A porta se abriu e aquele mesmo jovem italiano que me havia conduzido até ali entrou.
__ Don Simone.
Disse, a mulher de negro foi em sua direção com um olhar repreensivo e o homem, de repente parecia estar paralisado, foi até ele e ficou de tal forma que o rosto deles quase se tocavam, ela realmente tinha que se inclinar, já que entre ela e o jovem italiano havia uma diferença de mais de dez centímetros, talvez mais de vinte, a conversa se deu em italiano, tranquila, e a mulher que me prendia ali ficou escutando, respondeu com apenas uma frase e o jovem italiano sumiu, fechando a porta.
A mulher de negro ficou andando pelo quarto e depois foi para a sacada, apoiou-se com as duas mãos na balaustrada e começou a sussurrar alguma coisa repetidamente.
Don, pensei que era assim que no filme O poderoso chefão as pessoas se referiam a Marlon Brando, que interpretava o chefe de uma família de mafiosos, de repente, tudo começou a se encaixar, os seguranças, os carros com vidros escuros, aquela casa e a aversão a ser contrariada, eu pensava que a cosa nostra era uma invenção de Francis Ford Coppola, e agora eu me encontrava bem no meio de uma história muito siciliana.
__ Simone?
Eu disse baixinho.
__ Será que posso me dirigir a você assim ou tenho que dizer Don?
A mulher se virou e veio com passos decididos até mim, a enxurrada de pensamentos na minha cabeça fez com que me faltasse o ar, o medo inundava o meu corpo.
__ Você acha que agora está entendendo tudo ?
Perguntou, sentando ao sofá.
__ Acho que agora sei seu nome.
Ela sorriu de leve como se estivesse relaxada.
__ Percebo que você espera alguns esclarecimentos, mas não sei como vai reagir quando eu ia disser, então é melhor beber algo.
Ela se levantou e encheu suas taças de champanhe, pegou uma delas e me deu, bebeu um gole da segunda e sentou-se de novo no sofá.
__ Alguns anos atrás digamos assim que foi um acidente, eu levei alguns tiros, isso é parte decorrente por pertencer à família na qual eu vim ao mundo, quando estava internada, morrendo, eu a vi.
Nesse momento ela parou se levantou e aproximou-se da lareira.
__ Isso que eu vou contar a você vai parecer tão incrível que até o dia em que a vi no aeroporto, eu não acreditava que poderia ser verdade, olhe para o quadro ali no alto, pendurado acima da lareira.
Meus olhos viajaram pelo local em que ela indicava, paralisei, o retrato mostrava uma mulher que tinha exatamente meu rosto, peguei a taça de champanhe e entornei até o fim, tremi ao sentir o gosto do álcool, mas ele me aliviou, então segurei a garrafa para mais uma doce e Simone continuou.
__ Quando meu coração parou eu vi você, depois de várias semanas no hospital, recuperei a consciência e depois recuperei totalmente, logo que fui capaz de expressar a imagem que eu tinha o tempo todo diante dos meus olhos, contratei um artista para pintar a mulher que eu via, ele pintou você.
Era óbvio que a mulher retratada no quarto era eu, mas como isso era possível?
__ Eu procurei você no mundo inteiro, embora procurar seja talvez uma palavra com um significado amplo demais, em algum lugar dentro de mim, eu tinha certeza que algum dia você estaria diante de mim, e assim aconteceu. Eu estava pronta para pega-la e nunca mais largar, mas isso seria muito arriscado, desde aquele instante, o meu pessoal não tirava os olhos de você, o restante na Tortuga para o qual você foi me pertence, porém não fui eu, mas o destino que fez com que você fosse lá. Já que você estava lá dentro, não pude perder a oportunidade de falar com você, e novamente por arranho do destino aconteceu de você aparecer na porta em que não deveria estar, não posso dizer que a providência não me gênia sido favorável, o hotel que estava hospedada também me pertence parcialmente.
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365 Dias | Simoraya
Romance365 Dias, esse foi o tempo em que eu dei para que ela se apaixonasse por mim, e eu iria fazer ela me amar mesmo que isso me custasse tudo. Adaptação Simoraya. história fictícia, sem qualquer compromisso com a realidade.