veio?

Helô: Ai Stênio não começa, ciuminho agora não tá.

Stênio: Ok.

Sem dizer mais nada, ele se levanta e sai da sala em direção ao quarto, deixando os dois sozinhos pra trabalhar. Ele toma um banho demorado e depois se deita na cama vestindo apenas uma bermuda, decidido a esperar no quarto até o jantar ficar pronto.
Ele mexeu um pouco no celular, depois ligou a TV e colocou um filme qualquer, a verdade é que ele estava morrendo de ciúmes, mas não queria brigar.
Após algum tempo assistindo TV Stênio acabou pegando no sono enquanto aguardava Helô terminar de resolver as coisas do trabalho e o jantar ser servido, acordou algum tempo depois sentindo um carinho em seu rosto, abriu os olhos e se deparou com Helô sentada no canto da cama, pertinho dele observando ele dormir.

Helô: Vamos jantar! - Disse baixinho, alisando o braço forte dele, que ela tanto amava apertar.

Stênio: Rodrigo já foi?

Helô: Não, chamei ele pra jantar com a gente.

Ele não disse nada, se levantou e foi pegar uma camiseta pra vestir, afinal estava só de bermuda.
Saiu do quarto sem falar com Helô, mas não deixou transparecer que estava irritado, não daria esse gostinho pro rapaz que secava Helô e a comia com os olhos.
Ao chegarem na sala, Stênio notou Creusa estranha, o rosto fechado e não pensou duas vezes em ir até ela, ele perguntou o que tinha acontecido mas ela disse que não era nada, então foi pra cozinha buscar as coisas pra servir o jantar.



E no final, seremos sempre você e eu.Onde histórias criam vida. Descubra agora