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- Como assim, ela quis ir embora, Suguro? - Satoru perguntou.

Eles estavam em um beco com uma espécie de cela no fundo com escadas que davam acesso aos andares superiores do prédio, pra proteção de Riko, e insistência de Amaya, Riko estava dentro da cela, protegida.

- Mano, tipo, ela chegou e falou que era melhor a gente se separar, porque na cabecinha dela isso fazia sentido. - Ele disse com um semblante indignado.

_ Ele tá mentindo. _ Amaya pensou consigo mesma.

- Mas eu fui, pisei na tecla e falei "Não! Você jamais vai sair do meu lado, você sabe que é perigoso!"

- Cara... - Suguro suspirou. - Eu insisti muito pra ela ficar. Vocês... Vocês não tão ligados. - Ele forçou um pouco um choro falso. - Eu fico até meio...

_ Se antes eu tinha dúvidas, agora eu tenho certeza. _ Amaya pensou novamente.

- Que pena. - Amaya entrou na onda dele. - Você fez o que pode.

- Nessas horas, já morreu já. 

Logo em seguida, memórias da última conversa deles dois surgiram na mente de Suguro.

- Então... - Kuroi chegou mais perto dele. - Você é bem legal né?

Suguro achou aquilo estranho, ele já sabia que ela tava de olho nele há um tempinho e não tava gostando nada disso, a última coisa que ele queria, era trair Yuke, e olha que eles nem estão namorando ainda.

- O que você acha de a gente se separar? - Ele perguntou, cortando qualquer coisa que ela viesse tentar.

- Como assim se separar? - Ela perguntou em choque e logo em seguida ficou abismada. - Cê não acha que é perigoso eu ficar por aí sozinha com esses caçadores?! - Indignação era o que ela estava sentindo, ela achou que Suguro fosse um cavalheiro, e ele era, mas somente com a dona do coração dele e com quem não tentava dar em cima dele.

- Não, não, confia. - Ele disse após responder uma mensagem de Yuke, o mesmo havia dito que tinha uma maluca dando em cima dele na cara dura. - Vai, vai lá, vai. Mina chata. - Ele murmurou a última parte.

- MAS GETO... - Suguro olhou pra ela entediado.

- Sai daqui caralho, meu Deus. - Ele revirou os olhos, surpreso com a insistência dela.

- Mas eles podem me raptar! - Ela disse o óbvio. - E me usar como armadilha pra atrasar vocês no plano!

- Minha filha. - Suguro disse com sarcasmo. - Se toca garota. Cê acha que a gente ia voltar por causa de você? - Ele começou a rir com tamanha insolência dela.

- Sinto muito Riko. - Ele disse, fungando, voltando ao presente.

- Vamo prestar um minutinho de silêncio, vamo? - Amaya disse, ficando ao lado do Suguro e abaixando a cabeça.

- Satoru, cronometra aí. - Suguro disse.

- N-NÃO GENTE. - Riko levantou do banco em que estava sentada. - A KUROI PODE TÁ VIVA!

- Riko! - Amaya disse com um pesar na voz, mas na verdade estava se divertindo muito, Satoru revirou os olhos com tamanha infantilidade dos dois. - Respeita, por favor?

- Tá quanto aí, Satoru? - Suguro perguntou.

- Para. A Kuroi não morreu! - Ela disse, segurando o choro. - Eu ainda sinto a energia dela.

- Ih, virou medium agora? - Amaya perguntou com medo, o que ela mais temia eram possessões demoníacas e espíritas.

- Vamo... Sei lá, ir denunciar na DP, eu não sei. - Lágrimas brotavam dos olhos dela. - A gente consegue encontrar ela. Não podemos desistir. - Ela fungou.

Curses, Cooking And Fun - Satoru GojoOnde histórias criam vida. Descubra agora