Capítulo 10 - Rose

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|Rody|

Depois daquele encontro nada tão agradável com a Manon, eu e o Vincent criamos o tal assovio e assim eu fui para casa mais tranquilo após alimentar ele com meu sangue. Foi uma noite até que fácil de dormir, porque eu deitei na minha cama e capotei.

Acordei apenas com alguém cutucando minha cara, demorei um tiquinho para criar vontade de abrir o olho, e quando fiz isso não era ninguém menos que a própria Manon.

Manon: Bom dia dorminhoco.

- Bom dia... Ainda dá tempo de tomar o café da manhã?

Manon: Claro, eu vim acordar você justamente para isso.

Ela se afastou de mim e foi para a minha cozinha, fui criando aos poucos coragem para me mover e levantar, mesmo meio cansado foi instintivo verificar se a faixa no meu braço ainda estava ali - a coloquei na caverna com a ajuda do Vincent, para não correr o risco de alguém entrar na minha casa de manhã e ver, afinal, é normal entrarem sem bater na porta.

Enquanto eu me acomodava na cadeira, vi a Manon começar a preparar o chá e a carne armazenada.

Manon: O que aconteceu no seu braço? Se machucou depois que eu saí? - ela não parece estar mais chateada pela forma como falei com ela.

- Pois é, acabei me ralando feio em um galho, mas já já melhora.

Manon: Que bom - ela ficou um pouco em silencio e então tornou a falar - esses dias devem estar sendo difíceis para você.

- Na verdade...

Manon: Não precisa falar, eu saí meio chateada com você ontem, mas então eu entendi o seu lado, e acho que está certo, se o dia da união faz mal para você, é bom ir procurando novas formas de ficar bem consigo mesmo.

Essa era apenas uma parcela da personalidade da Manon que me faz ama-la, ela é uma pessoa muito compreensiva, mesmo quando a tratam mal ela é empática e faz seu melhor para deixar os outros bem ao seu redor.

Eu sei que fui muito duro com ela, mas era necessário, um templo sagrado que eu criei apenas para o Vincent não poderia ser visitado por mais ninguém - mas agora ela sabe daquele lugar, e eu preciso dar um jeito de afasta-la de lá.

- Manon, eu posso te pedir um favor?... Talvez o que eu peça seja demais, até porque você pode ir aonde quiser e tals...

Manon: E o que seria esse pedido? - ela se virou e olhou para mim.

- Não visita aquele lugar novamente, por favor, é que eu gosto de usar lá para passar um tempo sozinho e gostaria de não me sentir observado.

Ela ficou em silêncio por um tempo, não sabia o que sairia daquilo, não queria parecer mais estranho que o normal, e na minha cabeça aquele pedido faria sentido baseado no que tem acontecido recentemente na comunidade, a preparação para a união, as mortes, acho que é justificável.

E com certeza a Manon foi compreensiva mais uma vez.

Manon: Claro, eu prometo não falar para ninguém sobre aquele lugar e não vou mais, assim fica melhor.

- Muito obrigado por ser compreensiva.

Manon: Entendo como você se sente, acho que um tempinho para você seria ótimo para pensar melhor sobre o que você quer fazer.

Manon se virou e trouxe a mesa o meu chá com a carne, ambos estavam prontos, ela se sentou em minha frente, peguei o meu café da manhã e comecei a comer.

Manon: Se você estiver bem, tudo bem por mim, o que você está passando é complicado e tals, mas não acho difícil que alguém se interesse por você até o dia da união.

Pretty Blood • Rocent Dead PlateOnde histórias criam vida. Descubra agora