𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 003: Velaryon.

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O GRANDE SALÃO do castelo estava impregnado com uma atmosfera de despedida

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O GRANDE SALÃO do castelo estava impregnado com uma atmosfera de despedida. A luz do dia, fraca e filtrada por nuvens densas, entrava através das altas janelas, banhando o ambiente em uma luz suave e quase espectral. Lithye e Arzhel caminharam lado a lado pelo corredor de pedra fria, seus passos ressoando levemente enquanto se aproximavam de uma pequena sala acolhedora, onde sabiam que Helaena gostava de se refugiar.

Ao entrarem, encontraram HELAENA TARGARYEN sentada perto de uma janela estreita. Seus cabelos platinados, quase brancos como a neve, brilhavam sutilmente à luz do dia. Sua pele era pálida, quase translúcida, e seus olhos, de um tom claro e incomum, pareciam refletir um mundo distante e onírico. Ela estava absorta em um livro de capa envelhecida, um dedo finamente esculpido marcando a página onde havia interrompido a leitura. Seu corpo estava ligeiramente curvado, como se tentasse se esconder em seu próprio mundo de palavras e pensamentos.

Ao ouvir os passos deles, Helaena ergueu o olhar lentamente, com uma expressão de leve curiosidade misturada a sua habitual distância. Os dois irmãos pararam a alguns passos de distância, respeitando o espaço dela, conhecendo bem sua aversão a toques físicos.

— Lithye... Arzhel... — murmurou ela, sua voz soando como um suspiro carregado de pensamentos distantes. — Vocês vieram se despedir de mim?

Lithye assentiu, mantendo um pequeno sorriso no rosto. Por mais que tivesse suas diferenças, Haelena era uma das poucas com quem se importava de verdade.

— Sim, Helaena, — disse Lithye, com um tom suave. — Não poderíamos partir sem nos despedirmos de você.

Helaena fechou o livro delicadamente, mantendo-o seguro em seu colo, como se fosse um pequeno tesouro. Seu olhar permanecia distante, mas ainda assim caloroso de uma maneira quase imperceptível.

— Todos estão partindo, — comentou ela, com um leve traço de tristeza em sua voz. — Parece que o vento carrega todos para longe, como folhas que dançam no outono... mas eu espero que, mesmo distantes, nossos caminhos possam se cruzar novamente, de alguma forma.

Arzhel sorriu para ela, balançando a cabeça de leve. A garota sempre tinha essa forma de falar que soava como poesia viva.

— Você sempre fala como se estivesse contando uma história, — disse ele, com uma risada suave. — Gosto disso. Só espero que não se perca em seus pensamentos enquanto estamos longe.

Helaena piscou, como se voltasse de algum lugar distante.

— Talvez seja onde eu mais me encontro, — respondeu a Targaryen, com um sorriso tênue.

Lithye, que sempre admirou a estranheza de sua prima, sorriu de volta, tentando manter a distância adequada. Havia algo reconfortante na presença da jovem, mesmo que ela sempre parecesse flutuar em outro mundo.

░⃟🐉 ࣪ 𝐀 𝐃𝐀𝐍Ç𝐀 𝐃𝐎𝐒 𝐃𝐑𝐀𝐆Õ𝐄𝐒. - 𝙅𝙖𝙘𝙖𝙚𝙧𝙮𝙨 𝙑𝙚𝙡𝙖𝙧𝙮𝙤𝙣  Onde histórias criam vida. Descubra agora