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Estávamos na quadra da escola. Eu estava jogada no chão, Suguro estava jogando basquete sozinho, Satoru estava sentado no chão ao meu lado e Shoko estava andando pela quadra com os óculos de Satoru, tentando enxergar algo.

- Feitiço de clonagem? - Satoru perguntou ao meu lado e eu concordei. - Nunca tinha ouvido falar, os teus ancestrais são bem esquisitos. - Ele disse com ironia. 

- Mas respeito com quem já morreu, Satoru. - Suguro sibilou, antes de arremessar uma bola na cesta. 

- Já tá tudo morto mesmo. - Ele disse com tédio jogando a cabeça para trás, Shoko veio e pôs os óculos nele, o fazendo sorrir aliviado. 

- Me diz como você se sentiria se alguém falasse dessa maneira sobre você, hein? Satoru. - Suguro parecia estar perdendo a paciência com Satoru, me sentei para ver a cena se desenrolar. Satoru levantou e pegou uma boa de basquete.

- É como eu já disse, eu já estaria morto. - Ele deu de ombros e jogou a bola na cesta. 

- Você não tem empatia pelas outras pessoas não? - Suguro lançou um olhar ameaçador para Satoru. 

- Isso é um argumento sentimental? - Ele disse fazendo pose após acertar uma na cesta, de costas pra tabela. Meu olhar se alternava pra ele e pra cesta, estava boquiaberta. - Porque... Eu odeio argumentos sentimentais. 

- O que acha de conversamos lá fora, Satoru? - Suguro disse com um espírito amaldiçoado surgindo atrás dele. 

- Eu vou dar no pé. - Shoko saiu correndo. 

- Ei não me deixa aqui não! - Gritei para ela, mas já era tarde demais. 

- Tá se sentindo solitário? - Satoru ironizou. - Vai sozinho gato. 

Antes que eles dois começassem a se matar ali mesmo, o sensei apareceu no momento certo, fazendo os dois disfarçarem de maneira descarada. 

- O que estão fazendo? - Ele gritou desconfiado. - E cadê a Shoko? 

- Eu sei lá. - Satoru disse parando de fazer o alongamento falso, direcionando o olhar para o sensei. - No banheiro, talvez? 

- Deixa pra lá. - Ele suspirou. - Tenho uma missão pra vocês três. - Satoru e Suguro desanimaram. 

- Eu sou obrigada? - Perguntei com tédio, estava morrendo de preguiça.

- Sim! - Ao ver a seriedade na voz dele, levantei resmungando do chão com a ajuda do albino e do Suguro. 

- Valeu. - Dirigi meu olhar para o sensei. - Vou só vestir o uniforme e encontro vocês na sala. - Ele concordou e saiu com os meninos.

Fui pro meu quarto com preguiça, nem queria ter saído do quarto pra início de conversa, preferia ter ficado lendo o livro de feitiço pra praticar mais o novo feitiço que descobri, mas o Suguro me implorou tanto pra sair do quarto que não consegui negar. Cheguei no quarto e já fui direto pro meu guarda-roupa pegar o meu uniforme, assim que o vesti abri um portal para a sala do sensei Yaga.

- Eu já entendi, tá tudo bem virar um
metal greimon, mas não dá pra deixar chegar no skoulgreimon, por isso temos que recomeçar no Koromon, moleza.

- O quê? - Perguntei assim que atravessei o portal. 

- Nem tenta entender. - Suguro disse, obviamente já estava acostumado com a falta de inteligência do Satoru.

- Porque você falou dessa maneira? - Satoru disse, obviamente, irritado.

- Já chega! - Uma veia saltou da testa do sensei. - Vocês tem que prestar mais atenção nas coisas.

Curses, Cooking And Fun - Satoru GojoOnde histórias criam vida. Descubra agora