ovelha negra

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As férias de verão haviam chegado, e a festança começou cedo em Outer Banks para os kook's.

Celeste tinha acabado de acordar, era sábado de manhã e ela estava em uma ressaca enorme.

Na noite passada, foi em uma casa noturna conhecida por poucos na cidade de Outer Banks, e só voltou para casa quando o sol já estava no céu.

A de cabelos pretos se levantou e foi tomar banho, quente e relaxante, era assim que ela gostava.

Assim que saiu do banho, escovou seus dentes, vestiu um biquíni preto, um short jeans por cima e desceu as escadas da grande casa dos Cameron.

Encontrou seu pai e sua madrastra tomando café da manhã, mas passou reto, sabendo que não ouviria nenhuma palavra sendo dirigida a ela.

Foi direto para o grande quintal da casa, encontrando sua meia irmã Wheezie brincando na grama, procurou por Rafe com o olhar mas não o encontrou, então saiu andando em direção a praia.

Assim que chegou no local, avistou vários kook's e pogue's bebendo e se divertindo, mas ela apenas passou reto, ou tentou.

— Aí galera! A ovelha negra tá gostosa em! — um dos riquinhos metidos gritou.

Celeste ignorou e voltou a caminhar em direção a areia, mas foi obrigada a ouvir mais um comentário.

— Eaí Cece! Não vai me dar bola não? A gente pode ir ali no canto e você me paga um boquete. — o mesmo garoto disse rindo com os amigos.

Celeste respirou fundo e virou para o olhar, o mediu de cima a baixo e revirou os olhos.

— Eaí Carter! Eu prefiro lamber um esgoto do que tocar nesse negócio que você chama de pinto. — ela disse calmamente, logos vários múrmuros foram gerados, e o garoto fechou a cara constrangido.

— Outra coisa, Cece é só pra quem eu gosto, e pode ter certeza que a única coisa que eu sinto por você, é nojo. — ela disse e virou as costas voltando a andar enquanto acendia um cigarro.

— Puta do caralho! — o mesmo homem gritou.

— O que você disse? — ela disse parando, ainda de costas para ele.

— Disse que você é uma puta! E ainda é uma viciada do caralho, o crack que você usa te deixou surda? —ele gritou alto.

A morena deu meia a volta e foi em direção a ele e seus amigos, com o cigarro em sua boca.

— Sabe o que eu faço com merdinhas como você? —ela perguntou se aproximando dele.

— O que uma garota de 1,55 de altura pode fazer contra mim? — ele perguntou debochado, enquanto ouvia seus amigos murmurarem "cara para, ela é maluca".

— Isso aqui. — disse sorrindo com o cigarro entre os seus dedos, logo o fazendo encontrar com a pele do rosto do ruivo.

— Para com isso! Você é doida? — um dos amigos dele disse tentando tirar o cigarro da mão dela, enquanto todos assistiam o ruivo gritar de dor.

— Se tocar em mim, o seu vai ser no pinto. — ela murmurou o fuzilando com o olhar.

— Foi mal. — murmurou, fazendo sinal de rendição com as mãos.

Após cerca de um minuto com o contato do cigarro aceso entre a pele do menino, Celeste tirou as mãos de lá.

— Não é atoa que eu sou a renegada pelo o Ward, passar bem. — ela sorriu e se afastou.

Celeste foi tranquilamente em direção a areia, se sentou em uma área afastado de todos e acendeu um beck bolado que guardava entre seus seios.

De longe ela avistou um loiro surfando no mar, e sorriu.

A primeira coisa que ela reparou era o quanto ele era bom, se arriscava sem medo das ondas, parecia não ter medo de nada.

Celeste ficou lá por alguns minutos, fumando sua maconha e observando o loiro fazer suas manobras na prancha.

A morena apagou o beck na areia e se levantou, tirando seus shorts e indo em direção ao mar.
Ela foi até a parte que ainda podia pisar no chão, e ficou por lá curtindo sua própria companhia.

Celeste conhecia quase todos daquela ilha, saía toda noite com algum grupo de pessoas diferente, mas ela não tinha nenhum amigo além de seu irmão, então aprendeu a aproveitar sua própria companhia com o tempo.

De longe ela assistiu o loiro cair da prancha e ir nadando segurando a prancha em mãos em sua direção.

— Aí! Você surfa bem. — ela exclamou o observando chegar perto dela.

— 'Ce tá zoando' com a minha cara? — ele a perguntou com o semblante fechado.

— Não! Tá doido? Não pode nem elogiar mais. — ela disse indignada.

— Você é uma kook, não é? — ele a perguntou.

— Por isso achou que eu tava debochando de você?
— ela o perguntou.

— Tô acostumado com deboche da parte de vocês. — ele murmurou desviando o olhar.

— Você surfa bem. tava te assistindo da areia. se arrisca bastante. — ela comentou naturalmente.

— Pelo visto você é o oposto né. — ele disse rindo fraco.

— Que? Por que?

— Tá na parte mais rasa da praia. — ele disse rindo.

- Oh seu moleque'! Me deixa em paz! Eu não sei nadar. — ela reclamou com um bico nos lábios.

— Por que não sabe? Você literalmente mora em uma ilha. — ele perguntou intrigado, a olhando nos olhos.

— Seus olhos são bonitos. — ela elogiou o olhando.

— Valeu, os seus também, que tipo de cor é essa? — ele questionou curioso.

A verdade é que Celeste queria fugir de qualquer assunto que a lembrasse sua infância, então manipulou o assunto elogiando a característica marcante do homem a sua frente.

Ela não elogiaria ele assim aleatoriamente, tinha acabado de o conhecer.

— É tipo um verde escuro. — ela disse desviando o olhar.

— Entendi, olha eu preciso ir, foi legal conversar com você kook estranha, nos vemos por aí e quem sabe você não foge de um assunto de novo. — ele piscou para ela e nadou até a beira da praia, indo embora.

Celeste respirou fundo e deu um mergulho, precisava distrair sua mente.

Após algumas horas no mar sozinha. a garota saiu da praia mandando uma mensagem para seu irmão.

"Onde você está?"

"Barry." foi a resposta que ela teve.

Não queria ir até la a pé, não tinha carro e era extremamente proibida de usar o de seu pai, então foi andando para casa.

Chegando na grande mansão dos Cameron, Celeste deu de cara com Ward saindo de casa, como de costume, passou reto por ele.

— Celeste. — o homem a chamou quando ela estava prestes a fechar a porta.

— Eu? — se virou confusa.

— É, aonde estava? — ele perguntou.

— Na praia, por que? — ela o questionou, confusa.

— Nada, só queria saber. — ele murmurou dando as costas.

Celeste deu de ombros e fechou a porta da residência, subindo para o seu quarto e indo direto tomar banho.

𝐎𝐕𝐄𝐋𝐇𝐀 𝐍𝐄𝐆𝐑𝐀, jj maybankOnde histórias criam vida. Descubra agora