Eu não tenho certeza de onde que eu vim, ou quem são meus pais, não tive o prazer de conhecer a sensação de um abraço de mãe ou um momento de felicidade em família. Isso tudo me foi tirado ainda quando eu era um pequeno lobinho.
Das memorias que eu tenho, sempre fui um garoto solitário, nenhuma criança se atrevia a brincar comigo, a não ser a Manon, mas ela preferia brincar de costruir coisas do que brincar de algo realmente interessante.
Em partes, a minha solidão dava um espaço para que eu ficasse bastante tempo com os anciãos, perguntando tudo sobre fatos da minha vida que a minha mente bloqueou.
Criei uma imagem para minha mãe, e nos momentos em que ficava sozinho gostava de imaginar que estava sendo abraçado por dois braços carinhosos, uma voz doce cantando para mim enquanto meus olhos fechavam em um sono profundo.
E além de que foi em uma conversa com um ancião, que descobri sobre o boato de que talvez eu pudesse ser um meio-vampiro, por causa da forma como fui encontrado. E isso eu já repeti diversas vezes, essa história já está meio batida e tals.
Mas e se ela realmente for verdade?
|Rody|
Acho que a minha invenção de dar um guarda-chuva para o Vincent foi uma ideia que me fez perder uns anos de vida. Toda vez que vejo o Vincent andando pela floresta sozinho, me bate um certo desespero, porque eu não quero vê-lo se machucar.
Mas tirando esse fator guarda-chuva, eu estive aproveitando meus ultimos dias com a Manon na comunidade, porque depois do dia da união, nunca mais eu vou vê-la, parece um exagero da minha parte, mas foi o próprio Vincent que me alertou que haveria poucas chances de passarmos por essa floresta novamente, a tal da Rose só vinha por essas bandas com o seu grupo para falar com a família dele, sem família não há motivos para vir aqui.
Não queria deixar claro que era uma despedida, e por isso, eu agi normal por todas as horas que estive passeando com ela e a ajudando em artesanatos.
Me desculpe Manon, mas eu não quero que você me odeie quando eu partir, eu me importo com sua opinião, e seria devastador ir embora com o seu ódio.
Dias e dias se passaram, e faltando apenas 4 dias para o dia da união, Manon estava muito ocupada com a organização do evento, o que a impediu de passar um tempo comigo, e já que ninguém queria muito a minha presença na organização porque eu sou um desastre, fui para a floresta falar com o Vincent.
Eu estava com fome, e apenas notei isso quando eu caminhei e escutei o som da minha barriga roncando, tentei sentir o cheiro de algum animal na forna humana, mas não havia nada ali por perto, por isso eu apenas fui diretamente para a caverna.
Ao chegar próximo, vi o Vincent saindo com o guarda-chuva para se proteger do sol, e ao notar minha presença ele caminhou até mim parando na minha frente.
Vincent: Você a essa hora da manhã? É uma surpresa e tanto.
- Pois é, eu estou aproveitando que ninguém requer a minha presença por enquanto.
Vincent: Deveria aproveitar mais esses últimos dias, quando formos atrás da Rose não vai ter volta.
- Eu sei, mas ficar ali na comunidade agora é meio inútil, sabe, só ficar observando os outros é algo que posso fazer aqui, e ainda ter total atenção do cara mais bonito que eu conheço.
A minha forma de falar foi eficiente, deixou as orelhas dele tão vermelhas que eu poderia jurar que parecia sangue, não pude deixar de abrir um sorriso, ele me empurrou e virou de costas.
Vincent: Tira esse sorriso idiota do rosto.
- Como se faz isso? Pode me ensinar? - caminhei até ficarnde frente para ele novamente.
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Pretty Blood • Rocent Dead Plate
FanfictionEm um universo alternativo, Vincent é um vampiro de uma família que foi brutalmente assassinada por um bando de lobisomens, sendo o único sobrevivente do ocorrido. Já Rody, é um lobisomem que vive em um bando onde não é muito bem tratado pelos outro...