21°

309 39 50
                                    

Eu estava andando até o meu quarto, quando um estalo se acendeu em minha cabeça, rapidamente voltei até o quarto de Simone e abri a porta no chute, ela permanecia onde tinha ficado quando sai, olhando pela grande janela.

__ Escute bem Simone, você não ouse encostar nessas putas por aí e depois vir me tocar está me entendendo?

Ela se virou lentamente pra mim sorrindo.

__ O que é isso pequena ? Está com ciúmes ?

Fico estática no lugar porém tento não deixar transparecer.

__ Óbvio que não.

Ela sorri e se aproxima de mim caminhando a passos calculados.

__ Eu já disse que não vou fazer nada que você não queira Soraya, por mais que seja difícil, eu ainda sim consigo me controlar, prometi isso a você.

Ela praticamente cola seu corpo ao meu e aproxima a boca de minha orelha onde faz questão de sussurrar.

__ Mesmo que nós duas saibamos que seria o melhor sexo que teríamos e você ainda pediria por mais.

Não tinha como negar, por mais que eu não quisesse admitir, ela estava certa, me faltaram apenas alguns minutos para que eu sucumbisse, Porém Simone queria que eu me entregasse a ela por afeto e não apenas por desejo carnal, ela queria me possuir por inteira, sua astúcia e manipulação me deixavam louca, deixei esses pensamentos de lado e saí feito um tornado do quarto seguindo diretamente para a água gelada, eu precisava disso.

Meu vestido já estava separado em minha cama, meus saltos no chão e alguns itens de maquiagem também, enrolada no roupa voltei ao banheiro e me olhei ao espelho, já estava visível a quem me olhasse que eu não estava mais aguentando a pressão, e isso me fazia pensar no que aconteceria depois que eu me entregasse de vez a Simone, mas eu também pensava que quanto mais eu demorasse a fazer isso, ela também poderia de cansar desse jogo e simplesmente me mandar embora, dei alguns tapas em minhas bochechas e suspirei.

__ Concentre-se Soraya.

__ Se você quiser se disciplinar dessa maneira, ficarei feliz em bater em você com mais força.

Levantei meus olhos e vi Simone atrás de mim.

__ Quer me bater na cara ?

Perguntei enquanto delineava meus olhos.

__ Bom, se isso lhe..

__ Quer alguma coisa, ou vai me deixar em paz Simone ?

Digo a interrompendo, eu estava tentando fazer uma simples tarefa, mas estava impossível com ela me observando daquela maneira.

__ Você não tem que se preocupar com as pessoas do meu passado pequena, eu apenas me satisfazia e era só isso, apenas por dinheiro.

__ Eu realmente tenho que ouvir isso ?

Virei me pra ela cruzando os braços.

__ Eu fico contando pra você como é que Carlos me fodia ? Ou quem sabe você gostaria de ver.

Seus olhos ficam completamente escuros, e o sorriso malicioso deu lugar a um semblante de pedra, Simone se aproximou de mim, me agarrou pelos ombros e me colocou sentada na pia.

__ Tudo o que você vê aqui, me pertence.

Sua mão agarra meu queixo e me faz virar o rosto para o espelho.

__ Tudo, o que você vê Soraya.

Suas palavras saíram pausadamente e um arrepio percorreu meu corpo.

__ E eu vou matar qualquer um que ponha a mão no que é meu.

Ela solta meu rosto e simplesmente some do banheiro, uma ideia mirabolante passa pela minha cabeça me fazendo sorrir, acabei minha maquiagem e retorno para o quarto, olho o vestido em cima da cama e um sorriso perverso toma meu rosto, pego outro vestido ainda melhor e retornei ao banheiro para acertar a maquiagem, exatamente trinta minutos depois, Davi entra pela porta do quarto, assim que permito que ele entra sua boca abre em choque quando me vê.

__ Puta que pariu, ela vai matar você e logo depois vai me matar se você sair assim.

Suas mãos batem a porta nervosa mente e eu apenas sorrio, o vestido deixava as laterais dos meus seios a mostra, não cobria quase nada do meu corpo, coloquei meus adornos, passei as mãos pelos cabelos deixando com um ar selvagem e olhei para Davi.

__ Ela comprou esse vestido, então eu usarei sim.

Ele acente respirando pesadamente.

__ Vou com você, por que Simone ainda tem coisas para fazer, mas você sabe que terei problemas quando ela te ver com essa roupa não sabe ?

__ E você irá dizer pra ela que tentou me impedir mas ela sabe bem que ninguém manda em mim.

Ele resmungou algumas coisas em italiano o que eu tinha certeza que eram palavrões, nos diriginos para fora do quarto andando tranquilamente, assim que saímos do elevador, todos os funcionários da recepção pararam atonitos, passei sorrindo orgulhosa do look escolhido e segui em direção a limosine.

__ Eu vou morrer hoje, você é má Soraya, por que está fazendo isso comigo?

__ Ah Davi, não exagere, além do mais eu estou elegante e sexy.

__ Sexy com certeza, mas elegante? Duvido que Simone aprove sabe tipo de elegância.

Assim que entramos passamos pelo bar, as pessoas se esfregavam umas nas outras no ritmo da música, tudo nesse lugar refletia a personalidade de Simone, fiquei impressionada com o tamanho do lugar, nunca havia ido em um local desse, mas confesso estar adorando, nos sentamos em um sofá em um local bem afastado, antes que eu pudesse pegar uma bebida forte para aguentar a noite, Davi me segurou pelo braço e negou com a cabeça.

__ Não estaremos sozinhos hoje, e vamos resolver certos assuntos, então não beba de mais.

Acenti com a cabeça.

__ Certos assuntos, algumas pessoas, ou seja, vocês vão se divertir com a máfia.

Esvaziei o copo pra ele enche-lo novamente.

__ Vamos fazer negócios, acostume-se.

De repente ele para tudo o que estava fazendo e seus olhos ficam arregalados.

__ É agora que vai começar.

Davi passa as mãos pelo cabelo nervoso, virei-me a tempo de ver vários homens entrando pela porta e Simone entre eles, quando me viu, ela ficou paralisada, me examinou com seu olhar frio e zangado de cima a baixo, engoli seco e pensei que hoje a escolha do vestido talvez não tenha sido uma boa ideia, seus acompanhantes passaram por ela se seguiram em nossa direção, Simone permanecia imóvel e sua raiva era quase palpável.

__ Mas que merda você está vestindo?

Rosnou ela assim que chegou próximo a mim.

__ Alguns de seus milhares de euros.

Respondi afastando sua mão de mim, eu quase podia ver vapor saindo de suas narinas, porém antes que ela pudesse dizer ou fazer algo, um dos homens gritou por seu nome, voltei a me sentar e peguei outro copo de bebida, se teria que fazer o papel de poste, pelo menos, seria um poste mamado.

Continua...

365 Dias | Simoraya Onde histórias criam vida. Descubra agora