bonnie & clyde

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A semana se passou rapidamente, e Celeste seguiu a mesma rotina apática de sempre, sair de casa cedo e voltar apenas no dia seguinte.

A verdade era que as festas já não a faziam se sentir feliz a muito tempo.

A farra costumava ser seu anti depressivo, a morena se juntava com pessoas duvidosas e ia para lugares insalubres, e lá era feliz, ninguém podia a julgar pois todos estavam piores que ela.

Naquele dia, Celeste decidiu tentar aproveitar a normalidade de Outer Banks.

Saiu de casa cedo e foi andando até o outro lado da ilha, o lado pogue.

Foi em direção a casa de Barry, o traficante da família, como ela costuma chamar.

Chegando lá teve a visão de muitas pessoas drogadas jogadas pelo quintal.

— Eaí Cracolândia. — disse cumprimentando.

— Eaí Cece. - alguns deles a responderam.

A verdade é que aquelas pessoas a conheciam melhor do que seu próprio pai, era deprimente.

A garota sorriu para todos e entrou na casa de Barry, tendo a visão de várias pessoas usando todos os tipos de drogas possíveis.

— Eaí Cecilia! Quer cheirar uma carreira comigo? —um dos caras exclamou animado indo até ela.

— Jacob, eu já disse que meu nome é Celeste. — revirou os olhos e passou reto.

— Qual é Cecilia! — o homem gritou a assistindo sair do cômodo.

— Ei, você viu o Rafe? — Cece perguntou para a pessoa que parecia mais sóbria no local.

- No quarto do Barry. — a garota murmurou em resposta.

— Valeu. — sorriu fraco e foi em direção ao cômodo, batendo duas vezes na porta e entrando.

Quando entrou no quarto do mais velho, teve a visão de seu irmão dormindo feito pedra.

— Ei Rafe. — o chamou enquanto o cutucava, recebendo resmungos como resposta. — Qual é cara faz dias que 'ce tá aqui, você sabe que eu não aguento o Ward sozinha! — ela exclamou bufando.

— Manda o papai se fuder, Cece. — o menino resmungou de olhos fechados.

A garota revirou os olhos e deu um beijo na testa de seu irmão, saindo do cômodo e indo para o quintal na parte de trás da casa, onde Barry costumava ficar.

— Eaí Barryzito'. — a garota disse sorrindo e se sentando ao lado dele.

— Eaí Cece, seu irmão tá na merda parceira — o homem murmurou chapado.

— Quanto ele usou?

— Bastante, e ainda tá me devendo. — reclamou.

— Quanto ele te deve? — a garota perguntou preocupada.

— Duzentos.

— Não acredito que o Rafe deixou acumular assim.
— a garota bufou decepcionada.

— Pois é, 'ce sabe que eu curto vocês, mas se não pagar eu vou ter que dar uma surra no seu irmãozinho. — ele disse rindo.

— Vou te mandar por pix beleza? Da próxima vez nem vende pra ele se ele não tiver dinheiro.

— Da onde tu arranja tanta grana menina? Sempre tá pagando as dívidas do seu irmão.

— Herança da minha falecida mãe. — sorriu fraco e se retirou do local, voltando para o quarto.

𝐎𝐕𝐄𝐋𝐇𝐀 𝐍𝐄𝐆𝐑𝐀, jj maybankOnde histórias criam vida. Descubra agora