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O álcool estava descendo maravilhosamente bem naquele dia, entediada eu observava toda e qualquer ação de Simone, ela estava linda naquele terno preto, os dois primeiros botões da camisa abertos mostrando seu colo, as coxas apertadas pela calça social, os cabelos soltos em um ar selvagem, em poucos dias de convivência com Simone eu tinha reparado em algumas manias dela, como por exemplo gesticular enquanto fala, principalmente quando está nervosa, a cada segundo passar a língua nos lábios e o principal que me leva a loucura, morde-los, como se isso não causasse uma catástrofe a cada mulher que olha e imagina aquela boca em você.

Ela sabia o que causava nas mulheres, mas principalmente em mim, o jogo entre nós estava perigoso demais, observei ela conversando em italiano com os homens ali presente, era sexy demais vê-la falando italiano, ao olhar tudo o que acontecia ali, suspirei pesado, me levantei e segui em direção ao bar, e não demorou segundos para que um guarda roupa estivesse ao meu lado, ao me encostar no balcão percebi o olhar de Simone sobre mim, me aproveitei disso e inclinei pra frente, fingindo coçar as pernas, quando me levantei, me assustei um pouco pois seu corpo estava colado ao meu, eu ao menos vi ela se levantar do lugar, seu olhar estava animal, seu corpo estava quente ou era eu quem estava quente demais.

__ Não me provoque pequena.

Sua língua passa em meus lábios me fazendo suspirar.

__ Por que ? Tem medo de não resistir a mim Simone ?

Digo sorrindo de lado a vendo passar a língua e em seguida morder os lábios, porra ela também não facilita.

__ Você bem sabe que eu nem faço questão de resistir a você Soraya.

Suas palavras me atingiram com força, minha mão sobe por nossos corpos colados e eu enfio por dentro da camisa de Simone, arranho suas costas levemente e aproximo minha boca de sua orelha.

__ Você não imagina o quão molhada eu fico, só de ver você Simone.

__ Isso você não precisava me contar, eu já sei.

Seu sorriso presunçoso me fez tremer.

__ Meu vestido é tão curto, que você poderia me chupar sem tirar ele do meu corpo.

Ela suspirou pesado, peguei sua mão e fui guiando pela minha cintura, enfiei por baixo do meu vestido, e seus dedos rapidamente alisaram minha boceta.

__ Renda branca, do jeito que você gosta.

Passei a língua em seus lábios e me afastei sorrindo.

__ Alberto.

Gritei ao homem que iria me acompanhar e em um segundo estava ao meu lado, um demônio tomava conta do meu corpo quando eu estava bêbada ao lado Simone por que em sã consciência eu não faria isso, quando olhei para trás, ela estava sorrindo com as mãos no bolso, ao chagar do outro entornei algumas taças de champanhe, eu estava com sede e pra piorar tudo, com tesão absurdo, andei por um bom tempo pelo lugar e quando retornei ao ponto inicial, observei que os homens que acompanhavam Simone, estavam com pelo menos duas mulheres em seus braços, meus olhos procuraram por ela, a Simone estava apenas sentada observando o local, estava feliz por ela estar sozinha, por que o álcool que eu já tinha ingerido, me levaria a cometer uma agressão se eu visse qualquer mulher com ela.

Olhei ao redor e vi que o pole dance estava vazio, quando me mudei para Varsóvia não demorei a aprender as aulas, no começo pensava que a dança só servia para se contorcer de forma sexy, porém depois descobri que era uma ótima maneira de manter meu corpo esculpido, me aproximei da barra passando as mãos pelo metal gelado, quando me virei para ver se Simone me observava, ela já estava de pé.

Inicie I See Red

Os olhares de todos os homens que estavam com Simone agora estavam em mim, porém a única que me prendia era ela, deslizei suavemente pela barra, embalando meu corpo no ritmo da música, seu olhar frio e animal me derreteu, dei algumas voltas no pole dance e quando me virei novamente Simone estava diante de mim, me encostei na barra, envolvi minha perna em sua cintura e enfiei meus dedos em seus cabelos.

__ Seleção musical interessante para um clube.

Me soltei dela e virei-me de costas colando meu corpo ao seu, suas mãos rapidamente prenderam em minha cintura me arrancando um sorriso, comecei a me mover lentamente, pressionando minha bunda em sua virilha, Simone agarrou meu pescoço e pressionou minha cabeça contra seu ombro.

__ Você vai ser minha, eu te garanto e aí vou te pegar como e quando quiser.

Ri e continuei praticamente me esfregando contra Simone, dei algumas reboladas e ela suspirou pesadamente, me soltei dela e deslizei para fora da plataforma, eu precisava de uma bebida, quando cheguei próximo a mesa um dos homens se aproximou e me agarrou pelo pulso, perdi o equilíbrio e caí direto no sofá, o cara levantou meu vestido, agarrou minha bunda e deu uns tapas berrando algo em italiano, eu queria me levantar e bater com a garrafa na cabeça dele, mas eu não tinha forças, a certa altura senti alguém me arrastando pelos ombros, era Davi, me virei procurando Simone e a vi segurando pela garganta o homem que havia me apalpado, em sua mão ela tinha uma pistola com qual mirou meu admirador, me afastei rapidamente de Davi e corri até ela.

__ Ei olhe pra mim, ele não sabia quem eu era.

Falei nervosa acariciando seus cabelos, ela apenas gritou alguma coisa em italiano para Davi que me agarrou com força dessa vez para que eu não me afastasse dele, Simone voltou sua atenção para o homem novamente, vi que estava um silêncio insuportável e quando olhei pela sala, todos já tinham saído, deixando apenas nós quatro lá dentro.

O homem estava ajoelhado na sua frente, a cena que vi fez meu coração pular, eu estava revivendo a cena da sua casa, tudo ao meu redor girava, eu iria desmaiar, me virei para encarar Davi totalmente desesperada.

__ Ela não pode mata-lo aqui.

__ Sim, ela pode e vai.

O jovem italiano respondeu tranquilamente, o sangue sumiu do meu rosto, minhas pernas perderam a força, e lentamente comecei a deslizar pelo torço de Davi, ouvi quando ele gritou alguma coisa e tudo ficou escuro rapidamente.

__ Você gosta de saídas glamourosas hein ?

Senti um comprimido sob minha língua.

__ Vamos Soraya, calminha.

Meu coração aos poucos voltava ao ritmo normal, quando a porta do quarto se abriu e Simone entrou com a pistola enfiada no cinto, ela se ajoelhou em minha frente e me olhou apavorada.

__ Você o matou ?

Sussurrei rezando para que ela negasse.

__ Não.

Soltei um suspiro de alívio.

__ Eu só atirei nas patas que ele ousou colocar em você.

Suspirei novamente.

__ Quero voltar para o hotel, posso ?

Perguntei tentando ficar de pé mas a mistura da minha medicação com o álcool fez a sala girar e eu cambaleei até cair de costas nos travesseiros, Simone me pegou nos braços e me abraçou com força, me agarrei a ela e rapidamente adormeci.

Continua....

365 Dias | Simoraya Onde histórias criam vida. Descubra agora