— Como você tem a coragem de por um estranho na nossa casa, sem ao menos me comunicar? Qual é a tua em anão de Jardim? — Estremeci.
Eu odiava discutir com meu irmão, ele só perdia o controle quando queria, caso contrário, ele fazia de qualquer louco um mero infeliz, sem atenção.
Fagner era uma peste!
— Eu já expliquei que ele não tinha onde ficar, e eu ofereci a nossa casa como um gesto de solidariedade. Que mal tem nisso? — Indagou, calmo. — Você já foi menos egoísta, Chaya. — debochou o lateral.
Sonso! Mil vezes sonso.
Rolei os olhos, segurando com firmeza os punhos. Eu não consigo acreditar que para ele tudo bem, colocar qualquer cachorro vira lata em nossa residência. E que além de tudo, era um grande abusado.
Só de lembrar dele de toalha eu, eu... Eu não sei. Mas coisa boa também não era.
— Egoísta? Eu só estou pedindo para ter um pouco mais de autoridade nessa casa.
— Maninha, menos. É só por um tempo, até ele se estabilizar em São Paulo. O André é gente boa. — ditou ele, impaciente. Engraçado, aquele cabeludo não me pareceu nada gente boa, mais cedo. — Não é como se ele fosse morar aqui para o resto da vida. E tem mais, você estar de birrinha com o cara.
— Birrinha? Aquele cabeludo é um...
— Completo gostoso, bonito e inteligente. Muito obrigado pela parte que me toca, chayzinha. Bem que seu irmão me disse que você era um amor.
Ouvir a sua voz e estremeci no mesmo momento. Meu corpo congelou como gelo na artística. Engoli em seco, forçando o contato dos lábios com meus dentes. Mais que merda.
falando na praga!
Voltei-me lentamente para encará-lo e o vi ali, com o cabelo ainda úmido, mas impecavelmente arrumado. Seus cachos tinham um brilho sedoso e estavam perfeitamente definidos.
Notei que a toalha de mais cedo havia sido substituída por uma bermuda jeans lavagem clara e uma regata branca que deixava envidente a sua cintura nos lados. Pisquei os olhos rápidos. Como possível que esse filho da puta ficasse bem com tudo? Digo, qual é?
Não poderia ser ao menos feio?
Aquela visão apenas intensificou meu descontentamento. Eu não entendia como alguém podia ser tão atraente e, ao mesmo tempo, tão insuportável. Sentia um misto de raiva e frustração, me perguntando por que, em vez de ser um verdadeiro incômodo, ele tinha que ser um incômodo gostoso.
Revirei os olhos rápidos. Cruzando os braços na medida dos seios.
— Eu acho que você entendeu errado, eu ia dizer; prepotente, Convencido e irritante. — Corrigi.
André levantou uma sobrancelha, com um sorriso travesso brincando em seus lábios enquanto me observava. Seu olhar estava carregado de uma misturava diversão e ousadia.
Ele cruzou os braços, assumindo uma postura relaxada, mas com um brilho afiado nos olhos que indicava que ele estava completamente atento ao que eu estava dizendo.
— Já entendi que estar feliz com minha presença. Inclusive, eu também estou. É um prazer dividir a mesma residência com uma pessoa tão bem educada e calma como você. — sorriu falso. — inclusive, muito obrigada pela estadia Fagner.
Ambos fizeram um toque com a mão. E eu vi Fagner rir, parecia se divertir com a situação tanto, quanto o cabeludo.
Como irmão, o Lemos era um perfeito inimigo.
Minha língua estava coçando para atrapalhar a camaradagem de ambos, quando escuto meu celular vibrar. Imediamente o pego no bolso, e em meio a linha dura nos lábios, sorrio.
"cineminha hoje em casa amor, A Netflix rolando na tv e eu passeando no seu corpo, topa?👀🤣"
Quase tive uma crise de risos em meio ao Cáos na sala. Toda vez que o Calleri tentava ser sexy, soava engraçado. Via ele se esforçar pela criatividade, mas as vezes não rolava. Mal sabendo ele que, só de olhar-lo, já sinto minhas pernas tremerem. Não precisava de muito, o feijão com arroz já resolvia tudo.
— Toda vez que você sorrir desse jeito, significa que aquele cara tá no meio. — Dissertou o lateral, revirando os olhos. — Se estar pensando em sair com ele hoje de novo, esquece.
Eu rir alto e irônica.
— Fagner, eu não sei se você se lembra, mas no meu RG consta que eu já sou maior de idade. Eu trabalho, sou dona do meu nariz e saio com quem eu quiser quando eu quiser. — fiz questão de resfrescar a sua memória.
O homem travou o maxilar.
— Você sabe que eu não gosto desse cara.
Rir de novo, mas dessa vez mais sutil, porém com o mesmo sarcasmo de antes.
— Ainda bem que quem fica com ele sou eu, e não você. — sorri falsa.
Calleri e eu, não namorávamos. Ficávamos a um tempo, mas não tínhamos nada sério. Todavia, isso já era motivo suficiente para alarmar o lado explosivo do Lateral direito que nunca aceitou a ideia de ter um São Paulino ao lado de sua irmã.
As coisas só pioraram depois do Calleri ir para cima de um dos seus companheiros de equipe, para defender o Luciano. Conclusão, meu irmão se meteu também na algazarrava e agora, só de tocar o nome do argentino aqui em casa, vira motivos de brigas.
Era um inferno. Mas que eu havia aprendido a lidar.
— Vai debochando, linda. Quando esse abelhudo fuder com a sua vida, não vai dizer que não avisei.
Engoli em seco. Incrível que toda vez que ele falava algo semelhante, as coisas tendia a dar errado. Parecia uma praga.
— Então quer dizer que a gatinha encrenqueira namora? — Intrometeu-se o Zagueiro, antes que eu podesse responder o meu irmão. — Coragem a dele, é mesmo um guerreiro.
Que filho de uma puta!
— Não. Ainda não. E se depender de mim esse caso ridículo, não vai passar disso; um caso sem importância. — Disse o lemos. E eu prontamente revirei os olhos.
— Ae? Pós aguarde os convites do casamento.
Obviamente que não penso em me casar, não agora. Mas era sempre bom irritar o Fagner, ele merecia as vezes. O jeito que ele tenta controlar minha vida só porque é o mais velho, me irrita.
— Prefiro morrer. — Alegou ele. E ouvir o zagueiro, seu amigo rir. Idiota.
Sair de perto dos dois homens, esbarrando propositalmente em Ramalho, que apenas me analisou de cima a baixo, mas não chegou a me dizer nada.
Nada convencido o André, né não?
KKKKKK enfimmm.Pobi do Calleri 🥲
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𝑺𝑼𝑳𝑨𝑴𝑰𝑻𝑨 |• André Ramalho.
Hayran KurguOnde André Ramalho é a Solução de Fagner Lemos, para afastar sua irmã de um jogador Rival.