010

75 9 1
                                    

brigas acontecem, certo?

PODERIA COMEÇAR DIZENDO QUE mais um dia normal acontecia no palácio de Buckingham, mas não

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

PODERIA COMEÇAR DIZENDO QUE
mais um dia normal acontecia no palácio de Buckingham, mas não. O dia que fizera Liz duvidar do amor, o que a fizera achar que ele não existia e que tudo era uma grande farsa. O dia em que seus pais oficializaram o divórcio. Esse era o dia que estava acontecendo para a família real.

Sentados, a família composta de cinco integrantes, "conversavam" para entender como suas vidas seriam a partir dali.

—Então... —o garotinho ruivo, hesitou. —Esse é o fim? Acabou mesmo?

—Sim, querido. —Diana juntou as mãos, seguindo um suspiro seu, que mais parecia uma melodia. —Agora é decisivo.

—E como seguimos agora? —William perguntou, na tentativa de não transparecer sua decepção, mas falhando miseravelmente.

A loira mais nova batia os pés, tentando ao máximo segurar-se.

—É sério isso? —a filha do meio do ex-casal, que até então estava em silêncio, cruzou os braços, estupefata. —Vamos fingir mesmo que tudo isso não é culpa daquela...daquela destruidora de lares?!

O olhar do futuro rei teria feito qualquer um calar-se, mas não ela. A loira jamais cuvarva a cabeça quando achava algo injusto, e um casamento acabar daquele jeito era pior. Ela estava destroçada, não pelo fim daquilo, e sim por como chegaram à aquele ponto. A mesma observou todos continuarem calados, apenas as respirações quebrando a tensão quase palpável. O olhar frio de um futuro rei não a fazia ter medo, a fazia querer socar alguém. Seus pais estavam se separando, e tudo isso por culpa da mulher a quem ela sempre tentou evitar.

—Só pode ser brincadeira! —esbravejou, desacreditada.

—Liz...

—Que Liz o quê! —interrompeu a mais velha. —Não vamos fingir que tudo isso não aconteceu porque o papai decidiu ficar com aquela mulher repugnante.

—Estou te avisando, Elizabeth...

—Ou o quê? —desafiou-o. Seus irmãos de olhos arregalados, jamais fariam aquilo. —Vai me prender no quarto? Qualquer coisa séria melhor do que olhar para você e descobrir que o meu pai é tão...tão...argh! Nem sequer tenho palavras, vou precisar de um dicionário para descrever o quanto estou com raiva de você nesse momento.

—Já chega, Elizabeth Alexandra Jane Mary! —o moreno levantou-se, sua calma sumindo aos poucos. —Está passando dos limites, trate de se recompor. —ordenou, não como rei e sim como pai. —Essa decisão não cabe a você e nem aos seus irmãos. —continuou, a irritação presente na própria voz. —Eu e sua mãe já decidimos, agora é decisão de vocês aceitarem ou não, mas nada vai ser diferente. Então trate de se portar direito, não vai querer me ver com raiva.

—Se essa decisão dependesse de mim, nem seríamos parentes. —cuspiu as palavras, saindo porta a fora logo em seguida.

Quando estava razoavelmente longe da sala, se pôs a correr sem rumo pelo castelo. Pelo a visão periférica, percebeu ter passado por pelo menos umas doze pessoas de sua família enquanto corria. Dentre elas, Anne, Edward e seus avós.

Não se importou se estava descumprindo todos os protocolos ou não, só queria ficar sozinha. Entrou no estábulo onde seu cavalo — Sírius — ficava. O equino selvagem, de pelagem preta, a olhou com hesitação. Abaixou-se sobre as patas e encostou a cabeça nos joelhos da mesma, como se a acarissiasse. Mas quem recebeu carinho foi ele.

Os choro era baixo, mas os soluços eram agudos o suficiente para que Anne e Edward conseguissem ouvir a sobrinha.

Observaram, com sutileza, a menina encolhida entre a cabeça e o tronco do cavalo, chorando como se não ouvesse amanhã. Estava quebrada, desolada, estava ferida.

—Oh, querida... —a voz de Anne fez a mais nova se levantar e correr até os braços da mesma.

Sírius relinchou, como se soubesse que a dona estava em boas mãos, porém ainda preocupado com a mesma.

Liz agarrou-se as roupas da tia, e se pôs a colocar tudo o que sentia para fora, através das lágrimas. Edward olhava para a menina abismado, queria protegê-la, e tirar toda a dor que ela sentia da mesma.

—Precisamos fazê-la beber água. —ele comentou. —Ela está muito aflita e nervosa, precisa acalmar-se.

—Vamos para a cozinha. —afagou os cabelos da mesma. —Venha querida, estará segura conosco.

A loira nada disse, apenas os seguiu. As lágrimas silenciosas ainda rolando por sua pele que mais parecia porcelana de tão delicada. Os padrinhos da menina trocando olhares preocupados. Sabiam que ela iria reagir mal, mas nunca imaginariam que ela estivesse tão mal.

No final, não era só a separação que a angústiava, tinham mais coisas que a deixavam aflita.





















Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Sep 10 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Dayligth  - a princesa de Gales Onde histórias criam vida. Descubra agora