🐉ㅤ݃ ㅤ﹙ ֵ ﹚ Em um mundo onde drαgões rugem e αliαnçαs sαo feitαs e desfeitαs. Em um reino dividido, onde αs chαmαs dos drαgões iluminαm o céu de Westeros, dois corαções sαo forjαdos no cαlor dα rivαlidαde.
𝐋𝐈𝐓𝐇𝐘𝐄 𝐓𝐀𝐑𝐆𝐀𝐑𝐘𝐄𝐍, α jovem p...
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LUCERYS MAL CONSEGUIA manter-se em pé quando atravessou os portões de Pedra do Dragão. O vento da tempestade ainda assobiava em seus ouvidos, e o frio da chuva parecia ter se infiltrado em seus ossos, deixando-o trêmulo, exausto e com um profundo medo entalado no peito.
Arrax pousou com um cansaço que refletia o do jovem príncipe, suas asas pesadas mal conseguindo sustentar o peso de seu corpo.
Lucerys desceu com dificuldade, e cada passo em direção ao grande salão era uma luta contra o peso da culpa que se acumulava em sua alma.
Quando cruzou as portas do castelo e viu Daemon, Rhaenyra, Tyrion e Dallia reunidos, esperando por notícias, Lucerys sentiu o ar escapar de seus pulmões.
O olhar de ansiedade e preocupação nos rostos dos pais de Lithye o paralisou.
O silêncio no salão parecia amplificado, sufocante. Ele queria dizer algo, qualquer coisa, mas as palavras sumiram de sua mente, presas por um nó em sua garganta.
Dallia, com o coração apertado, foi a primeira a falar, sua voz um fio de desespero.
- Onde está Lithye? - Ela perguntou, sua voz vacilante, o medo claro em cada sílaba.
Lucerys abriu a boca, mas nada saiu. Ele buscou desesperadamente as palavras que deveriam explicar o que acontecera, mas tudo o que conseguia sentir era o pavor de não saber o destino de sua amiga.
Finalmente, forçando-se a falar, ele respondeu, com a voz quebrada.
- Eu e... ela fomos perseguidos... Ela me mandou voltar para casa... - Revelou o príncipe, sua voz trêmula, enquanto os olhos se enchiam de lágrimas. - A última coisa que vi foi... ela lutando.
O silêncio que se seguiu foi cortante. Tyrion encarou Lucerys, os olhos marejados, a voz rouca quando finalmente conseguiu falar.
- Quem os atacou? - O tom de sua voz era firme, mas Lucerys podia sentir a dor e o medo escondidos por trás da pergunta.
Lucerys abaixou a cabeça, incapaz de encarar o pai de Lithye enquanto pronunciava o nome.
- Aemond... e Vhagar.
O nome da gigantesca besta parecia reverberar pelo salão, carregado de todo o pavor que a acompanhava.
Daemon apertou o cabo de sua espada com força. Seu rosto estava uma máscara de fúria silenciosa, seus olhos faiscando com uma raiva contida.
Rhaenyra, sem dizer uma palavra, puxou Lucerys para um abraço forte, protetor. O garoto sentiu o calor de sua mãe, mas isso não fez sua culpa diminuir. Pelo contrário, ele começou a soluçar contra o peito dela, sentindo-se ainda menor, ainda mais impotente.
Antes que pudessem dizer qualquer coisa, um mensageiro entrou no salão apressado, segurando um pergaminho.
Ele se dirigiu diretamente a Tyrion e Dallia, sua voz baixa e cuidadosa ao contar-lhes o que tinha ouvido.
